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Conheça detalhes do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Paraná

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O Inventário Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa , lançado pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) no Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais, é a principal ferramenta da administração estadual e da sociedade para subsidiar o Plano de Ação Climática do Paraná 2024-2050, lançado pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável.

A ferramenta estima as emissões lançadas pelos 399 municípios paranaenses. Foi o primeiro inventário do Brasil a apresentar emissões espacializadas e mapeadas em nível municipal. No detalhamento, foram analisados os gases que causam mais impactos no clima: dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, hidrofluorcarbonos e hexafluoreto de enxofre.

A segunda edição, tornada pública nesta segunda-feira (14), classifica as emissões por setor produtivo e suas atividades no período de 2005 a 2019. Os processos avaliados foram agropecuária, florestas e uso do solo, com 54% das emissões; setor energético com 36%; industriais e uso de produtos com 5% e resíduos, também com 5%. Nos próximos meses será disponibilizado um sistema informatizado de consulta a todos os dados do inventário processados por município e setor.

“Estamos empregando os melhores recursos científicos e tecnológicos disponíveis para obtermos dados fidedignos e estimativas confiáveis que possam subsidiar as políticas públicas voltadas à proteção, mitigação e adaptação às mudanças do clima”, afirma o diretor-presidente do Simepar, Eduardo Alvim Leite.

VULNERABILIDADE – Outra contribuição do Simepar ao desafio climático estadual foi o desenvolvimento do Índice de Vulnerabilidade dos Municípios. A ferramenta calcula o risco climático em relação às crises de estiagem e excesso hídrico. São consideradas as alterações na magnitude, variabilidade e características do clima, a sensibilidade e a capacidade adaptativa de cada município e região do Estado perante os cenários futuros das mudanças climáticas, tendo como condicionantes os indicadores socioeconômicos.

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Tecnicamente, o risco é definido pela sobreposição de uma ameaça a uma vulnerabilidade. “Aplicam-se modelos globais de circulação geral refinados para escalas regionais e locais para indicar o grau de exposição do município a eventos climáticos extremos”, explica Leite.

As mudanças climáticas devem tornar os fenômenos extremos mais frequentes e intensos no Paraná nas próximas décadas, afetando os sistemas naturais e humanos. Estudos e pesquisas do Simepar indicam que todas as regiões do Estado são suscetíveis a algum tipo de desastre ambiental intensificado pelas alterações nos padrões climáticos em longo prazo.

Nos cenários analisados, muitos municípios apresentam vulnerabilidade média ou superior. A escassez hídrica (estiagem) tende a afetar as regiões Noroeste, Sudoeste e Norte Central. Já os excessos hídricos (enchentes, inundações, tempestades e deslizamentos) tendem a afetar as regiões Noroeste e Metropolitana de Curitiba. Um sistema informatizado de consulta aos índices de vulnerabilidade por município paranaense estará disponível.

“Em todo esse processo de planejamento de ações, destacamos o papel da ciência e tecnologia no diagnóstico, desenvolvimento, adequação e avaliação de opções de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, em especial nas soluções baseadas na natureza (SbN) e em ecossistemas (AbE)”, comenta Leite.

COLABORAÇÃO – O Simepar integra o programa Sinais da Natureza, instituído em 2020 pelo Governo do Paraná por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, que tem por objetivo desenvolver projetos de análise, monitoramento, modelagem, previsão e alerta do comportamento das variáveis meteorológicas, hidrológicas e ambientais.

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Em conjunto com a Sedest e o Instituto Água e Terra (IAT), também participa do projeto ParanaClima, que realiza o mapeamento de políticas ambientais e de áreas de risco, bem como define ações de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, impactos potenciais, medidas de resiliência e adaptação.

PLANO DE AÇÃO CLIMÁTICA – O Plano de Ação Climática do Paraná 2024-2050 está em processo de consulta pública até o dia 15 de setembro e pode receber contribuições da sociedade paranaense (AQUI). Ele contém metas e ações a partir de grandes eixos e pretende ser um instrumento efetivo com estratégias exequíveis para implantação de melhorias e redução e mitigação das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Entre as metas abertas a contribuições estão realizar a análise de 100% das inscrições no Cadastro Ambiental Rural (CAR); diminuir o desmatamento ilegal; ampliar a eletrificação de rodovias; aumentar a participação de biocombustíveis na matriz energética; apoiar a Nova Ferroeste como novo corredor de grãos e contêineres; promover ainda mais a geração distribuída realizada por consumidores independentes; fomentar a economia circular; consolidar o mercado regulado de carbono; zerar a destinação de materiais metálicos aos aterros e os lixões; e estimular a implementação de novas tecnologias para realizar a compostagem de lodo de esgoto.

Fonte: Governo PR

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Mais de um terço dos finalistas da 1ª Olimpíada Brasileira de Inteligência Artificial são do Paraná

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Resultado Dos 85 estudantes de todo o Brasil classificados para a etapa final da 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA), 29 são do Paraná, o equivalente a 34% dos finalistas. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (17) pela comissão organizadora da ONIA e aponta a liderança folgada do Estado em relação às demais unidades da federação.

Depois do Paraná, quem aparece na vice-liderança em número de classificados é São Paulo, com 17 alunos, ou 20% do total. Ceará, com 13 estudantes (15%) e Piauí, com 11 (13%) completam a lista dos melhores estados na competição de IA. Entre os concorrentes, estão alunos regularmente dos 8º e 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

Com participação voluntária e gratuita, a ONIA visa promover o conhecimento e a inovação em inteligência artificial, incentivando estudantes de todo o Brasil a explorar e desenvolver suas habilidades nesta área. A competição aconteceu ao longo de várias etapas, com provas online e práticas para definir os 4 vencedores brasileiros ainda em abril, que seguirão para a competição internacional.

Nas etapas anteriores, o Paraná já tinha se destacado também pelo alto número de alunos selecionados. Dos 60.317 participantes de todo o país que passaram da 1ª fase, focada no letramento digital, mais de metade era do Estado, totalizando 30.911. Na fase seguinte, de aprofundamento técnico, 1.378 estudantes dos 3.332 estudantes eram paranaenses.

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Após um ciclo preparatório, os estudantes precisaram realizar tarefas práticas utilizando programação, considerada a 3ª fase. Nela, eles precisaram lidar com um conjunto de dados técnicos e aprender a utilizar metodologia apropriada para obter os resultados esperados com o uso da IA.

“A presença de 34% de paranaenses na etapa final da Olimpíada Nacional de IA já representa um resultado muito positivo para o Paraná, demonstrando que os nossos alunos têm um ensino de excelência nessa área. Isso nos deixa animados para que o Estado tenha representantes na Olimpíada Internacional, que acontecerá em Pequim, na China”, afirmou o secretário estadual da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani.

INCENTIVO ESTADUAL – Como forma de premiar e estimular a participação na competição, o Governo do Estado, por meio das secretarias da Inovação e Inteligência Artificial (Seia) e da Educação (Seed), garantiu a entrega de notebooks e tablets para os 50 alunos que obtiveram as melhores notas na prova da 3ª fase da ONIA.Ao todo, foram 70 prêmios, que somam R$ 380 mil em investimentos estaduais.

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“O Paraná tem a melhor educação pública do Brasil e é protagonista também no uso de tecnologias aliadas à educação, como mostra esse resultado expressivo dos estudantes paranaenses na Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial. Nossos parabéns a todos os estudantes que participaram da competição, aos professores, agentes educacionais e funcionários das escolas estaduais, que trabalham diariamente pela educação do Paraná”, declarou o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.

ETAPA INTERNACIONAL – Entre a terceira e a última fase da Olimpíada, os estudantes passaram por um treinamento específico para a fase final, focada na preparação para a Olimpíada Internacional de IA (IOAI). Neste período, os participantes tiveram aulas com especialistas de ensino em IA e ciências da computação.

Ao final, os 4 melhores participantes serão premiados com medalhas de ouro e, além de participaram de uma cerimônia de premiação, seguirão em treinamento para participar da IOAI 2025, que aconteceráentre os dias 2 e 9 de agosto em Pequim, na China.

Confira a lista dos 85 estudantes classificados para a etapa final da ONIA por estado:

Paraná: 29

São Paulo: 17

Ceará: 13

Piauí: 11

Tocantins: 3

Rio de Janeiro: 3

Rio Grande do Sul: 3

Pernambuco: 2

Minas Gerais: 1

Distrito Federal: 1

Mato Grosso do Sul: 1

Pará: 1

Fonte: Governo PR

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