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Dia do Trabalho: conheça os operários que estão realizando o sonho da Ponte de Guaratuba

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Um trabalho que vai mudar a vida de milhares de pessoas e vai entrar para a história do Litoral do Paraná. É assim que muitos dos trabalhadores que estão envolvidos com a construção da Ponte de Guaratuba estão encarando o desafio de participar de uma das obras mais complexas e aguardadas do Estado.

A obra não para. Dia e noite existem operários trabalhando no canteiro para tirar a ponte do papel. Com a construção acontecendo em ritmo acelerado, a Ponte de Guaratuba chegou nesta quinta-feira (1.º). Dia do Trabalhador, a 50% da execução. A previsão é de que ela seja finalizada até abril de 2026.

Para que tudo aconteça dentro do planejado, os trabalhos têm que funcionar de forma sincronizada. Um dos encarregados de movimentação de cargas da obra é Renilton Salustiano. Como um maestro, é ele quem orquestra os materiais que entram e transitam pela área da construção. “Tudo que acontece ou é movimentado por aqui tem que ser comunicado com quem está lá na ponta da obra, no meio da ponte. Esse é o meu papel”, contou.

Hoje ele é encarregado por esta tarefa durante o dia, mas no início da obra ele fazia esta mesma função à noite. “A visibilidade é diferente, a natureza do trabalho também é outra durante a noite. Mas é um serviço que não pode parar”, afirmou Renilton.

Em terra, muitas das estruturas começasm a tomar forma nas mãos de Carliane Pereira e outros seis soldadores que trabalham no turno diurno. São eles que começam a montar as peças que, ao longo do processo, se transformam nos vergalhões que vão dando forma à ponte. “É um trabalho intenso. Trabalhamos direto para ajudar a construir esse sonho dos paranaenses”, disse.

IMPACTO – Assim que estiver pronta, a ponte vai dar mais aDo sonho à realidade: Ponte de Guaratuba alcança 50% de conclusãogilidade à travessia entre Matinhos e Guaratuba. Um trajeto que que será encurtado para cerca de dois minutos.

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Carliane é baiana, mas mora no Litoral do Paraná há seis anos. Todos os dias, ela pega ferryboat para ir e voltar do trabalho. Em alguns meses, com a ponte já em operação, muitas pessoas como ela terão a vida impactada com um trajeto muito mais rápido e seguro.

“Eu sei que foram décadas de espera e eu fico pensando que, no futuro, meu filho vai poder contar pra todo mundo que a mãe dele trabalhou nessa obra. Eu fico muito feliz de fazer parte desta história”, disse a operária.

A construção da ponte também tem um impacto na economia local, gerando empregos e destravando a infraestrutura do litoral para novos investimentos. Atualmente, 691 pessoas trabalham na construção da ponte, sendo que 64% da mão de obra é local e os outros 36% são trabalhadores que saíram de outras cidades para ajudar na construção.

“A construção civil está entre os setores que mais empregam no Paraná, com mais de 6 mil trabalhadores contratados em empregos formais no  primeiro trimestre. Isso demonstra o aquecimento do setor, alavancado não apenas pelo setor imobiliário, mas também pelos trabalhadores da construção civil em obras públicas como a construção da nossa Ponte de Guaratuba”, afirmou o secretário do Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo.

Ao longo do mês de maio, a previsão é de que outros 63 profissionais sejam contratados para a obra da ponte, entre pintores, pedreiros, carpinteiros e montadores de andaimes.

HISTÓRICO – Participar da obra tem sido motivo de orgulho pra muitos trabalhadores envolvidos na obra, especialmente aqueles que nasceram no Paraná e cresceram ouvindo sobre a Ponte de Guaratuba.

É o caso de José Chede, fiscal de segurança do trabalho da obra. Criado em Paranaguá, ele cresceu ouvindo falar da ponte. “Meu pai sempre falava que um dia iam construir uma ponte aqui”, lembrou.

Na obra, ele é um dos responsáveis para que todos os operários sigam as regras de segurança e trabalhem sem riscos à saúde. Perto da aposentadoria, Chede disse que fez questão de colaborar com a construção para encerrar a carreira com chave de ouro.

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“Trabalho com segurança do trabalho desde 1985 e, desde esta época, eu queria fazer parte de algo histórico como a construção da ponte. Quando soube que a obra ia acontecer mesmo, eu fui atrás para realizar este sonho meu e do meu pai”.

Com esse mesmo ânimo, o técnico especializado em pontes Orres Vicente da Silva chega todos os dias às 6h para acompanhar os trabalhos de construção da ponte. Ele é encarregado por coordenar vários trabalhos que acontecem nas fundações e nas estruturas de concreto na área da ponte. “Tem sido uma obra com muitos desafios, mas é muito gratificante participar disso. Eu sinto que todos os funcionários compartilham este sentimento”, disse.

Nascido em Sertanópolis, no Norte do Paraná, ele ouviu por mais de 40 anos a promessa de que um dia a ponte sairia do papel. Por isso, mesmo depois de rodar o Brasil com mais de quatro décadas de experiência em grandes obras, ele acha que o sentimento de participar do projeto da Ponte de Guaratuba é especial. “É uma obra dos sonhos, que vai ser muito importante para a região”, completou Orres.

PONTE DE GUARATUBA – A obra, fruto de um investimento de R$ 286,9 milhões, é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL). Ao ser finalizada, a ponte terá 1.244 metros de extensão, com quatro faixas de tráfego, duas faixas de segurança, barreiras rígidas de concreto, calçadas com ciclovia e guarda-corpo.

A construção da Ponte de Guaratuba pode ser acompanhada em tempo real através das câmeras de monitoramento. Basta acessar a página www.pontedeguaratuba.pr.gov.br.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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