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Copel produz primeiras moléculas de hidrogênio renovável em Curitiba

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A Copel produziu nesta semana, em fase de testes, as primeiras moléculas de hidrogênio renovável a partir de uma estrutura montada na sede da empresa, em Curitiba. A iniciativa é fruto de um projeto desenvolvido no programa de inovação aberta Copel Volt, que selecionou cinco startups para criar soluções que atendam os principais desafios da Companhia no cenário de transição energética.

A startup selecionada para trabalhar nesta frente é a Solenium, de origem colombiana, que desenvolve tecnologias e propõe soluções acessíveis para geração, monitoramento e controle energético.

“A elaboração desse primeiro teste envolveu equipes de diversas áreas da empresa, o que foi fundamental para potencializar as possibilidades da solução e contribuir para a implantação de mais um projeto de baixo carbono, de acordo com o planejamento estratégico da empresa para os próximos anos”, afirmou o superintendente de negócios de gás natural, biomassa, serviços e inovação da Copel, Carlos Diego Do Valle Pedroso.

O diferencial da solução apresentada pela Solenium é a utilização de sistemas próprios de monitoramento e de maximização da eficiência energética dos módulos fotovoltaicos. De acordo com a startup, hoje no Brasil entre 50% e 70% do custo de produção do hidrogênio renovável é a energia elétrica utilizada, fazendo com que a produção seja até cinco vezes mais cara do que obter petróleo. A solução apresentada pela Solenium pode levar a uma produção de hidrogênio 5% a 10% mais barata.

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Além do custo menor, a produção de baixo carbono é outro grande motivo para a escolha desse modo de produção. Na obtenção do hidrogênio por eletrólise, o elemento é separado do oxigênio da molécula de água por meio de um processo químico utilizando corrente elétrica. Quando a eletricidade usada vem de fontes renováveis, como a fotovoltaica, se denomina o produto resultante de “hidrogênio renovável ou de baixo carbono”, em contraposição ao hidrogênio obtido a partir de fontes fósseis, rota responsável por aproximadamente 90% da produção global de hidrogênio.

TENDÊNCIA – O hidrogênio renovável é considerado o combustível do futuro. Os projetos nessa área ainda estão em fases iniciais, mas apresentam grande capacidade de aplicação e expansão. As trocas entre as equipes da Copel e da Solenium foram essenciais para o planejamento de ações e apoio técnico para o alinhamento operacional desta parceria.

“Um projeto como este abre possibilidades importantes em um mercado que deve receber cada vez mais atenção. As parcerias junto às startups, por meio do Copel Volt, contribuem para o fortalecimento desse mercado promissor e demonstram o compromisso da Copel em inovar e promover a sustentabilidade”, afirmou Erika Yuriko Nishimura, coordenadora do programa Copel Volt.

A empresa tem outras iniciativas para a produção de hidrogênio renovável, como a chamada pública da Copel Geração e Transmissão para projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de novas tecnologias relacionadas à produção de hidrogênio de baixo carbono oriundo de biomassa, biocombustíveis e outros resíduos de natureza orgânica, realizada em 2023. Serão destinados até R$ 7,6 milhões para projetos contemplados.

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A Companhia também está participando de iniciativa em conjunto com a Sanepar para a produção de hidrogênio renovável a partir do biogás oriundo do tratamento de esgotos sanitários.

HIDROGÊNIO RENOVÁVEL – O hidrogênio é o elemento químico mais abundante na natureza. Ele possui diversas aplicações, desde ser usado como combustível até como matéria-prima e insumo industrial e é classificado como renovável ou de baixo carbono quando sua obtenção é realizada a partir de transformações químicas de biomassa, etanol e biogás, ou a partir da eletrólise da água que utilize fontes renováveis de energia, em que não há a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.

Hoje, o gás ainda é produzido usando principalmente insumos fósseis e fontes de energia não renováveis e poluentes, o que está começando a mudar. O hidrogênio renovável é visto como alternativa eficiente para descarbonização de setores nos quais a redução da pegada de carbono é difícil, como o siderúrgico, de produção de ferro e cimento e de transporte aéreo e naval.

Fonte: Governo PR

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Combate ao bullying: alunos de colégio estadual criam música e videoclipe para conscientização

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Por meio da música, estudantes e professores do Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz, em Curitiba, encontraram uma forma criativa de lembrar o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola – 7 de abril. Elaborada pela comunidade escolar, a canção “Bullying Não” ganhou um videoclipe, inteiramente gravado e editado no colégio. A produção está disponível no YouTube.

A rima pede paz e respeito: “O meu nome é futuro, presente da nação; eu sou de vários credos e digo bullying não! Eu sou de várias raças e você é meu irmão; posso ser diferente, e digo bullying não!”

A ação foi idealizada em setembro do ano passado pelo professor Elias Antonio Bueno, que atua na escola como pedagogo e participa do Grupo de Estudos Formadores em Ação sobre Clima Escolar, iniciativa promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR).

No contexto da campanha Setembro Amarelo, o docente propôs aos estudantes do colégio que unissem música e criatividade com a conscientização sobre o combate ao bullying. Os alunos abraçaram a ideia e participaram ativamente da composição da letra. “Eles lançaram frases sobre o assunto, como se fosse uma tempestade de ideias, e fizeram cartazes. Desse material, nasceu a letra. E alguns talentos que temos na escola, como alunos músicos e cantores, nos ajudaram com arranjo e harmonia na parte musical”, contou Bueno.

Professores de Arte e Computação Gráfica auxiliaram os alunos com a gravação da música e a produção do videoclipe, que rapidamente se espalhou na comunidade escolar. Conforme o pedagogo, a ação contribuiu para reduzir o bullying entre estudantes no colégio. “Com autorização da direção, colocamos a música no intervalo e nas trocas de aula. Eu senti que houve um impacto na escola. Foi uma ação sensacional que deu muito certo e teve o envolvimento dos estudantes”, relatou o pedagogo.

O estudante Daniel Schwebel, do 2º ano do Ensino Médio, concorda. O jovem tecladista participou da elaboração da partitura e da instrumentalização da música, além de ser um dos vocalistas. Para ele, o objetivo da ação foi alcançado. “Com a música, deu para perceber uma redução no bullying. O colégio é bem inclusivo e tem pessoas com Síndrome de Down, autismo, pessoas em cadeiras de rodas, entre outros. E é importante combater o bullying porque, ao praticá-lo, você acaba com a autoestima da pessoa”, opinou o aluno.

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Também assinam a composição da música e a atuação no videoclipe os estudantes do 3º ano do Ensino Médio Adria Emilia, Agatha Barbosa, Amanda Vieira, Beatriz Campos, Camille Victoria, Gabrielle Moreira, Manuella de Bona, Maria Clara, Maria Marciniak, Maria Siqueira, Natallielly Rodrigues, Thifany Rodrigues e Wallace Davi. Os professores Kathelen Guerra, Jorge Fontana e Taináh Nisimura participaram da orientação do projeto.

Nesta segunda-feira (7), Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, a canção foi apresentada ao vivo durante o intervalo das aulas no colégio. Futuramente, conforme Elias, novas composições podem surgir. “Demos continuidade ao projeto, e estamos trabalhando o tema em sala de aula, com a ajuda dos professores. Além disso, temos ensaiado para, quem sabe, a elaboração de uma nova música, ou um novo ritmo”, afirmou.

AÇÕES PERMANENTES – Responsável pelas mais de 2 mil escolas estaduais do Paraná, a Seed-PR desenvolve ações contínuas e permanentes de prevenção ao bullying, às violações de direitos e às violências no ambiente escolar.

Destaca-se, por exemplo, o Grupo de Estudos Formadores em Ação: Clima Escolar, que já atendeu mais de 10 mil profissionais da rede estadual. A formação continuada ofertada a professores, pedagogos e diretores busca melhorar a convivência, a escuta empática e o diálogo no ambiente pedagógico.

Outro exemplo é o Projeto Escola Escuta, lançado pela Seed-PR em 2022 com o objetivo de promover acolhimento e diálogo com os estudantes. Por meio da iniciativa, mais de 5 mil professores e pedagogos já foram capacitados para oferecer apoio social e emocional aos alunos da rede estadual.

Além disso, a Seed-PR orienta as escolas e Núcleos Regionais de Educação (NRE) para a realização de campanhas de prevenção ao bullying, bem como a participação em redes de proteção de crianças e adolescentes. Desde o início do mês, diferentes NRE têm promovido ações no contexto do Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola.

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No Noroeste do Estado, por exemplo, foram promovidas palestras e atividades interativas em colégios de Loanda, Santa Isabel do Ivaí e Diamante do Norte. Já no Colégio Estadual Paraná, em Loanda, uma campanha de combate ao bullying ocorre desde 2024 e tem registrado resultados positivos no clima escolar. Todas as ações recebem apoio do NRE de Loanda.

No Centro-Oeste, o NRE de Goioerê tem se destacado com uma ação abrangente promovida pela equipe multiprofissional do núcleo, que inclui assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. Em andamento, a proposta de intervenção alcança diferentes escolas e inclui ações direcionadas a estudantes, professores e pais ou responsáveis dos alunos.

Já o NRE de Dois Vizinhos, no Sudoeste, mantém uma campanha de escuta ativa e apoio às direções escolares desde 2024. A iniciativa, também elaborada pela equipe multiprofissional do núcleo, já alcançou 13 escolas da região, classificadas como prioritárias no âmbito do combate ao bullying.

DIA NACIONAL – O Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola foi instituído pela Lei Federal nº 13.277/2016, devido ao crescente reconhecimento dos impactos negativos do bullying no ambiente escolar. A data se refere à memória do massacre de Realengo, que deixou 13 pessoas mortas em uma escola no Rio de Janeiro, em 7 de abril de 2011 – investigações posteriores indicaram que o autor do ataque foi vítima de bullying na infância.

De acordo com o projeto da lei que instituiu a data, o combate ao bullying e às complexas causas sistêmicas da violência requer o envolvimento de educadores, pais, alunos e do conjunto da sociedade, uma vez que a educação é produzida, também, em ambientes externos às instituições de ensino.

Conforme o texto, configura bullying qualquer ato de violência intencional e repetitivo contra pessoa indefesa, que pode causar danos físicos e psicológicos. O termo “bullying” surgiu do inglês “bully”, que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.

Fonte: Governo PR

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