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Estado incentiva pesquisadores a contribuírem com a ciência mesmo após aposentadoria

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Após uma vida toda de qualificação e dedicada à ciência chega a hora da aposentadoria, o que não significa que estes cientistas não são mais produtivos. Ao contrário, é o momento em que estão no auge de suas carreiras científicas e que ainda têm muito a contribuir com a sociedade e para o avanço da ciência.

Há cinquenta anos, o cientista e doutor em Bioquímica Rubens Cecchini trabalha em benefício da sociedade e contribui para a formação de novos cientistas. Aos 70 anos, ele é bolsista sênior de um programa criado pelo Governo do Estado, por meio da Agência Araucária e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), que visa manter pesquisadores aposentados no sistema de ciência, tecnologia e inovação.

“A bolsa sênior representa um incentivo ao pesquisador experiente a participar de um grupo de cientistas mais jovens, como também mestrandos e doutorandos, oferecendo sua contribuição no desenvolvimento de projetos de pesquisa e formação de novos cientistas”, explica o cientista sênior.

Atualmente, Cecchini trabalha no projeto “Padronização e caracterização molecular de esferoides formulados a partir de cultura primária de carcinoma papilífero de tireoide: screening terapêutico in vitro e em tecido fresco”. O estudo tem como objetivo fazer a cultura primária de células tumorais de pacientes de câncer de tireoide no sentido de individualizar as terapias.

“Queremos saber qual quimioterápico consegue combater melhor determinado tipo de câncer de uma pessoa específica. Possibilitando tratamentos individualizados e direcionados, com o uso do medicamento mais adequado. Melhorando assim o prognóstico e a qualidade de vida pós-tratamento. Especialmente em casos mais agressivos da doença”, diz o pesquisador.

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Foram investidos R$ 5.850.000,00 no Programa Bolsa Sênior envolvendo projetos de seis universidades estaduais, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

“É uma forma efetiva de valorizarmos estes pesquisadores aposentados que ainda têm tanto a contribuir com a sociedade. Queremos apoiar a permanência destes profissionais altamente qualificados para que continuem atuando no desenvolvimento da produção científica, tecnológica de inovação do Paraná”, destaca o presidente da Agência Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

O programa é destinado aos pesquisadores aposentados de instituições de ciência e tecnologia que tenham se destacado como líderes na área de atuação, valorizando sua produção científica, tecnológica ou de inovação.

Parar após a aposentadoria também não foi uma opção para a pesquisadora e doutora em Psicologia Maria Rita Zoéga Soares. “Mesmo aposentada continuei trabalhando com a pós-graduação. A universidade foi uma parte importante da minha vida e considero que hoje eu tenho uma maturidade profissional de conhecimento que posso continuar ajudando no meu programa de pós-graduação em análise do comportamento”, afirma.

Atuando há cerca de 28 anos na produção científica, a psicóloga segue ativamente do desenvolvimento de várias ações junto à universidade e à sociedade. “O programa Bolsa Sênior vem como um reconhecimento e como um auxílio para dar continuidade a este trabalho de pesquisa”, ressalta Maria Rita.

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Ela desenvolve a pesquisa “Elaboração de Estratégia de Intervenção Psicológica para os Transtornos de Ansiedade”, que trabalha em projetos na área de psicologia clínica e da saúde, buscando a qualidade de vida da população. “Tenho buscado a compreensão de transtornos. Trabalhamos com bipolar, ansiedade e depressão procurando desenvolver um repertório para lidar com estas situações. Na área da saúde trabalhamos desde crianças a adultos, com pacientes de hemodiálise e pacientes com câncer”, relata a psicóloga.

Rita destaca que o estudo envolve também os cuidadores destes pacientes. “As pessoas que acompanham os familiares doentes crônicos têm uma rotina bem desgastante e eles também podem adoecer. Podem desenvolver também um quadro de estresse, pois abrem mão de questões cruciais da própria vida”.

“Procuramos lidar com estas situações e com o desenvolvimento de resiliência para conseguirem ter comportamento de enfrentamento para lidar o melhor possível, sejam os pacientes, cuidadores ou profissionais que vivem em um contexto de saúde muitas vezes pesados”, enfatiza Maria Rita.

Os dois pesquisadores são vinculados à Universidade Estadual de Londrina (UEL), a primeira a iniciar os projetos apoiados dentro do programa Bolsa Sênior. Os projetos aprovados no programa têm vigência de 48 meses e os pesquisadores recebem uma bolsa mensal de R$ 1.875,00.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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