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Genética do gado e qualidade do leite tornam Paraná competitivo nesse mercado

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A alta qualidade genética do gado leiteiro e a qualidade do leite paranaense foram exaltadas durante as festividades de 70 anos da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH), na noite desta sexta-feira (26), no Parque Histórico de Carambeí, região dos Campos Gerais. A associação é parceira do Estado na avaliação do produto entregue no Programa Leite das Crianças e no acompanhamento de rebanho do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) para que seja referência em saúde e nutrição.

“Para nós do governo é um privilégio e satisfação comemorar os 70 anos dessa importante associação”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que representou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Tive a possibilidade de conviver por 45 anos com essa história e sei da capacidade técnica, da organização, dos métodos e da introdução de inovação que permitiram a construção da moderna atividade leiteira do Paraná”.

Segundo ele, ao examinar o caminho percorrido pela APCBRH é possível projetar maior capacidade competitiva para a cadeia leiteira do Estado. “A nossa média evoluiu muito tanto em volume quanto na qualidade do leite e isso tem ajudado a atrair indústrias grandiosas, de ponta, que agregam valor ao leite do pequeno e do médio produtor”, analisou. “Não está longe a chance de ingressarmos no mundo com mais relevância, competindo com os grandes produtores, pois nós precisamos e vamos conquistar o mundo com a cadeia láctea também”.

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O Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com 4,3 bilhões de litros produzidos em 2021. Esse volume gerou naquele ano Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 9 bilhões, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral). Os principais municípios em rendimento são Castro, Carambeí, Arapoti, Francisco Beltrão e Palmeira. “O leite flutua entre o quarto e quinto produto que mais gera valor na roça no Paraná e muito se deve à genética, controle de qualidade, ao laboratório de excelência da associação”, registrou Ortigara.

A Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa foi criada em 27 de março de 1953 e possui atualmente um dos melhores laboratórios de melhoria genética e seleção das vacas leiteiras superiores. O banco de dados começou a ser construído em 1958, possuindo o histórico de 770 mil animais, dos quais 220 mil ativos. Isso permite melhorar o desempenho do rebanho de associados, com animais ultrapassando a média brasileira de 7 litros de leite por dia para atingir 35 litros.

“Temos esse registro genealógico e o Paraná é grande exportador de genética”, disse o superintendente da associação, Altair Antonio Valloto.

A APCBRH montou em 1991 o primeiro laboratório da rede brasileira de qualidade do leite. Hoje é credenciado pelos governos federal e estadual para analisar a qualidade de todo o leite produzido no Paraná, Santa Catarina, Rondônia e parte de São Paulo. “O laboratório certifica, valida e dá garantia de segurança para os consumidores”, reforçou Valloto. Os produtores recebem todas as análises a cada mês para aperfeiçoarem os métodos de produção e receberem mais pela qualidade.

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A associação também analisa amostras individuais de 110 mil vacas por mês, tendo foco na dieta e na saúde do animal. Para esse trabalho, o IDR-Paraná é parceiro com vistas a ter o seu rebanho como referência em saúde e nutrição. O laboratório possibilita ainda análise de doenças e de conformação das vacas, examinando individualmente os pontos fortes e fracos do animal leiteiro. Com isso é possível melhorar o que for identificado como fraco a partir do cruzamento com touros que possibilitam melhor conformidade. 

“Fomos sempre os primeiros no atendimento das necessidades da cadeia do leite, sempre estivemos na vanguarda”, afirmou o presidente da entidade no Paraná, João Guilherme Brenner. Segundo ele, todos os pilares básicos de registro genealógico, progresso genético da raça, controle da qualidade, laboratórios de classificação e testes genômicos serão mantidos.

Para isso, a APCBRH está investindo na formação de talentos. “Queremos gente nova convivendo com as mais experientes para contribuir com o novo futuro da associação”, disse. Também desenvolve projeto-piloto para definição de índice econômico para os animais, com vistas a aumentar os lucros dos associados. “É uma agenda de produtividade e crescimento, queremos nos tornar cada vez mais ágeis e responsáveis para o que o mercado quer”, salientou.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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