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Estado e OCDE estabelecem próximos passos para acelerar implementação dos ODS

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O Governo do Estado e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) concluíram nesta quarta-feira (24) a série de encontros técnicos da mais recente missão internacional relacionada ao cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). As reuniões contaram com participação de representantes dos 23 municípios que participam do projeto-piloto da iniciativa no Paraná, além de órgãos estaduais, federais e internacionais envolvidos com a iniciativa, que apresentaram suas ações e receberam feedbacks.

Durante a abertura da quarta missão da OCDE no Paraná na terça-feira (23) – a segunda realizada presencialmente – o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou a renovação da parceria entre o Estado e a organização internacional por mais dois anos. Além de avaliar os resultados alcançados até agora pelos diferentes entes envolvidos, também foi iniciada a nova fase do convênio, com foco em ESG (acrônimo em inglês para governança ambiental, social e corporativa), estabelecendo um conjunto de boas práticas para instituições públicas e privadas.

Nas três primeiras missões, foram elaborados relatórios com recomendações ao Estado para acelerar a implementação da Agenda 2030, selecionados os 23 municípios que compõem o projeto-piloto de abordagem territorial das ODS e elaboradas ferramentas para auxiliar os gestores estaduais e municipais envolvidos. A partir dessa quarta, e já com esse novo contexto, todos os atores envolvidos no processo vão continuar monitorando os indicadores para alcançar os 17 ODS de maneira organizada e coerente.

Segundo a superintendente-geral de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná, Keli Guimarães, o material coletado pela OCDE durante os encontros servirá de base para a elaboração de um relatório com novas recomendações ao Governo do Estado sobre o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável.

“A OCDE deverá encaminhar o relatório para análise do Estado, que terá 30 dias para enviar as considerações finais, e posteriormente a versão final será publicada em Paris, com a entrega também ao Poder Executivo”, informou. “Esperamos que o Paraná possa não apenas continuar a ser uma referência em sustentabilidade, mas que outras iniciativas que foram mostradas aqui constem no relatório como boas práticas do Estado”.

Os encontros da semana foram organizados em grupos. O primeiro envolveu instituições federais e outros órgãos responsáveis pela análise de indicadores. Participaram representantes da Secretaria Especial de Articulação Social da Presidência, Itaipu Binacional, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Oswaldo Cruz e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

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Em seguida, membros da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Confederação Nacional de Municípios (CNM), Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e Instituto Cidades Sustentáveis acompanharam a reunião ao lado de prefeitos e técnicos dos 23 municípios que compõe o projeto: Ampére, Araucária, Assaí, Atalaia, Boa Esperança, Campo do Tenente, Campo Largo, Cruzeiro do Oeste, Curitiba, Fernandes Pinheiro, General Carneiro, Godoy Moreira, Guaraqueçaba, Ibaiti, Ipiranga, Laranjal, Nova Olímpia, Peabiru, Prudentópolis, Querência do Norte, Reserva do Iguaçu, São Manoel do Paraná e Tamarana.

Também foram realizadas reuniões com as sete universidades estaduais do Paraná, que representaram o setor acadêmico, com todas as secretarias estaduais, com representantes do setor produtivo e financeiro, membros da sociedade civil, órgãos internacionais que atuam no Estado e, por fim, com membros das instâncias da Justiça e de controle, como Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Procuradoria-Geral, Controladoria-Geral e Defensoria Pública.

DESDOBRAMENTOS – De acordo com Keli, uma das conclusões preliminares é a necessidade de se investir mais na capacitação das administrações municipais. “O que a gente percebeu é uma carência, principalmente dos municípios, em relação à compreensão sobre os ODS, suas metas e indicadores”, disse.

“Para contornar isso, o Estado, através do Cedes (Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico Social), vai visitá-los, com a ajuda da AMP, para tornar a linguagem mais fácil para que ela seja compreendida pelos prefeitos e técnicos municipais e assim seja efetivamente levada à população”, explicou a superintendente, que também é vice-presidente do Cedes.

Na avaliação da analista de Políticas Públicas da OCDE, Aline Matta, que coordenou as reuniões técnicas, um dos diferenciais do Paraná é o fato de ter definido uma amostragem territorial heterogênea para a implementação da Agenda 2030 e dos ODS, o que aumenta as perspectivas de sucesso do programa. “O Estado selecionou um grupo de 23 municípios com perfis distintos em termos de localização geográfica e desafios, que não são necessariamente novos, como defasagem de infraestrutura, desigualdade social e transição demográfica, por exemplo”, comentou.

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Para ela, as exposições e depoimentos dos diversos envolvidos demonstram uma perspectiva positiva para o Paraná em relação às metas. “Foram dois dias muito intensos de discussões com o poder público nos três níveis de governo, iniciativa privada e a sociedade civil, em que a gente pode identificar um compromisso coletivo de avançar com a implementação da Agenda 2030 no Estado”, declarou a analista da OCDE.

Aline também explicou que o conceito de ESG será uma parte integral da estratégia de desenvolvimento sustentável de agora em diante a partir de um diagnóstico do próprio Governo do Estado. “Identificamos a necessidade de um maior engajamento também com o setor privado e um alinhamento com a agenda do setor público na continuidade desse trabalho ao longo dos próximos dois anos de parceria”, concluiu.

ODS – Ao todo, são 17 objetivos, com 169 metas vinculadas à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidades (ONU). As metas abrangem a erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização.

O Paraná é o primeiro e, até o momento, o único estado do Brasil a firmar um convênio com a OCDE no âmbito dos ODS e representa a América Latina no projeto, juntamente com a província de Córdoba, na Argentina. Em 2021, o Estado também foi reconhecido pela própria organização como um exemplo mundial a ser seguido em relação ao desenvolvimento sustentável.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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