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Em Londrina, governador diz que agro paranaense é exemplo de inovação e sustentabilidade

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (18), em Londrina, um protocolo de intenções com a Sociedade Rural do Paraná e o Ministério da Agricultura e Pecuária que reforça a vocação do município e do Estado como polos de inovação do agro no Brasil. A assinatura ocorreu durante a abertura do 4º Fórum do Agronegócio, que teve a participação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro.

Em seu discurso, Ratinho Junior voltou a exaltar a importância do setor para a economia do Paraná. “O compromisso do Governo do Estado é de ajudar os produtores paranaenses a produzirem cada vez mais alimentos com qualidade e de forma ambientalmente sustentável, transformando o Paraná no grande supermercado do mundo”, afirmou Ratinho Junior.

O governador lembrou que o Paraná foi eleito por três anos consecutivos como o Estado mais sustentável do Brasil pelo Ranking de Competitividade dos Estados e de que é considerado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) um exemplo global em sustentabilidade.

“O Paraná é campeão na produção de alimentos por metro quadrado em quantidade e variedade, um exemplo no cuidado das matas ciliares, na preservação das bacias hidrográficas e na gestão dos parques ambientais. Isso tem colocado o Estado como uma referência no assunto, e eventos como este servem para aprimorarmos o que já é feito e mostrarmos para o mundo que é possível produzir tendo cuidado com o meio ambiente”, concluiu.

O ministro Carlos Fávaro ressaltou a importância do diálogo entre os diferentes níveis do poder público e as entidades que representam a agropecuária para que o setor continue a ser um dos principais propulsores da economia brasileira. “O Brasil, que até 50 anos atrás importava alimentos, vem se consolidando como um dos grandes fornecedores globais. Ter a oportunidade de debater uma produção de forma sustentável, com respeito ao meio ambiente, faz com que avancemos a passos largos para nos tornarmos o maior produtor de alimentos do mundo”, declarou o chefe da pasta nacional de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

RELEVÂNCIA – Em 2019, Londrina recebeu do governo federal a chancela como polo de inovação, desenvolvimento e tecnologia para o agronegócio. Com o novo protocolo, a cidade continuará a ser um centro para a disseminação de um modelo sustentável de produção a partir de ecossistemas de inovação e governança.

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De acordo com o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o Paraná já é um exemplo para o Brasil em termos de inovação no campo devido a mudanças de paradigma dos agricultores. “Os produtores paranaenses não dependem mais apenas da força de trabalho e da fertilidade do solo e promoveram avanços no tratamento do solo, no uso de materiais mais resistentes, na melhoria de insumos e na percepção da relevância da água para o futuro”, disse.

“Essa evolução tecnológica constante, que explica o volume recorde de produção estadual, é uma oportunidade para que o Paraná e o Brasil continuem na liderança global como grandes fornecedores de alimentos”, acrescentou Ortigara, creditando ao trabalho do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) a função de suporte aos produtores que buscam aprimorar suas técnicas de trabalho.

Entre as iniciativas estaduais, está, por exemplo, o programa RenovaPR, para incentivo ao uso de fontes de energia renováveis nas propriedades rurais por meio de linhas de crédito facilitadas através do Banco do Agricultor Paranaense. Em dois anos, o programa viabilizou 6.662 projetos de energia sustentável em propridades rurais. O IDR-Paraná também possui em Londrina uma unidade de manejo e conservação do solo e da água para que os produtores conheçam as boas práticas nesta área, que preservam o ambiente, aumentam a produtividade, reduzem custos e melhoram a rentabilidade da lavoura.

Por meio de uma iniciativa da Copel, agricultores também podem instalar sistemas de geração solar fotovoltaica que permitem o armazenamento de energia. O cliente que possui uma central geradora e a conecta na rede de distribuição poderá usar essa energia de acordo com a sua necessidade. A medida favorece especialmente unidades como a fumicultura e a piscicultura.

As sete universidades estaduais também incentivam o desenvolvimento de projetos de pesquisas científicas e tecnológicas voltadas ao aumento da produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades agropecuárias nos diversos campus das instituições de ensino superior espalhadas pelo Paraná.

FÓRUM – Após dois anos de interrupção devido à pandemia, o Fórum do Agronegócio voltou a ocupar o pavilhão internacional do Parque Governador Ney Braga. A quarta edição do evento também marca a primeira vez em que o Fórum acontece separadamente da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. O motivo é a relevância que o temas da sustentabilidade ligado ao agronegócio ganhou nos últimos anos em nível nacional e internacional.

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O evento contou com uma palestra do cientista, professor e ganhador do Nobel da Paz de 2007, Rattan Lal, cujos estudos são voltados à preservação da saúde do solo e à defesa da ideia de produzir mais alimentos com menos recursos. A sua atuação também o fez receber, em 2020, o Prêmio Mundial da Alimentação.

A programação que se estende ao longo do dia também conta com mesas redondas sobre a integração das cadeias produtivas, o fortalecimento dos sistemas alimentares locais e globais, a produção sustentável de alimentos e o futuro do agronegócio. Entre as premissas do encontro, esta a integração entre as instituições acadêmicas e de pesquisa, o poder público, a iniciativa privada e as associações representativas.

Para o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Marcelo Janene El-Kadre, o Brasil já é exemplo em segurança alimentar global, uma vez que utiliza somente 30,2% de suas terras para pastagens nativas, plantadas e lavouras, enquanto 66,3% do seu território é destinado a vegetação protegida e preservada, segundo dados da Embrapa.

“O tema é bastante atual e vem ao encontro da expectativa do mundo em relação ao Brasil, que nos últimos 40 anos vem inovando e desenvolvendo agricultura adaptada aos trópicos, tecnologias aplicadas com incremento de produtividade e intensificação sustentável da produção. Hoje, o País é fundamental ator no mercado internacional, podendo ampliar a sua liderança global”, enfatizou o presidente da SRP.

PRESENÇAS – Também participaram do evento o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; o senador Sérgio Moro; os deputados federais Pedro Lupion, Luísa Canziani e Marco Brasil; os deputados estaduais Tiago Amaral, Fábio Oliveira e Cobra Repórter; o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa Carvalho; o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Sérgio Bortolozzo; a presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Maria Massruhá; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; e o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Rafael Zavala.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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