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Fazenda Escola da UEPG reduz emissão de 400 toneladas de carbono por safra

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Antes das discussões climáticas serem protagonistas no século 21, a Fazenda Escola Capão da Onça da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Fescon-UEPG) já atuava na vanguarda. Por meio de técnicas empregadas desde 1985, como o plantio direto, cuidado e preservação do solo, a instituição trabalha na redução da emissão de carbono no ar. O resultado é a contenção de 400 toneladas de carbono por safra verão/inverno, o que equivale a 1,4 tonelada de dióxido de carbono ou 400 mil litros de poluentes emitidos pela gasolina.

O plantio direto é uma técnica diferenciada de manejo do solo, que busca diminuir o impacto da agricultura e das máquinas agrícolas. Na Fescon, a prática protege o solo, reduz a erosão e mantém uma maior concentração de nutrientes, o que retém a concentração de carbono dentro do solo. “As técnicas de cuidado e preservação do solo já existem há alguns anos dentro da Fazenda Escola. O que a gente vem fazendo hoje é o aperfeiçoamento dessas técnicas, conforme as tecnologias vão sendo desenvolvidas, até porque existe hoje um incentivo global, já estabelecido em vários países, a respeito do tema”, explica o coordenador da Fazenda Escola e professor de Agronomia na UEPG , Orcial Bortolotto.

A preocupação pela redução da emissão de carbono pelo ar é mundial. O elemento contribui para o chamado “efeito estufa”, que ocorre quando a radiação solar, na forma de ondas curtas, aquece a superfície terrestre e parte da radiação é refletida novamente na forma de calor. A temperatura é bloqueada por alguns gases, como CO², o que intensifica a sua retenção nas camadas mais baixas da atmosfera. “Muito se fala nessa questão da emissão de carbono atmosférico, mas dentro do solo é onde se encontram três vezes mais a concentração desse elemento, quando comparado, por exemplo, com o ar”, diz Orcial.

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IMPORTÂNCIA – A retenção do carbono no solo também aumenta a produtividade das plantações e auxilia no processo de fotossíntese das plantas. O processo na Fescon acontece com rotação de culturas de milho, feijão, soja e aveia. “O carbono fica posteriormente disponibilizado no solo, o que se converte numa maior riqueza nutricional, para que as plantas possam, na sequência, também se desenvolverem”, afirma.

Além do sistema de plantio direto, a Fazenda ainda trabalha com outras estratégias, como mix de coberturas de plantas sobre o solo, os chamados ‘adubos verdes’. “Essas plantas, quando depositadas, protegem o solo, reduzem problemas de plantas daninhas e causam um enriquecimento nutricional. Toda essa massa seca de plantas são importantes nessa questão do sequestro do carbono e posterior incorporação na terra”. Estudos apontam que um hectare de massa seca das plantas depositada no solo sequestra uma quantidade de carbono atmosférico equivalente a aproximadamente oito mil litros de gasolina. “Então acaba sendo algo bastante expressivo, demonstrando que a agricultura hoje é o carro-chefe na redução da problemática”, salienta o professor.

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Orcial informa ainda que trabalhos desenvolvidos dentro da Fescon demonstram que um hectare de folhas de plantação de milho deixa em torno de 8 a 9 toneladas de massa de proteção no solo, posteriormente. “Temos 15 hectares de produção de eucalipto, que consegue capturar de 5 a 8 toneladas de carbono por hectare. E aqui tem eucalipto que já tem mais de 30 anos, então também se torna uma ferramenta muito importante dentro dessa questão”.

O planejamento, a partir dos anos de 2024 a 2025, é intensificar os estudos e formas de manejo para reduzir a emissão de carbono no ar. “Com um monitoramento junto com grupos de pesquisa e empresas, nós vamos implantar, de forma gradual e monitorada, novas técnicas de preservação do solo”, acrescenta.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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