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Festival das Águas atrai veranistas e movimenta o turismo em Antonina

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Muito sol e temperatura na casa dos 30ºC. Foi nesse clima que começou nesta sexta-feira (27) o Festival das Águas, em Antonina, no Litoral. A competição, que segue até domingo, conta com várias modalidades de esportes náuticos, como Caiaque Polo, Seasider Cross e Maratona, atraindo veranistas e a comunidade local.

O evento faz parte da programação do Verão Maior Paraná e dos Jogos de Aventura e Natureza (JAN), promovidos pelo Governo do Estado.

Realizado na Ponta da Pita, o público pode acompanhar nesta sexta as provas de Caiaque Polo, nas categorias pelo masculino: infantil, sub 14, júnior e sênior; e pelo feminino: sub 12 e júnior. Ao longo do fim de semana, devem passar pelas águas de Antonina cerca de 300 atletas de várias regiões do Paraná, de cidades como Foz do Iguaçu, Tibagi e Tomazina.

O atleta da Seleção Brasileira de Caiaque Polo, Vitor Barcelos, de 17 anos, veio de Tomazina, no Norte Pioneiro, e já tem no currículo o título de campeão de slalom cross. Ele conta que os Jogos de Aventura e Natureza foram um dos primeiros que ele disputou.

“Está muito massa, bem organizado, show de bola”, conta. Além de competir pela categoria sênior no JAN, ele também auxilia na arbitragem das outras categorias.

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Denise Baiana, moradora de Antonina há 58 anos, veio com as duas irmãs e a mãe para assistir o início das competições do Festival das Águas. “Nós passamos por aqui na quinta e já estava bem movimentado, cheio de turistas, então viemos cedinho para acompanhar”, conta Denise.

“Está sendo maravilhoso, com muita coisa acontecendo aqui. Tudo que tem em Antonina nós estamos acompanhando”, reforça sua irmã, Fátima.

Segundo o presidente da Federação Paranaense de Canoagem (Fepacan), Argos Gonçalves Dias Rodrigues, o apoio do Estado tem sido fundamental para a realização de competições esportivas. “O Governo do Paraná está de parabéns com relação às modalidades esportivas. Esse trabalho, como os Jogos de Aventura e Natureza, são de fundamental importância para o nosso esporte”, destaca Rodrigues. “A canoagem teve uma sobrevida graças ao apoio do Estado, e tem sido assim desde 2019”.

“A gente tem uma baía linda e que é pouco explorada pelos esportes náuticos, e trazer essas modalidades aqui para Antonina é muito importante. Movimenta o turismo, a economia e todo o comércio local”, afirma o coordenador de Esportes de Antonina, Jackson Ribeiro Goulart. “Esperamos continuar com essa parceria com o Governo do Estado para as próximas temporadas”.

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DIFERENTES FRENTES – Paulo Cardoso da Silva, da Secretaria de Estado do Esporte, ressalta que o JAN atua em diferentes frentes. “Nós temos o turismo, a integração de diversas cidades do Paraná participando desses eventos, e o mais importante, que é a prática de esportes. Os nossos jovens, adultos, a terceira idade, todos se exercitando por meio dos programas da Secretaria. O Governo do Estado tem incentivado muito a prática esportiva em todo o Paraná”, explica. “O Verão Maior Paraná tem sido um sucesso”.

Para realização da competição nas águas de Antonina, o Governo do Estado auxiliou no alojamento e alimentação dos atletas, pagamento de diárias para árbitros e coordenadores e troféus e medalhas para os participantes. O evento é realizado em parceria com a Fepacan e com o Grupo Escoteiro do Mar de Antonina, além do apoio da Prefeitura de Antonina.

FESTIVAL DAS ÁGUAS

O evento faz parte da programação do Verão Maior Paraná e dos Jogos de Aventura e Natureza (JAN), promovidos pelo Governo do Estado. Foto: Albari Rosa/AEN

JOGOS DE AVENTURA E NATUREZA – O projeto foi criado em 2019 visando unir a prática esportiva, o turismo e a natureza com a realização de eventos em todos os cantos do Paraná. Pioneiro no Brasil, além dos benefícios esportivos, a economia local também é fortalecida. Os Jogos de Aventura e Natureza são uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Esporte.

Mais de 150 mil atletas já participaram das mais variadas competições desde 2019. Todas as modalidades foram chanceladas pelas respectivas federações esportivas, que aderiram a proposta do Governo do Estado e passaram a integrar o calendário oficial dos jogos. Em 2022, a iniciativa recebeu o prêmio nacional Top Inovation da Uninter, na categoria Desporto.

PROGRAMAÇÃO NAS PRAIAS – Além do Festival das Águas, diversas atividades culturais e esportivas estão programadas para este final de semana. Em Matinhos, nesta sexta tem o show da dupla Fernando & Sorocaba, às 20 horas, com entrada gratuita; o Circo na Praça e o início do Campeonato de Vôlei de Praia. No sábado tem exposição da Polícia Militar das 16 às 20 horas. A programação do dia encerra com show de Dell Cavalini e Pedro Paulo e Alex.

Em Pontal do Paraná, continuam as sessões do Cinema na Praia, passando cada dia por um balneário diferente, e show de Dell Cavalini e Quinteto S.A. na sexta-feira a noite. Já no sábado tem show do grupo Sambô. Há ainda atrações em Guaratuba, com a 1ª etapa do Campeonato Paranaense de Bodyboarding 2023 começando no sábado, e em Paranaguá, com Futebol das Estrelas no sábado e corrida de rua no domingo.

VERÃO MAIOR PARANÁ – O Verão Maior Paraná tem ações voltadas aos veranistas e comunidade local, com atividades esportivas e de lazer, aulas de ginástica, dança, caminhadas, recreação infantil, torneios e eventos esportivos, além de uma série de outras práticas relacionadas ao entretenimento. No site www.verao.pr.gov.br é possível conferir a programação completa das atrações promovidas pelo Governo do Estado. As ações acontecem nos municípios do Litoral, além de Porto Rico e São Pedro do Paraná, no Noroeste do Estado.

Fonte: Governo do Paraná

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Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas

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Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira entre ele e os demais colegas. Interpretar simples entonações de voz ou outros sinais não verbais representava uma dificuldade para ele. Ao participar do planejamento de educação inclusiva da escola, anos depois, ele teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o que era autismo. Tendo se identificado com muitas de suas características, resolveu ele mesmo procurar orientação profissional.

Em 9 de abril de 2024, Evalney, aos 37 anos, finalmente recebeu o diagnóstico de portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “No começo foi estranho, precisei de um tempo até aceitar. Mas depois tudo foi fazendo sentido”, lembra. 

Desde a época em que estudava, Evalney tinha dificuldade para se enturmar, exceto quando se envolvia com atividades que o interessavam, como xadrez, informática e jogos eletrônicos, e que o tornavam alvo de bullying. Faltavam ao ambiente escolar formas de acolhimento a alunos como ele. “Não havia suporte, nem ouvíamos falar sobre autismo naquela época. Foi bem complicado para mim”, afirma.

Com o objetivo de promover a inclusão e o combate à discriminação da pessoa autista, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, podendo apresentar ou não déficits intelectuais e hiperfocos.

“Não tem cura, mas tem tratamento”, afirma a pedagoga e especialista em psicopedagogia e educação especial, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno. “O maior desafio enfrentado pela pessoa com TEA é que muitas vezes ele é tratado de forma equivocada, apenas com medicação. Também é necessário que haja acompanhamento terapêutico e orientação adequada”.

O diagnóstico é feito por meio de avaliações, observações e acolhimento de relatos familiares e clínicos e deve acontecer o mais cedo possível. “Aos primeiros sinais atípicos no desenvolvimento infantil, pode-se iniciar o acompanhamento multidisciplinar objetivando uma avaliação completa do quadro”, explica o psicólogo Paulo Ricardo Ferreira.

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Segundo Siana, a importância do diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações ao longo da vida para a pessoa com TEA. “É para que o autista não venha a sofrer graves consequências na vida adulta, como depressão ou mesmo outros transtornos mais sérios, que poderiam causar prejuízos pela dificuldade de compreensão, tanto por ele como pelas pessoas de seu entorno”.

ENSINO DE QUALIDADE E INCLUSÃO – Juarez Gabriel Miranda Franco de Lima sempre gostou de ir ao circo. Um dia, em 2020, pendurou uma cortina na garagem de casa, botou um nariz de palhaço, apontou uma câmera para o palco improvisado e se apresentou como o palhaço JG. “Teve malabarismo com chapéu, piadas e muitas músicas infantis”, ele recorda. “Normalmente eu faço sozinho, mas às vezes deixo meus amigos fazerem uma apresentação”.

Aos 6 anos, Juarez era tratado como uma criança hiperativa. Até que Cleusa, sua mãe, orientada pela escola em que ele estudava, procurou ajuda profissional para o diagnóstico para TEA, que acabou se confirmando. A princípio preocupada – na adolescência, ela havia cuidado de uma criança com autismo severo –, Cleusa ficou aliviada com o apoio dado pela escola. “Ele conseguiu uma professora para ajudá-lo a se desenvolver nos estudos”, ela conta. “Tinham muita paciência e muito amor por ele. Ele é um menino muito inteligente e muito carinhoso com todo mundo”. 

Além das apresentações como o palhaço JG – devidamente registradas em seu canal no YouTube –, Juarez, que está no terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Wolff Klabin, é atleta, tendo competido em três edições dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), representando o Centro de Referência Paradesportiva de Telêmaco Borba. Em 2023, ele foi campeão paranaense, tendo conquistado ouro nas modalidades de 100, 200 e 400 metros. Correr, diz Juarez, o ajudou a se tornar uma pessoa mais independente. “Consigo cuidar de mim mesmo e já saio sozinho. Eu costumava me isolar, mas agora saio e convivo com outras pessoas”, comemora Juarez.

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Essas conquistas de Juarez e de outros 12 mil estudantes com diagnóstico de TEA são possíveis graças aos serviços de acolhimento e assistência oferecidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR). Esses serviços são distribuídos nas escolas levando-se em conta as necessidades dos estudantes.

Os Profissionais de Apoio Escolar (PAE), que ajudam estudantes com deficiência a participar das atividades escolares, e Professores de Apoio Educacional Especializado (PAEE), que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, são contratados conforme estudo de caso. 

Já as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que funcionam no contraturno e ajudam na integração social dos alunos, são autorizadas para todas as escolas que possuam estudantes da educação especial e que não sejam de educação integral.

“O Paraná desenvolve ações voltadas aos alunos com TEA desde a origem do atendimento educacional especializado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Com o aumento do número de estudantes identificados, as ações têm sido potencializadas para garantir a inclusão de todos eles”.

Hoje, para atender estudantes com diagnóstico de TEA, a rede estadual de educação conta com cerca de 3 mil SRMs, 1.400 PAEs e 4.100 PAEEs.

“Hoje em dia, eu percebo muitas coisas boas, como atendimento especializado com profissionais capacitados, salas de recursos multifuncionais e palestras para conscientização”, avalia Evalney, que hoje leciona no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, no Centro-Sul do Estado. “Na escola, quando contei do diagnóstico, a direção me acolheu e inclusive me incentivou a usar o cordão do autismo, como forma de inspirar alunos autistas”.

Fonte: Governo PR

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