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Com recuperação dos Caminhos do Peabiru, Estado vai aproveitar potencial da trilha histórica

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O Paraná vai resgatar a trilha histórica dos Caminhos do Peabiru, um trecho de aproximadamente 1,5 mil quilômetros de extensão com grande potencial de exploração do turismo ecológico, cultural e de aventura que percorre 86 municípios do estado. Os detalhes do projeto de recuperação do atrativo foram apresentados durante o Seminário Internacional Caminhos do Peabiru, concluído nesta quarta-feira (30) em Foz do Iguaçu e Cidade do Leste, na fronteira entre Brasil e Paraguai.

Além de representantes do Governo do Paraná, o evento teve a participação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Consulado Geral do Brasil em Cidade do Leste, no Paraguai, e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que debateram a coordenação de propostas conjuntas sobre a estruturação dos Caminhos do Peabiru como a maior trilha de longo percurso do Brasil.

Segundo o vice-governador Darci Piana, que esteve em Foz do Iguaçu para a abertura do Festival Internacional da Cataratas, um dos maiores eventos de turismo do Brasil, a implementação dos Caminhos do Peabiru fortalece o potencial turístico do Paraná.

“Entendemos que o turismo paranaense precisa do apoio do Governo do Estado através de eventos como estes que acontecem aqui em Foz do Iguaçu e que atraem pessoas de todo o mundo para cá, assim como muitos brasileiros que não conhecem todas as belezas que nós temos a oferecer em nosso estado”, afirmou.

“Recentemente, assinamos um acordo com o caminho de Santiago de Compostela com um trecho entre Campo Mourão e Fênix, que passa justamente por um trecho dos Caminhos do Peabiru. Com a evolução desse projeto em algo concreto, eu tenho certeza de que nos orgulharemos muito em poucos anos”, explicou o vice-governador.

O seminário também contou com palestras e atividades práticas ministradas por especialistas no assunto do Brasil, Paraguai, Argentina, Bolívia e Estados Unidos. A última atividade foi uma oficina sobre sinalização de trilhas realizada na Reserva Biológica Tatí Yupí, no lado paraguaio da Usina de Itaipu.

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A capacitação foi ministrada por Horácio Ragucci, membro da Rede Brasileira de Trilhas e um dos idealizadores da Trilha Transacarioca, de aproximadamente 180 quilômetros que cruza o Rio de Janeiro. “Com a criação da Transcarioca, criamos um novo atrativo turístico no Rio de Janeiro. Os Caminhos do Peabiru já têm um contexto histórico que é fantástico, e além disso há a questão esportiva, cultural e o potencial de geração de empregos, renda e educação ambiental através do turismo”, disse Ragucci.

INTEGRAÇÃO SUL-AMERICANA – Presente durante todos os dias do seminário, o cônsul-geral do Brasil em Cidade do Leste, Pedro Menezes, considera que o evento superou as expectativas como uma ferramenta de união entre os países sul-americanos.

“Tivemos a participação de mais de 300 especialistas da área do Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia, que demonstraram muita vontade de implementar a primeira trilha internacional das Américas”, disse o cônsul.

“O Ministério das Relações Exteriores vê isso como uma ferramenta de integração e cooperação entre os países, e o Governo do Paraná abraçou o projeto e já iniciou a implantação dos primeiros trechos, que com o tempo podem formar este grande trajeto”, acrescentou Menezes.

HERANÇA ANCESTRAL – Um entusiasta das caminhadas de longo percurso, o engenheiro mecânico chileno Javier Durán, de 63 anos, luta pela recuperação dos Caminhos do Peabiru desde que se mudou para o Paraguai, há mais de 40 anos.

“Essa é uma excelente iniciativa apoiada tanto pelo Brasil quanto pelo Paraguai e é um caminho que temos que fazer juntos: governo, usuários da trilha e fornecedores de serviços, para recuperarmos este caminho que já era utilizado por nossos ancestrais. É um local para a prática da caminhada, que é um esporte incrível, aliado à história e a cultura dos povos que formaram essa região”, afirmou o trilheiro.

O PROJETO – O Governo do Paraná ficará responsável por toda a sinalização, pelos portais e também pela tecnologia a ser oferecida aos turistas, como aplicativos de celular. A expectativa é de que a iniciativa consiga aliar um importante indutor econômico para os municípios afetados ao mesmo tempo em que auxilia na preservação do meio ambiente.

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As rotas sinalizadas vão estimular a economia criativa, atrair turistas nacionais e internacionais, incrementar as redes de restaurantes, pousadas, hotéis, artesanato e o comércio local; estimular a saúde pelo contato com a natureza, jogos, caminhadas, cavalgadas, dentre outros eventos, inclusive, divulgação dos pratos típicos.

O projeto é coordenado pela Secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) e conta com a participação da Casa Civil, Instituto Água e Terra (IAT), Paraná Turismo, Paraná Projetos, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), Superintendência Geral do Esporte, Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, Secretaria da Comunicação Social e da Cultura, Secretaria de Infraestrutura e Logística e Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social.

O CAMINHO – O percurso histórico, criado pelos índios guaranis séculos antes do Descobrimento, integra a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade do governo federal e foi declarado Patrimônio de Natureza Cultural e Imaterial.

A trilha completa possuía cerca de três quatro mil quilômetros de extensão e passava também pelos estados de São Paulo, Santa Catarina, estendendo-se até Bolívia e Peru. Pouco mais de metade do trecho está dentro do Paraná, entre o Litoral até as cidades de Guaíra e Foz do Iguaçu.

Na década de 1970, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) identificaram cerca de 30 quilômetros remanescentes da trilha no estado, onde foram identificados sítios arqueológicos com vestígios das habitações utilizadas por indígenas que transitavam na região.

A participação dos povos indígenas, inclusive, tem sido um aspecto levado em consideração no planejamento do Governo do Estado, que prevê o possível uso de parte das estruturas turísticas a serem criadas a partir dos Caminhos do Peabiru pelas próprias comunidades indígenas paranaenses.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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