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Dia do Professor: conheça a docente que transformou a vida de uma aluna com doença rara

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Neste Dia do Professor, 15 de outubro, a professora da rede estadual Luciana Trento, de Saudade do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, é um destaque de mestra que exerce sua profissão com amor e abnegação. Além do ensino em sala de aula às turmas, dedica especial atenção à aluna Ana Júlia Ribeiro, do Colégio Estadual Duque de Caxias, portadora de uma doença autoimune rara.

Há cerca de quatro meses, Luciana foi designada pelo Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh) da Secretaria de Estado da Educação para dar prosseguimento à escolarização da jovem, então com 16 anos. O Sareh foi implantado pelo Governo do Paraná para atender em casa os estudantes impossibilitados de frequentar as aulas por motivo de saúde, permitindo a continuidade nos estudos até a reinserção em seu ambiente escolar.

No primeiro encontro, a professora encontrou uma jovem debilitada, insegura e assustada. De família humilde, Ana Júlia usa sonda e tem músculos, fala e respiração enfraquecidos por uma doença que, na época, ainda não tinha diagnóstico fechado, e que vinha progredindo. Nos primeiros encontros ela ainda precisava usar oxigênio. A estudante passou a receber a professora três vezes por semana, com acesso a aprendizado de conteúdo referente ao 2º ano do ensino médio. O atendimento teve todo o suporte das plataformas digitais da Secretaria da Educação.

Luciana transformou o quarto de Ana Júlia em uma verdadeira sala de aula. A interação entre as duas cresceu tanto que a docente quis proporcionar uma melhor condição, também, no atendimento à saúde da jovem, o que poderia ajudar nos estudos. “Percebi, de imediato, que a Ana Júlia precisava de aulas e de amparo. Além de estar fragilizada pela doença, ela lidava com o tratamento de saúde da mãe, que está acamada e com muita dificuldade. Passei então a pesquisar  a doença e pensar em como ajudar de modo prático”, relembra. 

A hipótese dos médicos da região era de que fosse miastenia gravis, doença autoimune rara, que depois foi confirmada.

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A primeira providência de Luciana diante desse quadro mais complexo foi fazer uma campanha de arrecadação no município para contratar uma cuidadora. Como a cidade é pequena e todos se conhecem, não foi difícil mobilizar a comunidade.

O segundo passo foi recorrer à Secretaria da Saúde de Saudade do Iguaçu para que Ana Júlia fosse encaminhada a um especialista. Outra conquista. Ela foi levada para o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba.

Ana Júlia passou a receber medicação específica para a doença e desde meados de setembro não precisa mais usar oxigênio. “Acompanho de perto também a ingestão dos remédios e todo o tratamento e ela já apresenta melhoras. Antes, eram idas e vindas na UTI devido a seguidas crises. Depois disso, não precisou internar e espero que não volte”, diz a professora.

Mas faltava fortalecer os músculos e melhorar a fala, prejudicada pela doença e pelo uso da traqueostomia. Seriam necessárias sessões de fisioterapia e fonoaudiologia. Novamente, a mobilização em torno da causa deu resultado. O auxílio veio da prefeitura e de profissionais de clínicas particulares, que atendem a jovem de graça. Hoje ela faz fisioterapia três vezes por semana e uma sessão semanal com um fonoaudiólogo.  

O grêmio estudantil do Duque de Caxias, que já havia se unido para arrecadar suplemento nutricional para Ana Júlia, também entrou de cabeça na missão.

SUPERAÇÃO – A professora Luciana é daquelas que acreditam que as pessoas podem superar suas dificuldades com paciência e força de vontade. Ela queria que Ana Júlia fosse vista e ouvida e sentiu que precisava aproximar a menina dos colegas de sala. Recentemente ela orientou a turma a acolher a colega, que estava na lista de chamada, mas nunca aparecia, além de promover uma grande ação.

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Logo após as últimas férias de julho, Ana Júlia esteve na escola e foi recebida calorosamente pelos colegas. “Significou muito para mim. Fiquei emocionada em conhecer meus colegas de sala e com o acolhimento que tive”, conta a menina.

“Sempre falo para ela que vivemos dias de luta, mas também dias de glória. E o fato dela poder estar com a turma foi um desses dias de glória”, lembra a professora. “Eu eu queria mais. Queria que ela esquecesse da sonda nasal, da traqueostomia e do cilindro de oxigênio que carregava para que, por algumas horas, pudesse se sentir pertencente àquele espaço. Assim, no dia 30 de agosto, fizemos uma comemoração do aniversário de 17 anos da aluna. Um salão de beleza assumiu o visual e um estúdio, o book fotográfico. Foi tudo muito especial”.

E Ana Júlia adorou a festa. “Eu me olhava no espelho e nem acreditava que era eu mesma. Por um momento, me esqueci que precisava daquelas máquinas para sobreviver”, conta a menina.

SAREH – Ana Júlia passou os últimos quatro meses estudando no sistema do Sareh. Devido ao enfraquecimento das mãos, não tem forças para segurar lápis e caneta, mas consegue utilizar o computador. E foi graças às plataformas digitais do governo estadual que ela teve acesso ao Leia Paraná, Edutech, Desafio Paraná, além do Matific, e outras atividades que incorporam recursos interativos. 

Para pais ou responsáveis, cujos filhos estejam impossibilitados de frequentar a escola por problemas de saúde e que desejam atendimento via Sareh, o primeiro passo é apresentar o atestado médico que determine afastamento por período superior a 90 dias na escola na qual o paciente esteja matriculado. presentado o documento, o aluno é registrado para o atendimento pedagógico e os professores disponíveis são contatados para atendimento.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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