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Estado inicia atualização do Plano de Manejo da APA de Guaratuba, no Litoral

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O Governo do Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), deu início ao processo de atualização do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaratuba, no Litoral do Paraná. As primeiras oficinas e audiências públicas ocorreram no fim de janeiro. O documento técnico busca estabelecer o zoneamento e as normas que balizam o uso da área de forma ambientalmente correta. O prazo de conclusão é estimado em um ano. O IAT, responsável pelos planos de manejo em todo o Paraná, é vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

A iniciativa integra o pacote de ações para comemorar o Dia Mundial das Áreas Úmidas, celebrado nesta quinta-feira, 2 de fevereiro. Campanhas educativas e a distribuição de materiais informativos sobre a proteção dos guarás completam as atividades no município, nesta sexta-feira (03).

Levantamento do órgão ambiental revelou que cerca de 75% da APA é composta por áreas úmidas, reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente como sendo um Sítio Ramsar. Ou seja, dos 53 mil hectares total, 40 mil hectares são formados por essa interface entre ambientes terrestres e aquáticos, permanente ou periodicamente inundados ou com solos encharcados. As águas podem ser doces, salobras ou salgadas, com comunidades de plantas e animais adaptados à sua dinâmica hídrica.

“O Plano de Manejo é um documento muito importante porque diz o que pode ou não pode ser feito dentro de uma Unidade de Conservação. É como se tirasse a foto do local, da realidade do local. A partir disso se estabelece diretrizes, elenca as prioridades. Verifica se determinado espaço pode ser usado para turismo ou só para preservação ambiental e produção científica, por exemplo”, explicou o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.

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O Sítio de Guaratuba, ressaltou ele, é a única área administrada pelo Estado com a classificação internacional Ramsar. Os outros dois pontos no Paraná são federais: a Estação Ecológica de Guaraqueçaba, também no Litoral, e o Parque Nacional de Ilha Grande, na divisa entre o Paraná e o Mato Grosso do Sul. “A partir deste plano de manejo vamos proteger ainda mais esse Sítio Ramsar de Guaratuba, área de preservação tão importante para o Paraná”, completou.

Segundo Andregetto, além do Plano de Manejo da APA de Guaratuba, o órgão ambiental contratou outros nove documentos semelhantes para diferentes pontos do Estado, também com prazo de um ano para ficarem prontos. “Estamos cuidando do desenvolvimento sustentável do Paraná”, disse.

TÍTULO INTERNACIONAL – O território da APA de Guaratuba foi classificado pelo governo federal como Sítio Ramsar em 2017 por ser, em grande parte, envolvido em áreas de baixas altitudes. Esse reconhecimento internacional é o principal instrumento para proteger áreas úmidas e habitats aquáticos importantes para a conservação de diversas espécies, principalmente aves migratórias ou com risco de extinção, como o Papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), Maria-catarinense (Hemitriccus kaempferi) e Bicudinho-do-brejo (Stymphalornis acutirostris).

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No total foram registradas pelo IAT 322 espécies de aves na APA, sendo 14 destas ameaçadas de extinção em nível global.

Entre os principais benefícios da classificação internacional estão a possibilidade da elaboração de projetos e financiamentos para a melhoria da área com prioridade na implementação de políticas governamentais. Destaque para o estímulo à produção sustentável, o desenvolvimento do turismo ambiental, o aprofundamento de pesquisas científicas.

SÍTIO RAMSAR O reconhecimento e a classificação de áreas com essa característica foram estabelecidos na Convenção sobre Áreas Úmidas de Importância Internacional em 1971, em Ramsar, no Irã. O Brasil se tornou signatário desse acordo em 1996. Entre os objetivos da convenção está estabelecer marcos para ações para promover a conservação e o uso racional das áreas, de acordo com o reconhecimento da sua importância ecológica e dos seus valores social, econômico, cultural, científico e recreativo.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil conta atualmente com 27 áreas úmidas com o título.

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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