Para marcar o Dia Mundial de Combate à Aids, nesta quinta-feira (1º), integrantes dos projetos de extensão Safety e Adolescer com Saúde estiveram no Restaurante Universitário (RU) buscando disseminar os meios seguros de prevenção ao HIV e demais Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Com o auxílio de jogos, os estudantes ligados aos projetos também distribuíram flyers informativos e preservativos e ainda orientaram a comunidade universitária sobre a realização do Autoteste de HIV, instrumento de detecção de uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS) e que possui mais de 98% de assertividade. A ação fez parte da programação do II Simpósio HIV/Aids da UEL.
Professora do Departamento de Saúde Coletiva (CCS) da UEL e integrante do Projeto Safety, Sarah Meirelles Félix explica que diversas ações foram feitas ao longo desta semana em Londrina, no Norte. Um trabalho de conscientização mais focado na comunidade universitária atende à solicitação da Comissão Municipal de IST/Aids (Comuniads), que é ligada ao Conselho Municipal de Saúde de Londrina (CMS).
“Primeiro, porque a população jovem acaba buscando os serviços de saúde quando tem algum agravo, um sintoma, algum incômodo que a impeça de trabalhar ou frequentar as aulas. Então, busca pouco a prevenção. A população de 18 a 25 anos é a que mais testa positivo para HIV e Sífilis no CIDi, que é o nosso Centro Integrado de Doenças Infecciosas”, diz.
Ao menos 30 autotestes de HIV foram disponibilizados no horário do almoço no RU. Semelhante ao autoteste da Covid-19, o instrumento de detecção foi entregue aos estudantes interessados, porém não foi feito no local. “É recomendado que seja em casa, ou em local tranquilo, na companhia de uma pessoa de confiança. O teste é feito de manhã e é preciso realizar uma raspagem na área interna da bochecha, dos dois lados. Depois, é utilizado o reagente”, explica a docente.
Caso o resultado seja positivo, a orientação é entrar em contato com o Centro de Referência Dr. Bruno Piancastelli Filho, localizado na Alameda Manoel Ribas, nº 1.
HIV – Acabar com a pandemia da doença é uma das metas estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas (ONU), assinados por vários países, entre eles, o Brasil.
O Unaids, programa das Nações Unidas (ONU) voltado ao combate à Aids, apontou que o número de recém-infectados alcançou 1,5 milhão de pessoas ao redor do mundo em 2021. No Brasil, a estimativa aponta para 50 mil novos casos, de modo que o total de pessoas vivendo com a doença no País giraria em torno de 960 mil pessoas atualmente.
No município de Londrina, os casos vêm sendo registrados e monitorados pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde que atua em conjunto com servidores do Centro de Testagem e Acolhimento (CTA), unidade de referência na cidade. De acordo com a Secretaria de Saúde, 202 novos casos foram registrados em Londrina, entre o início de 2022 e o dia 22 de novembro.
Os novos casos foram diagnosticados em meio a um cenário de aumento na procura por testes rápidos na cidade. Conforme a Prefeitura de Londrina, 3.695 testes rápidos de HIV foram realizados entre os dias 2 de janeiro e 31 de outubro de 2022, número que supera o registrado em todo o ano passado, quando 2.828 testes foram contabilizados.
SIMPÓSIO – O projeto Viva PositHIVo promoveu nesta quinta-feira (1°) o segundo dia do II Simpósio HIV/AIDS, com palestras sobre prevenção e assistência à saúde de pessoas com HIV-AIDS. A coordenação é da professora Gilselena Kerbauy Lopes, do Departamento de Enfermagem.
Tem como objetivo disseminar conhecimento técnico e científico sobre HIV para estudantes, professores e profissionais da área da saúde, abordando temas como patogênese da infecção pelo HIV, diagnóstico, transmissão vertical, tratamento, entre outros.
Fonte: Governo do Paraná