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Estudo da UEL aponta que adolescentes sedentários têm mais dificuldades pós-Covid-19

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Estudo inédito assinado por pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) conseguiu mensurar a importância da atividade física para a saúde e bem-estar e fortalecer a ideia de que o exercício físico funciona como um antídoto, capaz de reduzir os impactos de doenças graves. Conduzida por Grupo de Estudos em Atividade Física, Psicologia e Saúde, do Centro de Educação Física e Esporte (Cefe), a pesquisa considerou um grupo de 312 adolescentes que tiveram diagnóstico de Covid-19 e concluiu que indivíduos sedentários apresentavam quatro vezes mais chances de manter sintomas após a doença, como fadiga, perda de olfato, dores de cabeça, tosse e indisposição.

A prática corriqueira da atividade física pode reduzir em até quatro vezes as chances de sintomas pós-Covi-19, demonstrou a pesquisa. Também foi constatado que meninas adolescentes apresentaram mais sintomas do que os meninos. O estudo, de natureza quantitativa, considerou a amostragem oficial da plataforma pacientes da secretaria estadual de Saúde do Paraná (Notifica-Covid).

Adolescentes que não tiveram sintomas posteriores narraram praticar, em média, 215 minutos de atividade física semanalmente. O grupo que apresentou um quadro prolongado da infecção informou fazer, em média, 140 minutos de atividade física semanal, tempo menor do que o recomendável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – de 60 minutos/dia de atividade física vigorosa ou moderada, pelo menos três vezes por semana.

Dos 312 adolescentes analisados, 51,9% eram do sexo feminino e 48,1% do sexo masculino, com idade entre 11 e 17 anos, que apresentaram diagnóstico confirmado da doença, em Londrina, entre agosto e dezembro de 2021.

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O trabalhou foi a dissertação de mestrado do estudante Gustavo Baroni, orientado pelo professor do Departamento de Ciência do Esporte da UEL, Helio Serassuelo Junior, dentro do programa de Pós-Graduação em Educação Física Associado da Universidade Estadual de Maringá e a UEL. Segundo o estudante, entre agosto e dezembro de 2021, Londrina registrou 6 mil casos de Covid-19 entre adolescentes. “A proposta de estudar este grupo populacional se baseou no fato de que quase não existe pesquisa considerando este perfil”, explicou.

Para investigar a prevalência da síndrome utilizou-se o questionário “Manifestações clínicas de quadro prolongado – Síndrome Pós-Covid”, da secretaria estadual de Saúde, que mede condições físicas da infecção após a fase aguda da doença. Posteriormente, foi aplicado outro questionário que comprovou os hábitos e o comportamento dos adolescentes quanto à atividade física rotineira.

O estudo foi desenvolvido com dados parciais do projeto de pesquisa “Avaliação clínica funcional e qualidade de vida de pacientes após 1, 2, 6 e 12 meses do diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2 no município de Londrina-PR”, coordenado pela professora Celita Salmaso Trelha, do Departamento de Fisioterapia, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UEL. Também participou do estudo a professora Michele Moreira Abujamra Fillis, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), co-orientadora do trabalho.

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ANTÍDOTO – Para o professor Helio Serassuelo Junior, os dados surpreenderam pela grande diferença comprovada entre os grupos dos que praticam exercício físico e o dos que não atingem a média recomendada pela OMS. “Podemos afirmar que o exercício físico representa um remédio de proteção da saúde do indivíduo”, disse ele. Para o professor, os dados do estudo são importantes na medida em que jogam luz sobre um universo ainda pouco pesquisado: adolescentes e a Covid-19.

De acordo com o estudo, a média da percepção de bem-estar global dos adolescentes infectados diminui à medida em que a idade avança em ambos os sexos, evidenciando maiores escores entre 15 e 17 anos. Já em relação à variável sexo, verifica-se que em todas as faixas etárias o sexo feminino apresentou uma menor percepção de bem-estar.

Outro dado é que o sexo feminino apresentou maior exposição aos agravos da Covid-19 em todas as idades. Elas tiveram mais sintomas na fase aguda e a longo prazo quando comparado ao sexo masculino, sendo o quadro de síndrome pós-covid-19 duas vezes mais comum nesse grupo.

O pesquisador conclui que as diferenças estão relacionadas à função do sistema fisiológico e imunológico do sexo feminino. Em todas as categorias as mulheres estiveram significativamente mais expostas às sequelas da infecção, comprovando maiores chances de apresentar pelo menos um sintoma crônico da síndrome pós-Covid-19.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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