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Governo divulga finalistas em programa de empreendedorismo e inovação

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O Governo do Estado divulgou nesta quarta feira (1º) os projetos selecionados para a fase final do programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime) de 2023. Neste ano, cada finalista receberá aporte de R$ 200 mil para o desenvolvimento das soluções inovadoras. Os certificados serão entregues na segunda-feira (6), na abertura da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Paraná Faz Ciência 2023, no Cine Teatro Ouro Verde, em Londrina, na região Norte.

Coordenado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o Prime tem como objetivo transformar o resultado de pesquisas científicas em novos negócios, produtos e serviços para o mercado, em benefício da sociedade. O intuito é fomentar a inovação e a propriedade intelectual e fortalecer a cultura empreendedora entre pesquisadores, incluindo professores, estudantes e profissionais da carreira técnica-administrativa.

Os projetos aprovados para a fase final do Prime são desenvolvidos nas universidades estaduais de Londrina (UEL) e de Maringá (UEM), na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), nos câmpus de Apucarana e Dois Vizinhos, e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba. As pesquisas deste ano abrangem as áreas de energias renováveis, agricultura e agronegócios, biotecnologia e saúde.

Parte do Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni), o Prime busca um alinhamento de novos negócios para inserção no mercado, por meio de transferência de tecnologia, licenciamento para produção e comercialização de tecnologias e conexões estratégicas entre os ecossistemas de inovação paranaenses.

Ao longo de sete meses, os pesquisadores passaram por três fases de qualificação, incluindo consultorias coletivas e individuais voltadas para o mercado, a partir de metodologia proposta pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR). A habilitação dos projetos entre as etapas de qualificação foi conduzida por uma comissão de avaliação, composta por representantes do governo e do Sebrae/PR.

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Para o diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, o licenciamento das patentes é uma aposta no potencial da inovação para gerar impacto econômico. “O Paraná está comprometido com políticas públicas para impulsionar a produção científica, aumentar a modernização tecnológica e favorecer a organização e estruturação de um ambiente favorável para os pesquisadores, que muitas vezes têm como principal desafio a falta de mecanismos de incentivo para que as soluções inovadoras alcancem a fase de produção industrial”, afirma.

Todos os projetos aprovados na fase final do Prime têm patente depositada ou concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

PROJETOS SELECIONADOS – A pesquisa da professora Sonia Maria Fabris Luiz, do Departamento de Fisioterapia da UEL, consiste em produzir uma válvula em impressora 3D para auxiliar na reabilitação da função respiratória de pacientes de diferentes idades. O equipamento permite a realização de exercícios respiratórios com máscara orofacial ou em pacientes com traqueostomia (procedimento cirúrgico para abertura da traqueia), contribuindo para melhorar a expansão pulmonar e desobstruir as vias aéreas.

“As pesquisas científicas desempenham um papel crucial na sociedade, sobretudo na inovação tecnológica de várias áreas, incluindo a saúde. Isso torna imprescindível fomentar a pesquisa como meio para alavancar, cada vez mais, as instituições de ensino superior, aproximando o ensino do mercado e alcançando um desenvolvimento sustentável e qualificado”, avalia a docente.

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O estudante do Curso de Química da UEM, Rogério dos Santos Maniezzo, desenvolve um projeto chamado HydroButts que propõe a remoção de poluentes em resíduos industriais líquidos, por meio de hidrocarvões produzidos a partir do beneficiamento de bitucas de cigarro. Em um procedimento denominado de carbonização hidrotérmica, o projeto utiliza água para transformar bitucas em um material poroso, reduzindo os impacto da poluição gerada pela indústria no meio ambiente.

Na mesma linha da preservação ambiental, a proposta elaborada pelo professor Murilo Pereira Moisés, da UTFPR em Apucarana, no Vale do Ivaí, está relacionada ao tratamento de resíduos industriais gerados no processo de galvanização, método que aplica uma camada protetora em superfície metálica para aumentar a durabilidade e a resistência do material à corrosão. O estudo alcançou eficiência de 99,9% na remoção de metais pesados, resultando em um material sólido que pode ser utilizado na purificação de água e na captura de dióxido de carbono.

O projeto Queijos Cumbuca, desenvolvido pela tecnóloga em Alimentos Silviane Aparecida Tibola, da UTFPR de Dois Vizinhos, na região Sudoeste, é voltado para a indústria de laticínios e consiste em um dispositivo para moldar os queijos em forma de recipiente para adição de outros alimentos, como massas, caldos e risotos.

O pesquisador de pós-doutorado Bruno Leandro Pereira, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da PUCPR, em Curitiba, desenvolveu um implante veterinário de baixo custo, que utiliza material que pode ser absorvido pelo organismo, descartando a remoção cirúrgica. Impressos em 3D, esses implantes irão auxiliar na recuperação de fraturas e substituir implantes convencionais de aço, que necessitam de cirurgia para remoção, assim como os modelos de acrílico, que podem ser tóxicos.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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