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Estado reúne especialistas para ampliar formas de evitar violência contra crianças e adolescentes

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Mais de 280 pessoas participaram nesta quarta-feira (17) do Seminário de Enfrentamento as Violências contra Crianças e Adolescentes, promovido pela Comissão Estadual Interinstitucional de Enfrentamento às Violências, coordenada pela Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef). O evento apresentou programas e ações na luta contra a exploração sexual infantojuvenil, como do Hospital Pequeno Príncipe, Polícia Civil, Polícia Científica, Secretaria da Saúde, Secretaria da Educação, entidades da sociedade civil e instituições de ensino superior.

Foram discutidos métodos para evitar as violências, além da apresentação de dados, esclarecimentos de termos e implantação da cultura de paz nos diversos ambientes frequentados pelas crianças e adolescentes. O evento foi organizado pela Coordenadoria da Política Estadual e Garantia de Direitos da Criança e Adolescente, da Sedef.

Segundo o secretário Rogério Carboni, é preciso que cada vez mais as redes de proteção sejam fortalecidas. O trabalho do Governo do Estado, disse ele, é fundamental neste trabalho. “A conscientização é o nosso principal meio de combate a este mal que assola a sociedade. A união é fundamental para que possamos disseminar informações ao maior número de pessoas possível e, assim, criarmos uma rede de proteção multisetorial, com poder público, entidades da sociedade civil e população”, ressaltou.

O Paraná atua para fortalecer o seu sistema de proteção. Por exemplo, foi ampliada a atuação dos Conselhos Tutelares em todo o Estado. Serão investidos R$ 15,6 milhões, oriundos do Fundo Estadual da Infância e Adolescência, para construção de sedes destas organizações em 12 municípios. As obras serão realizadas pela Diretoria de Edificações da Secretaria de Estado das Cidades (Secid).

Em março de 2023, foram retomados os trabalhos da Comissão Estadual Interinstitucional de Enfrentamento às Violências, que tem como principal objetivo garantir a proteção efetiva às crianças e adolescentes e é formada por representantes do poder público e privado.

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“Isso demonstra que a gente tem um entendimento dentro do Governo do Estado em unir esses diversos atores para avaliarmos as demandas de políticas públicas e as urgências. E esse trabalho fica muito claro com essa reativação”, relatou a presidente da Comissão e coordenadora da Política Pública da Criança e Adolescente, Juliana Sabbag.

Para a promotora de Justiça Tarcila Teixeira, do Ministério Público do Paraná, a principal estratégia para o combate à violência é intensificar ações de conscientização e de informação. “Entendemos que não basta datas pontuais para tratarmos do tema, é preciso nos comprometermos como sociedade. O panorama é de uma realidade que permeia a sociedade e temos de nos mobilizar e entender quais as características desse problema e os caminhos para a mudança”, disse.

“As mudanças passam pela informação, pelo fortalecimento das crianças e adolescentes e das famílias, pelo entendimento de que as crianças têm sentimento, tem culpa e tem vergonha, e que isso acaba contribuindo para reiteração criminosa, pois o agressor se aproveita deste sentimento da vítima. Por isso quanto mais falarmos, e com qualidade, mais resultados teremos”, afirmou.

Para Airton de Oliveira, representantes dos Conselheiros Tutelares, o papel da sociedade na garantia de direitos é essencial. “O conselheiro está na ponta, é o primeiro a tomar conhecimento da situação e se todos estiverem bem atentos, a situação fica bem mais fácil de ter uma solução”, destacou.

O atendimento especializado e com protocolos respeitosos são outra peça essencial para o atendimento das vítimas, além da intersetorialidade não apenas no atendimento, mas também no pós-atendimento, como explicou a Coordenadora do Serviço Social do Hospital Pequeno Príncipe, Rosane Moura Brasil.

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“Ninguém trabalha a violência sozinho. No hospital trabalhamos as questões de família, a comunidade em que mora, a parte judicial, mas depois que a criança sai de lá, ela precisa de uma continuidade e vários setores têm que atuar para tratar essa criança. A prevenção só se faz em um trabalho de muitos”, afirmou. 

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente, Adriano Roberto dos Santos, ressaltou que a iniciativa do seminário importante para atualizar informações. “Corremos o risco de cair no normalismo e discutirmos esse tema apenas em maio. É preciso trazer informações atualizadas. A informação é crucial, no sentido de alertar crianças e adolescentes, que elas podem e devem denunciar a qualquer momento. Precisa fortalecer a rede para que ela esteja mais atenta a esta escuta qualificada das vítimas”, destacou.

“Combater as violências é fundamental para que as crianças e os adolescentes cresçam como cidadãos, e é necessário a conscientização de toda a população sobre os direitos e deveres previstos no ECA. A Seju sempre apoiará todas as iniciativas que visam promover a cidadania dos paranaenses”, arrematou o secretário de Justiça e Cidadania do Paraná, Santin Roveda.

DENÚNCIAS – As denúncias possuem papel fundamental para o combate à violência de crianças e adolescentes, ela é anônima e pode ser feita por meio de ligações gratuitas, pelos números 100 e 181

CERTIFICAÇÃO  Todas as pessoas que participaram da tarde de capacitação serão certificadas por meio da Escola de Educação em Direitos Humanos, a ESEDH, da Secretaria da Justiça e Cidadania, que foi parceira no evento.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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