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Estímulo ao turismo sustentável que gera identificação é destaque em encontro em Foz do Iguaçu

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O perfil do visitante em ambientes naturais, a integração das populações tradicionais no manejo das Unidades de Conservação (UC) e a importância da qualificação e da segurança do visitante nos parques. Esses foram os temas dos três painéis que abriram o 1º Encontro Nacional de Uso Público, Turismo e Meio Ambiente – mercado atual, desafios e oportunidades, nesta quarta-feira (31), no Rafain Palace Hotel e Convention, em Foz do Iguaçu, na região Oeste.

Organizado pelo Instituto Água e Terra (IAT), em parceria com o Instituto de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade (ICTBio), o evento ocorre paralelamente às atividades da 18ª edição do Festival das Cataratas. O Encontro Nacional vai até sexta-feira (2).

“O primeiro dia foi bem importante, com discussões interessantes que certamente terão impacto no uso públicos de unidades naturais de conservação. O evento visa a discussão entre os estados para pensar a sustentabilidade de forma estratégica no setor do Turismo, e posso dizer com convicção que começamos muito bem”, destacou o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.

“Esse evento é a possibilidade de unir todos os atores que hoje atuam diretamente nas Unidades de Conservação, poder discutir como melhorar a visitação e o turismo nessas unidades, e ao mesmo tempo valorizar e preservar a cultura local e apoiar a conservação do meio ambiente”, acrescentou.

Nesta quinta-feira (1º), segundo dia do evento, estão previstas discussões sobre “Os Novos e Velhos de Desafios do Uso Público”, às 14 horas; “Delegações de Uso e Parcerias – O que existe no Brasil?”, a partir das 15h45; e “O Futuro do Uso Público no Brasil, o que esperar?”, às 17h30. Haverá ainda, pela manhã, uma rodada de negócios com foco na gestão das UCs.

O encontro termina na sexta-feira (2) com uma visita técnica ao Parque Nacional do Iguaçu.

PAINÉIS – O primeiro painel do Encontro Nacional foi composto pela diretora do site de turismo sustentável, Viajar Verde, Ana Cecília Duek; a presidente-executiva da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA), Marina Figueiredo; o diretor da empresa Limber Software, Rodrigo Nerotika; e o gerente de projetos do Instituto Semeia, Rodrigo Goes. A moderação foi realizada pela Secretaria de Turismo do Paraná, através do Yure Lobo.

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O debate buscou a identificação do perfil do consumidor do turismo sustentável, como trabalhar as áreas naturais para propor experiências aos visitantes e a importância de criação de dados nos parques visitados, com a descrição de perfil, horários e dias com maior visitação. “A partir do momento que eu tenho a união de dados dos meus consumidores, é possível manejar melhor a equipe, ter uma previsão de demanda, e entender também quem não está consumindo as atrações do local para passar a ser um visitante”, explicou Nerotika.

O segundo painel contou com a participação  do gerente de Projetos da Invest Paraná, Bruno Banzato; da diretora-executiva da Associação Sociocultural Yanawana do Acre, Laura Soriano; e de Julie Messias, secretária  de Meio Ambiente e Povos Indígenas do Acre. A moderação ficou a cargo da bióloga Erica Fernandes Pinto, idealizadora da iniciativa “Sítios Naturais Sagrados do Brasil´do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

O debate foi dividido entre os desafios e alternativas para a elaboração de um projeto de turismo de natureza que atraia o público pelas vocações regionais, mas que não agrida a integridade natural local. “É oferecer um produto local com atenção especial às relações culturais, ambientais e sociais”, disse Banzato.

Laura Soriano compartilhou a experiencia turistica de imersão cultural e de vivência dentro da comunidade indígena feita para um público seleto e que evita a exploração comercial comum. “Pensamos os visitantes como pessoas conscientes que valorizam nossa cultura e natureza. Acreditamos na qualidade antes da quantidade, não queríamos mudar a forma de vida Yanawana para virar um comércio”, comentou.

Já Julie Messias encerrou o painel comentando sobre o papel dos agentes públicos na organização do turismo natural. “Precisamos entender o interesse de quem vai viajar ao local, a vocação de quem está sendo visitado, como proteger o ambiente e como efetivar uma política que torne o processo mais eficiente. Esse é o desafio”, afirmou.

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PARQUES PARANÁ – O programa Parques Paraná foi um dos destaques do último painel do dia “A importância da Qualificação e da Segurança do Visitante no Uso Público”, que reuniu a gerente de áreas protegidas do IAT, Letícia Salomão; e o diretor da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), Luiz Del Vigna.

Eles destacaram a importância de se ter procedimentos de segurança como influenciador do turismo nas Unidades de Conservação. A moderação foi realizada pela coordenadora estadual de turismo do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae/PR), Patrícia Albanez.

Durante o painel, Salomão ressaltou as contribuições do eixo temático Paraná Aventura, que por meio de parcerias com a ABETA, o Sebrae/PR e a Secretaria Estadual de Turismo (SETU-PR), faz a gestão de segurança nas atividades de ecoturismo e turismo de aventura nas unidades de conservação contempladas no Parques Paraná.

“Sempre há riscos nas visitas em áreas naturais, seja pela questão da fauna ou pelas atividades que são propostas como os esportes de aventura, entre outros fatores naturais. Para isso, o IAT realiza regulamentações e cadastramento de empresas prestadoras de atividades de aventura e ecoturismo, e guias ou condutores de turismo em áreas naturais”, reforçou.

Ela ressaltou a importância do cadastramento pelo IAT de guias de turismo que atuam em Unidades de Conservação do Paraná. “A partir de 2024, apenas os guias que estiverem cadastrados no sistema do IAT poderão receber uma autorização do instituto para trabalhar nas UCs do Estado”, destacou.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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