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Exportações impactam preços das proteínas animais no mercado interno, mostra boletim do Deral

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As exportações brasileiras influenciaram os preços das carnes no mercado interno. A análise está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 16 a 22 de junho. O documento é elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

O preço da carne suína ao consumidor apresentou aumento em torno de 5% no acumulado de janeiro a maio de 2023 quando comparado ao preço médio de 2022. Em parte, o que explica este cenário é uma elevação nas exportações da carne suína pelo Brasil. Foram exportadas mais de 473 mil toneladas nos primeiros cinco meses deste ano, volume 16% maior que no mesmo período de 2022.

Entretanto, segundo a análise do Deral, o cenário deve mudar com o previsto ajuste da oferta num curto espaço de tempo. Na última semana verificou-se que os preços da carne suína no atacado apresentaram queda de quase 10% e parte disso deve ser repassado para o consumidor final. O custo de produção de carne suína também caiu em 2023 mais de 12%, o que deve contribuir para redução dos preços no varejo.

Sobre a carne bovina, o boletim analisa as exportações brasileiras, que registraram uma queda de 9,5% entre janeiro e maio de 2023 comparativamente ao mesmo período de 2022. Entre os fatores que explicam essa diminuição, está a interrupção das compras pela China, principal importador da proteína brasileira, ocorrida em fevereiro. O embargo também afetou negativamente o preço da arroba, que apresentou sucessivas quedas diárias nos últimos meses.

De acordo com o boletim, em maio, os preços médios pagos aos produtores paranaenses de frango, boi e suíno recuaram em relação ao mês anterior, respectivamente, 1,9%, 7,5% e 8,1%. Por outro lado, os ovos e o leite registraram valorização, de 2,2% e 3,2%.

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Em maio, os produtores receberam, em média, R$ 4,77 pelo quilo de frango, R$ 255,38 pela arroba bovina, R$ 6,10 pelo quilo do suíno, R$ 179,95/30 dúzias do ovo tipo grande e R$ 2,92 pelo litro de leite.

FEIJÃO E TRIGO – Com a melhora do clima a partir da última quinta-feira, os trabalhos de colheita do feijão foram retomados, o que tranquiliza os produtores após a semana passada, que não permitiu essa prática devido às chuvas em no Paraná.

Segundo o último levantamento do Deral, cerca de 76% dos 299 mil hectares plantados com feijão já foram colhidos. Exceto pela semana passada, as condições climáticas são consideradas satisfatórias, o que contribuiu para a obtenção de um produto de excelente qualidade.

De acordo com a pesquisa e os produtores, as condições climáticas no início da safra foram desfavoráveis e resultaram em menores produtividades. No entanto, a produção da segunda safra deverá ultrapassar 500 mil toneladas, o que contribui significativamente para o abastecimento do produto nos próximos meses.

O plantio de trigo aumentou apenas 1 ponto percentual na última semana, chegando a 83% da área estimada. De acordo com o Deral, esse avanço pequeno é explicado pela alta frequência e bom volume de chuvas no período. Apesar de prejudicarem o avanço do trabalho de semeadura, as precipitações foram excelentes para as lavouras instaladas anteriormente, bem como para umedecer o solo e criar condições para o plantio nas semanas seguintes.

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FLORICULTURA – O documento traz informações sobre a produção de flores no Paraná, que, embora tenha pequena participação diante da potência dos negócios da agropecuária estadual, atingiu R$ 176,6 milhões no relatório preliminar do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022.

Os gramados e as plantas perenes ornamentais representaram 73,4% do VBP dos produtos do segmento. Já as orquídeas e os crisântemos participaram com 9,1% e 4,8% do total financeiro, respectivamente. O boletim destaca ainda que em 28 e 29 de junho acontece em Maringá – grande polo do setor – o Workshop Paranaense de Flores e Plantas Ornamentais.

MILHO – Quanto ao milho, o boletim informa que o Paraná exportou 1,5 milhão de toneladas do cereal nos primeiros cinco meses de 2023, volume 125% maior que no mesmo período de 2022. A receita financeira obtida pelos exportadores totalizou 431 milhões de dólares, alta de 111%.

PERUS – Segundo o Agrostat Brasil, no primeiro quadrimestre de 2023, a exportação nacional de carne de perus atingiu 21.058 toneladas, resultando num ingresso de divisas da ordem de US$ 57,776 milhões. Assim, registra-se uma alta de 45,8% no volume (14.446 toneladas) e 34,1% de aumento na receita cambial (US$ 43,098 milhões) sobre o ano anterior.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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