NOVA AURORA

PARANÁ

Governador destaca a força das cooperativas e anuncia novas ações para apoiar o setor

Publicado em

O fortalecimento da economia e os bons resultados alcançados pelo Paraná nos últimos anos passam pelo cooperativismo. A afirmação foi feita pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quinta-feira (15), durante a abertura do Fórum dos Presidentes 2023 – Conectando Cooperativas Através dos Continentes: Fortalecendo Parcerias entre Brasil e Europa, realizado em Foz do Iguaçu, no Oeste paranaense. A programação segue até esta sexta-feira.

O governador anunciou dois novos programas voltados para as cooperativas: o primeiro é de armazenagem de grãos, uma vez que o Estado tem batido recordes na produção; e o segundo será destinado a investimento em novas plantas industriais. “As cooperativas já anunciaram cerca de R$ 30 bilhões de investimentos nos próximos anos, e queremos colocar mais incentivos, gerando emprego e renda para a população”, afirmou Ratinho Junior.

Serão R$ 250 milhões, através do Siscred (Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados, da secretaria estadual da Fazenda), dirigidos a cooperativas que tenham crédito tributário de exportação, para a construção de silos. Nessa mesma linha, outros R$ 500 milhões serão investidos para novas plantas industriais em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

“O cooperativismo paranaense é o mais forte do País. Essa é uma tradição no nosso Estado, com as cooperativas ganhando força e industrializando a produção primária. Queremos ser o supermercado do mundo, industrializando cada vez mais os alimentos, ampliando as nossas práticas de plantio, sempre com o olhar da sustentabilidade. Por isso entendemos que é necessário esse fortalecimento das cooperativas”, reforça o governador.

Ratinho Junior destacou o bom ambiente econômico paranaense, se tornando a 4ª economia do Brasil e com a maior participação da sua história no PIB Nacional; o reconhecimento da OCDE como exemplo de sustentabilidade para o mundo, aliado a política de incentivos para instalação de empresas, que proporcionaram ao Estado investimentos de R$ 9 bilhões no setor de proteína animal.

CONQUISTA – Esses investimentos, disse o governador, são frutos, sobretudo, de uma conquista histórica para o Paraná: os certificados internacionais de estado livre de febre aftosa sem vacinação e de área livre de peste suína clássica de forma independente, concedidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e que completaram dois anos em maio de 2023. “Foram mais de 60 anos de trabalho conjunto entre governo e iniciativa privada para o reconhecimento da sanidade animal do Paraná”.

Com a chancela internacional, o Estado pode ampliar o mercado de exportação da carne paranaense e já tem trabalhado nisso, com uma série de missões internacionais realizadas em 2023 para países com potencial de compra, como Japão e Coreia do Sul, principalmente de carne bovina e suína, mostrando, inclusive, o trabalho das cooperativas do Paraná.

Leia Também:  Portal de Pagamentos de Tributos do Paraná oferece mais segurança contra fraudes

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, ressaltou o trabalho conjunto entre o poder público e privado para a ampliação de mercado. “Nosso modelo é vencedor. A presença forte do cooperativismo, em pelo menos sete ramos da atividade humana, movimentando R$ 187 bilhões em 2022, e buscando sempre mais. Nosso papel, além de reconhecer o esforço, é definir as políticas que possam apoiar essa expansão”, disse Ortigara.

APOIO AO COOPERATIVISMO – Segundo os dados mais recentes do Sistema OCB (de 2021), o Brasil conta com 4.880 cooperativas ativas, sendo que 52% (2.535) com mais de 20 anos de atuação. Já dados do Sistema Ocepar mostram que no ano passado o Paraná possuía 223 cooperativas, com mais de 3,1 milhões de cooperados e 135 mil empregados. O faturamento total foi de R$ 186,1 bilhões e conta com uma participação no Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário do Estado de 64%. Ao todo, são sete ramos de atuação das cooperativas: agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, transporte e trabalho, produção de bens e serviços.

Para incentivar o cooperativismo, o Governo do Estado conta com uma série de iniciativas voltadas ao setor, como o Coopera Paraná (Programa de Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar), que tem como objetivo fortalecer as cooperativas, melhorar a competitividade e a renda dos associados. Por meio de editais, as cooperativas podem contar com acompanhamento técnico-gerencial; capacitação de técnicos e dirigentes; comercialização e acesso a mercados; e instrumentos e políticas de apoio.

Pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná) são oferecidas extensão rural, criação de cultivares e sistemas para controle de pragas. O programa Paraná Mais Orgânico, que orienta produtores interessados na produção orgânica e que contará com um aporte financeiro de R$ 7,9 milhões para continuidade e ampliação da rede de núcleos de certificação; a melhoria em estradas rurais para o escoamento da produção; além do Banco do Agricultor Paranaense, com taxas de juros mais atrativas para investimentos; e o programa RenovaPR, de incentivo ao uso de energia renovável, são algumas das iniciativas do governo estadual que ajudam a fomentar o cooperativismo.

FÓRUM – Promovido pelo Sistema Ocepar, neste ano o Fórum dos Presidentes reúne 200 participantes e visa aproximar os mercados brasileiro e europeu, apresentando diversas oportunidades de negócios e possíveis alianças entre a América do Sul e a Europa. Com foco em práticas ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), estão reunidos presidentes das principais cooperativas do Brasil, entre elas Castrolanda/Unium, Coamo, Cocamar, Frimesa, Unimed Paraná, entre outras.

Leia Também:  Paraná apresenta novas regiões turísticas e potencial do Estado no Festival das Cataratas

O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, anunciou o Plano Paraná Cooperativo (PRC200), aprovado simbolicamente pelos presidentes das cooperativas. Na prática, o novo plano pretende aumentar o faturamento para R$ 200 bilhões, com sobras líquidas de R$ 10 bilhões, investimento anual de, no mínimo, R$ 5 bilhões, e chegar a 4 milhões de cooperados com 200 mil empregados diretos.

“Estamos lançando um novo plano de desenvolvimento do cooperativismo, com toda uma metodologia para calcular isso, determinando os novos investimentos. A demanda internacional por alimentos é muito alta. O objetivo é nos organizarmos para isso, devendo investir cerca de R$ 30 bilhões nos próximos cinco  anos, com foco na agroindústria”, salienta Ricken.

Ele também destacou a importância da adoção das práticas ESG no cooperativismo. “Não podemos temer essas práticas, mas sim abraçá-las, pois já fazemos isso, já é o nosso presente. Vamos ter a ESG-Coop, melhorando e investindo ainda mais em nossas práticas”, afirma o presidente do Sistema Ocepar.

Para o segundo dia do evento estão previstos quatro painéis: “Alianças estratégicas entre cooperativas”, “Oportunidades de negócios”, “Melhores práticas em ESG” e “Infraestrutura e logística”, este último com a participação de representantes da empresa pública Portos do Paraná.

PRESENÇAS – Estiveram presentes no evento o vice-governador do Paraná, Darci Piana; os secretários estaduais de Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, e de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Marcelo Rangel; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia; os deputados federais Luiz Nishimori, Pedro Lupion, Reinhold Stephanes, e Sérgio Souza; o deputado estadual Marcel Micheletto, representando o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano; o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipski; o vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Francisco Sampaio; e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri.

Pelo cooperativismo, estiveram presentes o diretor da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Remy Gorga, representando o presidente da entidade, Marcio Lopes de Freitas, o presidente da Confederação das Cooperativas Agroalimentares da União Europeia (Cogeca), Ramon Armengol, além de presidentes e lideranças de cooperativas.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

Published

on

By

O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

Leia Também:  Censo 2022: indígenas do Paraná têm média de idade de 27 anos; quilombolas, de 31

A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

Leia Também:  Governo repassará R$ 1,5 milhão por mês a Maringá para auxílio de custeio do Hospital da Criança

“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA