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Em reunião com representantes da ONU, Estado apresenta ações voltadas para a Agenda 2023

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O Governo do Estado e o Tribunal de Contas do Paraná se reuniram nesta semana com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o futuro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) e da Agenda 2030. O encontro, coordenado pela Superintendência-Geral de Desenvolvimento Econômico e Social (SGDES), teve a participação da Casa Civil, da Secretaria Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Celepar, Fundação Araucária, Secretaria das Cidades, Unesco, Organização Mundial da Família e ONU-Habitat.

Desde 2019, o Governo do Paraná adotou uma série de medidas voltadas aos temas globais, como implementação do compliance, promoção de reformas administrativas, proteção da água, incentivo a comunidades sustentáveis e ações que garantiram mais transparência na gestão pública. Nos últimos quatro anos, o Estado também incentivou os 399 municípios a aderirem aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O Estado também faz parte da iniciativa Local 2030 Hub, por meio do Paraná Hub, um espaço para apoiar o desenvolvimento de ideias e compartilhar ferramentas e abordagens para mobilizar, envolver e capacitar atores locais para promover e alcançar os ODS. Inspirada pelo movimento global de localização dos ODS, a iniciativa funciona como uma rede para reunir o sistema da ONU, atores locais e governos para o desenvolvimento de soluções.

A superintendente da SGDES, Keli Guimarães, explicou que o foco do Paraná Hub nos próximos quatro anos será a municipalização dos ODS. A superintendência que articula projetos e ações conjuntas com os municípios, a iniciativa privada, sociedade civil e o setor acadêmico já vem desenvolvendo estratégias neste sentido. Em dezembro de 2022, por exemplo, o Paraná encaminhou o Relatório Missão ODS – Indicadores Municipais a todas as 399 prefeituras. O documento, personalizado para cada ente, ajuda a monitorar as políticas públicas consideradas prioritárias.

“Queremos mapear ações sobre desenvolvimento sustentável no Estado com a participação dos municípios, a fim de promover boas práticas em outros lugares do Brasil e do mundo. Esse movimento de reunir os agentes públicos em torno do tema está alinhado com a gestão do governador, que faz do Paraná uma referência em sustentabilidade”, disse.

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Durante o encontro, foi discutida a necessidade de trazer para a discussão todos os atores-chave da esfera pública, privada, civil e da academia, em um trabalho de coalizão, para que todos estejam alinhados em prol do desenvolvimento sustentável.

“Sentar com todos os atores já mostra a vontade do Estado em ter uma coerência política para trabalhar de maneira alinhada. Essa iniciativa mostra que o Paraná tem o comprometimento de crescer, se aprimorar, trazendo vários departamentos para a conversa. É sem dúvida um exemplo para o mundo de como se faz políticas de desenvolvimento”, afirmou a representante da ONU-Habitat, Francine Melchioretto.

ESTRATÉGIAS – Para garantir a implementação dos objetivos da Agenda 2030 e os objetivos do Paraná Hub, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (Cedes) criou no Estado a estratégia Paraná de Olho nos ODS, que tem como foco planejamento, execução e monitoramento de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável. O trabalho conta com a participação do Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça, Associação Comercial do Paraná (ACP) e outros órgãos da sociedade civil organizada.

Para o presidente do Tribunal de Contas do Paraná, Fernando Guimarães, a prioridade é disseminar e internacionalizar os 17 ODS nos municípios, capacitando os gestores públicos. “São ferramentas de gestão e não prêmios. As metas e os indicadores estão ali para serem utilizados no planejamento e inclusive na votação dos orçamentos pelos vereadores”, afirmou.

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Entre as ações previstas está o desenvolvimento de um novo diagnóstico estadual e municipal que vai apontar a necessidade de captação de recursos, as boas práticas e o retorno social das ações.

Também está em andamento, com coordenação do Cedes, o programa Abordagem Territorial. O Paraná é único estado brasileiro a fazer parte desse estudo amplo da OCDE sobre a internalização dos ODS. Nos primeiros quatro anos foi concluída a primeira fase do programa, que resultou em um relatório que destacou pontos fortes do Estado, exemplo global de sustentabilidade, e recomendou a adoção de novas estratégias no nível subnacional. A segunda fase, também mais voltada aos municípios, está em andamento.

Outra conquista recente do Estado nessa área foi a construção de um dos maiores quadros de indicadores dos ODS desagregados a nível municipal. Para acompanhamento desses indicadores, o Estado criou uma plataforma de Business Intelligence (BI) na qual é possível consultar o alcance de cada ODS em cada município.

O projeto da Universidade dos Prefeitos e Líderes Locais, coordenada pela SGDES, focado na capacitação de lideranças municipais, também está em andamento. O curso será ministrado de forma híbrida (online e presencial), com duração de nove meses, a partir deste ano.

AGENDA 2030 – Firmada por 193 chefes de Estado e de Governo durante a Assembleia Geral da ONU em 2015, a Agenda 2030 resultou em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que englobam 169 metas que devem ser alcançados até o ano projetado.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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