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Genética, saúde animal, bioinsumos: Estado apresenta novas tecnologias no Show Rural

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A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), apresenta soluções tecnológicas para o agronegócio durante a 35ª edição do Show Rural, em Cascavel, no Oeste. A partir da próxima segunda-feira (6), das 8 às 17 horas, pequenos, médios e grandes produtores rurais podem conferir as inovações no estande instalado no Parque Tecnológico da Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel). O evento segue até sexta-feira (10).

Com o objetivo de contribuir para o aumento da produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades agropecuárias, a Seti selecionou programas estratégicos e startups que integram o Vale do Genoma e outros ecossistemas de inovação para apresentar serviços específicos para o público da feira. Localizado em Guarapuava, na região Centro-Sul do Estado, o Vale do Genoma consiste em um ecossistema de inovação com ampla expertise em agropecuária, meio ambiente e saúde.

O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destaca o avanço do conhecimento científico voltado ao segmento rural, que ocupa papel central para o crescimento do estado e do país. “O agronegócio é uma das áreas prioritárias para a ciência e tecnologia paranaense. Por isso é importante avançar, cada vez mais, com as pesquisas cientificas e tecnológicas voltadas ao setor”, afirma.

Ele reforça ainda a importância de apresentar algumas das soluções inovadoras para o agronegócio, desenvolvidas nas universidades para “ampliar a sinergia e aproximação entre o setor produtivo acadêmico e o setor produtivo empresarial”.

Anualmente, o Show Rural abre o calendário oficial de feiras agropecuárias do Brasil. Em 2023, a expectativa é movimentar aproximadamente R$ 3,5 bilhões em negócios, 10% a mais que no ano passado, quando o evento registrou R$ 3,2 bilhões em volume de negócios.

GENÉTICA – Uma das soluções apresentadas durante a feira será o sequenciamento genético de solos, serviço disponibilizado pela GoGenetic Agro, uma startup de biotecnologia que se originou no meio acadêmico, como resultado de teses de doutorado e pós-doutorado de cientistas que pesquisam os benefícios de microrganismos para as plantas.

A partir de uma amostra do solo, a empresa emite o laudo personalizado com a precisão da genética e com sugestões de manejo para a agricultura, equilibrando e potencializando o conjunto de microrganismos presentes na propriedade rural. Na prática, essa solução possibilita o aumento da produtividade por área plantada e a redução de doenças causadas por fungos e bactérias.

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Com esse diagnóstico customizado, o produtor pode adotar boas práticas para um solo mais saudável, aumentar a vida útil da área plantada e rentabilizar o empreendimento rural com uma agricultura sustentável, a exemplo do chamado sequestro de carbono (captura do gás carbônico da atmosfera e armazenamento no solo).

SAÚDE ANIMAL – A startup Y3K Health, que atua no Vale do Genoma com soluções para o diagnóstico molecular no campo, disponibiliza três soluções inovadoras para os visitantes do Show Rural 2023. Os serviços são os seguintes: kit para exame completo de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) com análise de material genético em até 85 minutos; kit portátil para exames de PCR e diagnósticos em fazendas; e extrator portátil de ácido nucleico e de fácil usabilidade.

A tecnologia desenvolvida pela empresa possibilita diagnósticos rápidos e celeridade nas tomadas de decisão no manejo de animais e plantações.

BIOINSUMOS – Outra startup presente no estande da Unioeste será a Bio3, líder em pesquisa, desenvolvimento e inovação para o agronegócio. Criada por estudantes e professores de pós-graduação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a empresa desenvolve tecnologias biológicas para o aumento da produtividade agrícola, a partir de bioinsumos microbianos genuinamente brasileiros.

Com foco no controle de doenças e pragas nas lavouras, a startup aplica a bioinformática para compreender o arcabouço genético de princípios ativos microbianos, a fim de desenvolver produtos e bioprocessos mais eficientes.

ORGÂNICOS – Os visitantes do evento também podem conferir o Paraná Mais Orgânico (PMO), um programa do Estado voltado para agricultores familiares interessados em converter a produção convencional de alimentos para o modelo orgânico. Esse é mais um serviço público (sem custo para os produtores) disponibilizado pelo Estado, com recursos do Fundo Paraná, dotação gerenciada pela Seti para o fomento à produção científica e tecnológica paranaense.

O objetivo é ampliar, cada vez mais, o cultivo de frutas, hortaliças, legumes e verduras livre de defensivos agrícolas tóxicos, insumos químicos sintéticos e sementes transgênicas.

A partir de núcleos localizados nas sete universidades estaduais e em unidades do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), o programa auxilia os produtores na obtenção da certificação orgânica em conformidade com a legislação brasileira; e promove a capacitação técnica para o manejo das propriedades rurais, evitando quaisquer práticas que comprometam a saúde humana, animal, das plantas e do solo. A certificação é emitida pelo Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar).

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PATENTES – Outra iniciativa promovida pela Seti no Show Rural 2023 será o Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), que tem como objetivo transformar o resultado de pesquisas acadêmicas em produtos e serviços com potencial de mercado. A cada ano, dezenas de professores, estudantes e pesquisadores de diferentes instituições paranaenses de ensino superior, públicas e privadas, recebem mentorias para a aceleração de projetos com patentes de invenção (PI), depositadas ou concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).

Um dos projetos finalistas do Prime 2022 também estará em exposição no espaço da Ciência e Tecnologia, no estande da Unioeste. Denominada Sítio Urbano 5.0, a iniciativa acadêmica foi desenvolvida na UTFPR – Câmpus Santa Helena, no Oeste paranaense, e consiste em uma produção agrícola inteligente e autônoma, com iluminação artificial e autoaprendizagem para o manejo de hortaliças, plantas e bioativos.

Instalado em um contêiner, o sistema produz alimentos seguros, saudáveis, orgânicos, de maneira sustentável, utilizando água da chuva e energia solar. Outra vantagem dessa técnica é que não há perdas de produção causadas pelo clima, pois o espaço reúne um conjunto de plataformas físicas e inovadoras, que utiliza Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) para a prática de agricultura urbana.

PESQUISA E EXTENSÃO – No local, estudantes e professores da Unioeste também apresentam várias ações interdisciplinares de pesquisa e extensão, desenvolvidas nos cinco câmpus da instituição – Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo.

Serviço:

Estande da Unioeste no Show Rural 2023

Data: 6 a 10 de fevereiro

Horário: 8h às 17h

Local: Parque Tecnológico da Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel) – Rua K, próximo ao estande da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Mapa AQUI

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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