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Estudantes com autismo têm acompanhamento especializado na rede estadual de ensino

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Logo nos primeiros anos de vida, o contato visual e a comunicação se mostraram grandes desafios para Gabriel da Mota Souza, hoje com 15 anos. Nos primeiros anos após o nascimento do menino, seus pais se esforçavam para entender o que acontecia. Foi somente em 2011, quando Gabriel completou quatro anos, que o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi confirmado. A notícia tirou um grande peso das costas de Daniele Aparecida, mãe de Gabriel, que a partir de então, com o diagnóstico, começou uma verdadeira maratona terapêutica para tratar do filho.

Neste domingo, 2 de Abril, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, data que se inclui no “Abril Azul”, mês dedicado ao tema. Estabelecida em 2007, pela ONU, a iniciativa tem por objetivo difundir informações sobre o transtorno do espectro autista (TEA) e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.

Na rede estadual de educação do Paraná, há cerca de 5.696 estudantes com o TEA. Aqueles que necessitam de apoio para a escolarização são acompanhados pelos 2.282 professores capacitados que atuam na rede. Além disso, outros recursos são disponibilizados para esses alunos, como as salas de recursos multifuncionais — são 2.501 salas para atendimento a estudantes com deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos, incluindo o autismo. Cerca de 2,8 mil professores especializados trabalham nas salas de recursos na rede de educação do Estado.

“O Paraná é um dos poucos estados que têm esse atendimento diferenciado com professor especializado no turno da escolarização do estudante com TEA. É um apoio tanto para o professor regente em sala de aula quanto para o aluno que necessita desse profissional para orientar como fazer melhor uma atividade, acompanhar o rendimento dele e trabalhar junto com os demais professores e atender às necessidades dos alunos”, afirma Roni Miranda, secretário de Estado da Educação.

Importantes para o desenvolvimento intelectual e social dos alunos, esses recursos têm contribuído para uma educação cada vez mais consciente e inclusiva. Assim, para marcar a data na rede estadual, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) foi em busca de histórias inspiradoras, como a de Gabriel, que mostram a importância da educação inclusiva para toda a comunidade escolar.

PONTO MÁXIMO – Gabriel estuda desde 2011 no Colégio Estadual Pedro de Macedo, em Curitiba. “A escola é o ponto máximo do dia dele. Acho que só perde para a hora que passa o ônibus”, brinca Daniele, a mãe do aluno. Segundo ela, o adolescente é fã dos ônibus de Curitiba e tem verdadeiro fascínio por ficar de frente à canaleta observando o ir e vir dos veículos. “Quem vê pode até imaginar que ele é disperso, mas coloca o Gabriel numa quadra de esportes pra você ver”, provoca.

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Torcedor do Athletico Paranaense e do time americano de basquete Los Angeles Lakers, Gabriel afirma que a Educação Física é sua matéria favorita. Matriculado no 1° ano do ensino médio, ele acompanha as aulas numa das salas de recursos da escola, sendo orientado por uma das três professoras do atendimento educacional especializado (PAEE) presentes na escola. 

“Hoje a escola conta com pelo menos um aluno autista por turma”, revela Marcia Godoy Lepca, diretora auxiliar do colégio, que atende um total de 3.880 alunos do ensino fundamental, ensino médio, técnico e subsequente. “Incluir alunos autistas no sistema de ensino melhora não somente a socialização com os colegas, mas também em casa. O aluno passa a tomar iniciativas e é acolhido pelos colegas de classe”, afirma.

No caso de Gabriel, a evolução é evidente. “Antes, quando queria alguma coisa e não podia alcançar, ele não pedia. Me pegava pela mão e levava até o objeto. Agora ele se comunica. Pede, fala com mais clareza. Continuaremos contando com o apoio dos professores o máximo de tempo possível. Este trabalho tem sido muito importante no desenvolvimento dele e na qualidade de vida na nossa casa”, afirma Daniele.

ARTHUR – Arthur Eckel, de 16 anos, também tem autismo. Matriculado no 2° ano do ensino médio – também no Colégio Estadual Pedro de Macedo – o jovem está ansioso para o vestibular cada vez mais próximo. “Tenho dúvida entre os cursos de programação e de robótica. Mas sei que pretendo trabalhar com tecnologia”, afirma. O gosto pela área surgiu a partir das aulas de robótica ministradas na escola e também pela paixão por games online.

Consciente da importância dos estudos e da escola no seu dia a dia, com o apoio do monitor da turma, o jovem se percebe cada vez mais confortável socialmente quando compara sua infância com a adolescência. “Eu tinha dificuldade para socializar. Particularmente eu preferia ficar sozinho. Com a atenção dos professores, aos poucos, fui me aproximando dos colegas. Ainda é um pouco difícil, mas me sinto entusiasmado por encontrar meus amigos”, afirma.

Segundo a diretora Marcia Godoy, casos como o de Arthur mostram a importância da escola se adequar e buscar capacitação de seus profissionais para que o processo de inclusão agregue tanto para o aluno quanto para os colegas e professores. “Incluir é muito mais que facilitar o direito de ir e vir ao aluno, mas fazer com que ele se adapte e seja acolhido por todos, livre de discriminação”, ressalta.

LAURA – A história de Laura Verdi Figueiredo, de 15 anos, é parecida com a de Arthur. Livre de medicamentos, a jovem tem apoio multiterapêutico cognitivo e fonoaudiológico que, somados ao suporte da escola, têm surtido efeitos positivos desde que ela foi matriculada na rede estadual, há quatro anos.

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Segundo o pai de Laura, Luiz Frederico da Mota Figueiredo, 43, a insegurança comum a todos os pais de autistas, principalmente, em relação ao bullying – logo foi superada depois que a própria Laura apresentou melhoras comportamentais significativas. “É normal que os pais queiram proteger os filhos autistas por medo, principalmente da incompreensão e do preconceito. Mas o ambiente escolar, com aulas, atividades físicas e convívio, faz parte fundamental no processo terapêutico”, revela. 

“O conhecimento e a ampliação das informações sobre a inclusão desses alunos e o reconhecimento da importância do investimento em cursos de aperfeiçoamento e capacitação dos professores e de toda a comunidade escolar, e não somente na infraestrutura em si, são pautas prioritárias na educação do Paraná”, afirma a diretora do colégio Pedro de Macedo.

ATENDIMENTO – Os profissionais de apoio educacional especializado do Paraná possuem formação em educação especial e estão presentes em 877 escolas estaduais localizadas em 247 municípios. O trabalho desenvolvido por eles consiste em atuar como mediadores no atendimento da educação especial, ajudando nas relações interpessoais, comunicação, na atenção para o desenvolvimento das atividades e acolhida do estudante.

A Secretaria da Educação, por meio dos Núcleos Regionais de Educação (NREs), realiza formação continuada em exercício para atualizar os profissionais sobre as novidades relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista, avaliações, propostas curriculares e acompanhamento especializado, tendo em vista a necessidade de alinhar o Atendimento Educacional Especializado consoante com as necessidades específicas dos estudantes.

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) – O AEE está organizado para ocorrer, prioritariamente, no contraturno por meio de Salas de Recursos Multifuncionais. Para as escolas em tempo integral é ofertado o Atendimento Educacional Especializado Integral. Além disso, caso seja identificada a necessidade, é disponibilizado no turno da escolarização o professor de apoio educacional especializado.

O professor de apoio possui formação que o habilita para a docência e especialização em Educação Especial. O trabalho desenvolvido por ele consiste em atuar como mediadores, desenvolvendo um trabalho colaborativo com os professores de diferentes disciplinas, propondo estratégias didáticas adequadas ao perfil de aprendizagem de cada estudante.

SOBRE O TEA – O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino. A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, podem levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

Fonte: Governo PR

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Sanepar capacita profissionais que farão a limpeza do Litoral

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Os profissionais que farão os serviços de limpeza das praias, durante o verão no litoral paranaense, vão receber da Sanepar treinamento técnico e de orientação nos dias 26 e 27 de dezembro. Serão 120 pessoas que estarão diariamente na orla trabalhando na coleta, separação e destinação dos resíduos das praias. A capacitação será feita na Associação dos Funcionários da Sanepar do Litoral (AESLI).

Técnicos da Sanepar prepararam conteúdo com informações básicas sobre o saneamento, sobre as estruturas dos sistemas de abastecimento de água e de coleta e tratamento do esgoto do Litoral, além de temas relacionados à conduta e ética profissional, pautados no Código de Conduta da Sanepar. Os supervisores das equipes desse trabalho também passam pelo treinamento e ainda recebem preparação para uso dos aplicativos de supervisão remota, como por exemplo o Google Forms, o Timestamp e o WhatsApp. Esses aplicativos auxiliam na elaboração dos relatórios e da autofiscalização da Sanepar.

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Após receberem as informações teóricas, os agentes de limpeza farão visita técnica na Associação de Coletores de Resíduos Sólidos de Pontal do Paraná, localizado no Balneário Ipanema.

A limpeza nas praias, durante a temporada, será feita todos os dias das 8h30 às 12h e das 14h às 17h20. São 9 equipes: duas em Guaratuba, quatro em Matinhos e três em Pontal do Paraná. No ano passado foram recolhidas 344 toneladas de lixo durante a temporada.

Por decisão da diretoria da Sanepar e com o de acordo da Empresa Rodoservice, e ainda em razão das condições atuais das praias, os serviços que seriam feitos a partir do próximo dia 28 de dezembro foram antecipados para esta terça-feira (24). Duas equipes, totalizando 22 pessoas mais dois quadriciclos, farão a partir de amanhã a coleta nas areias da orla, com trabalho mais intensivo no município de Matinhos.

SANEADORAS – A Sanepar também está disponibilizando para essa temporada do Verão Maior Paraná as equipes saneadoras. Elas terão a incumbência de fazer a limpeza noturna nas praias, após os shows programados pelo projeto do Governo do Estado Verão Maior Paraná para a temporada de verão 2024/2025. As saneadoras são os equipamentos utilizados para remover os resíduos pequenos, de tamanhos diminutos. Eles revolvem e peneiram a areia da praia, em profundidade média de 20 centímetros.

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Serviço:

Capacitação para agentes de limpeza

Data: 26 e 27/12/2024

Horários: 26/12 – 13h30 às 17h30

27/12 – 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30

Local: Associação dos Funcionários da Sanepar do Litoral (AESLI) – Avenida Paraná,105 – Matinhos/PR.

Fonte: Governo PR

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