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Dia do Plantio Direto celebra técnica revolucionária para a agricultura sustentável

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Marco de uma revolução agrícola ocorrida a partir do Paraná, em 1972, e uma das melhores técnicas de conservação e manejo do solo, o plantio direto é comemorado. É o primeiro ano em que isso acontece, após a sanção da Lei 14.609, em junho, instituindo o Dia Nacional do Plantio Direto, celebrado em 23 de outubro.

No Paraná, a data foi lembrada com evento em Rolândia, no Norte do Estado, onde o agricultor Herbert Bartz apresentou o primeiro experimento há 51 anos. Um busto em homenagem ao pioneiro, que morreu em janeiro de 2021, foi entregue à população e ficará afixado em pedestal na praça próxima à Câmara Municipal. A filha de Bartz, Marie, e seu neto Sebastian participaram do ato.

A técnica do plantio direto elimina a aração e gradagem do solo, que eram comuns em cada ciclo, mantendo-se uma cobertura de palhada, que, após sua decomposição, aumenta a matéria orgânica, reduz a erosão e facilita a infiltração de água no solo.

A semeadura é feita com a abertura de sulcos e inclusão de fertilizantes sem o revolvimento da terra. O sistema contempla também a rotação de culturas, reduzindo impactos ambientais, incidência de doenças e pragas e inibindo aparecimento de ervas daninhas.

Na solenidade, o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que antes da técnica, fruto de uma mecanização superintensiva, havia muita degradação do solo e erosão. “O Paraná como um todo, mas particularmente o Norte do Estado, estava indo para o buraco, literalmente”, afirmou.

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Nesse contexto, Bartz apresentou a técnica de plantio direto. “Desenvolveram um novo jeito de fazer agricultura depois de 10 mil anos, foi uma mudança total, processo disruptivo, que acabou produzindo as bases da moderna agricultura do mundo”, salientou Ortigara. “Prestar homenagem é bom para calibrar o próprio futuro”.

IDR-PARANÁ – Durante a solenidade houve menção à criação do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) no mesmo ano de 1972 – hoje o Iapar é uma das instituições que formam o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná). Os pesquisadores do órgão desenvolveram tecnologias e práticas que tornaram a técnica viável e eficiente, contribuindo para a produção de alimentos de forma mais sustentável e para a conservação dos recursos naturais.

Para Arnaldo Colozzi Filho, pesquisador do IDR-Paraná, uma das diretrizes imprescindíveis para a preservação do solo e a governança são as ações conjuntas e um arcabouço institucional na execução de políticas públicas focadas no uso, manejo e conservação dos recursos naturais e na manutenção da consciência ambiental da sociedade.

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O instituto, como membro da Rede Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (BRPDIA), também foi importante na disseminação e promoção da técnica em todo o Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o plantio direto foi utilizado em 33,5 milhões de hectares no país em 2022, o que representa 26,7% da área plantada. O Paraná é o estado com a maior área plantada em plantio direto, com cerca de 10 milhões de hectares.

SEMANA – A solenidade desta segunda-feira (23) foi a primeira atividade a marcar a Semana Nacional do Plantio Direto. Na sede de pesquisa do IDR-Paraná, em Londrina, no Norte, serão realizadas três outras com palestras e visitas técnicas envolvendo estudantes, profissionais, extensionistas e pesquisadores. Uma delas será o intercâmbio com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) para conhecer o projeto “Monitoramento de bacias hidrográficas”.

Por meio dele são monitoradas as perdas de sedimentos, água e nutrientes em plantio direto durante os eventos de chuva. Segundo a pesquisadora do IDR-Paraná, Graziela Moraes de Cesare Barbosa, as parcerias e trocas de experiência contribuem para a disseminação do conhecimento e fortalecimento de uma agricultura conservacionista.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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