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Evento do IDR-Paraná discute criação de abelhas para geração de renda e proteção do ambiente

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Cerca de 60 técnicos e produtores participaram nesta segunda-feira (8), na ExpoLondrina, de uma reunião técnica sobre a produção de abelhas organizada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). É o primeiro evento que trata do tema na feira.

“Além de oferecer uma opção de renda para a agricultura familiar, a presença de abelhas é um indicador de sustentabilidade da propriedade. Este é um marco. Este evento, com certeza, passará a integrar o calendário da ExpoLondrina”, destacou Vania Moda Cirino, diretora-presidente em exercício do IDR-Paraná.

O encontro teve como objetivo discutir questões técnicas, ambientais e mercadológicas envolvidas na cadeia produtiva da meliponicultora – espécies nativas, sem ferrão – e da apicultura (abelhas africanizadas).

“É possível conciliar a atividade com a produção agrícola em geral”, afirma o extensionista Renan Ribeiro Barzan, gerente regional de Londrina e coordenador do evento. Própolis, geleia real e mel são produtos resultantes da atividade.

O pesquisador Décio Gazzoni, da Embrapa Soja, apontou que produtores de soja podem se beneficiar com incremento de até 13% na produtividade da soja utilizando abelhas na polinização das lavouras. “E o mel de soja é claro, leve e não cristaliza mesmo em baixas temperaturas”, explicou.

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Ele aponta, porém, que esse não é o maior benefício das abelhas. “Em escala global, o mais importante produto das abelhas não é o mel ou o própolis, mas o serviço ecossistêmico de polinização”, afirmou.

De acordo com o pesquisador, a convivência entre criadores de abelhas e a produtores de grãos é possível com diálogo e comunicação, além da adoção de boas práticas agronômicas pelo apicultor e pelo agricultor, especialmente o manejo integrado de pragas e doenças, evitando fazer aplicações de agrotóxicos durante o período de florescimento das lavouras.

NATIVAS – Marlon Tiago Hladczuk, extensionista do IDR-Paraná que orienta criadores em Prudentópolis, explicou que há mais 300 espécies de abelhas nativas no Brasil. “É uma opção de fonte de renda extra para o produtor rural e também para produtor de área urbana, com a venda de enxames e polinização para culturas protegidas como tomate, morango e olericultura”, explicou.

No Paraná, há mais de 30 espécies sem ferrão, como jataí, mandaçaia e tubuna. “A atividade não tem concorrência no mundo. Temos algo único, de valor agregado e que não tem competidores”, afirmou.

O produtor de Londrina Miguel Gomes Celestino, que tem 150 colmeias de oito espécies de abelhas e vive exclusivamente da apicultura, fazendo parceria com produtores de soja e laranja, levou para a feira sua experiência. “Dá para viver da atividade tranquilamente, você não precisa ter terra na apicultura”, disse.

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“É uma atividade interessante porque envolve a família. Meu pai, minha mãe, minha irmã, todos ajudam, toda a família está participando”, diz Alexandre Santos de Souza, de Cambé. Ele maneja 2 mil colmeias e cerca de 18 espécies, e tem parceria com 32 propriedades agrícolas.

PRODUÇÃO – De acordo com o IBGE, o Paraná é o segundo maior produtor de mel no Brasil, contribuindo com 14,2% da produção total do País. Em 2022, a produção nacional foi de 60.966 toneladas, representando um aumento de 9,5% em relação a 2021.

REALIZAÇÃO – Para realização do primeiro Encontro Regional de Meliponicultura e Apicultura, o IDR-Paraná contou com a parceria da Organização Não-Governamental de Desenvolvimento e Ambiente (Onda) e o apoio da Secretaria Estadual de Agricultura (Seab), Sebrae, Embrapa e Sociedade Rural do Paraná.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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