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Estudo registra populações de grandes mamíferos em áreas da Copel na Serra do Mar

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A Copel recebeu o primeiro lote de imagens de animais identificados pela Rede de Monitoramento do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, em áreas preservadas pela empresa. O estudo é uma iniciativa do Instituto Manacá e do Instituto de Pesquisas Cananéia que tem o objetivo de obter registros periódicos da presença desses animais em áreas de Mata Atlântica nos Estados de SP, PR e SC.

Atualmente, a Copel mantém sob seus cuidados mais de 10 mil hectares em áreas próprias nos municípios de São José dos Pinhas, Guaratuba, Piraquara e Morretes – destinadas quase exclusivamente à conservação da Mata Atlântica na Serra do Mar paranaense e inseridas no maior contínuo conservado desse bioma, que possui uma das mais altas taxas de biodiversidade do planeta. Essas áreas representam importantes refúgios da fauna e da flora nativa regional. Ao integrar a Rede de Monitoramento e aderir à iniciativa, em 2021, a Companhia passou a ter as áreas monitoradas de modo estruturado e sistemático.

O coordenador do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, Roberto Fusco, do Instituto de Pesquisas Cananéia, explica a importância do trabalho junto à Companhia: “Com a parceria da Copel na Rede de Monitoramento, conseguimos integrar áreas extremamente importantes para a conservação de espécies ameaçadas, trazendo mais um esforço de amostragem para detectar a ocorrência, fazer o monitoramento da população das espécies junto a várias outras áreas contínuas da Serra do Mar”

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RESULTADOS – Após o encerramento do primeiro ciclo de monitoramento, feito em 2022, foi possível confirmar que as áreas da Copel selecionadas servem de abrigo, refúgio ou fazem parte da área de vida de muitos mamíferos que são alvo de estudo do Programa. E esses animais ainda integram a lista de espécies ameaçadas da fauna brasileira, como a anta (Tapirus terrestris) e o queixada (Tayassu pecari), além de diversos outros registrados pelas armadilhas fotográficas, como a onça-parda (Puma concolor), a jaguatirica (Leopardus pardalis), veados (Mazama sp.), tatus, iraras, cachorro-do-mato e mão-pelada.

“A presença de grandes mamíferos serve como indicador do estado de conservação de uma área, pois são animais que sofrem grande pressão de caça, mas também por serem bastante vulneráveis à perda de habitat, sendo geralmente os primeiros a desaparecer quando ocorre a fragmentação de áreas naturais. Como os grandes mamíferos desempenham funções-chave nos processos ecológicos, o desaparecimento desses animais pode afetar o equilíbrio de todo o ecossistema”, explica a bióloga e gerente da Divisão de Meio Físico e Fauna da Copel, Jéssica Motta.

TÉCNICA – O monitoramento é realizado por meio da instalação de armadilhas fotográficas que ficam em campo por determinados períodos. A instalação é feita por especialistas que precisam entrar em áreas de difícil acesso para selecionar as áreas mais propícias ao aparecimento da fauna. Terminado o período de monitoramento, que dura em média dois meses, os pesquisadores voltam a campo para retirar as armadilhas.

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Em seguida, tem início o trabalho de escritório, que consiste na análise das imagens gravadas por cada câmera, verificando se houve registro de animais nas áreas e fazendo sua identificação. Esse é o momento de maior expectativa, em que se verifica quais animais ocorrem em cada área monitorada.

“Os dados gerados dessas espécies somam-se às informações de toda uma rede, ampliando o conhecimento da biodiversidade desses locais e permitindo um planejamento mais adequado das ações de conservação que podem ser realizadas pela Copel ou por outras instituições interessadas”, afirma Jéssica Motta.

O ciclo 2023 já foi iniciado, porém, os resultados serão disponibilizados somente no ano seguinte, pois a fase de triagem das imagens é bastante demorada, por conta do volume de dados obtidos.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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