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Com participação do Paraná, estados vão promover missão internacional para atrair negócios

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Os estados das regiões Sul, Sudeste e o Mato Grosso do Sul vão organizar uma missão comercial internacional conjunta no segundo semestre de 2023 para atrair investimentos ao Brasil. O Brazilian Day, como será chamada a missão, vai unir governos e empresas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

A missão conjunta dos oitos estados foi a principal pauta do 1º Encontro das Agências de Atração de Investimentos em Curitiba nesta quarta (1º) e quinta-feira (2). O evento foi organizado pela Invest Paraná – órgão de prospecção e captação de novos negócios ligado à Secretaria estadual da Indústria, Comércio e Serviços (Seics) – junto com a Invest Minas.

“Temos que unir forças para tratar do Brasil, já que sozinha a andorinha não faz verão. Por isso é tão importante um encontro como esse para aprimorar a captação de investimentos em cada estado, sempre dentro da sustentabilidade, procurando investimentos que venham a agregar”, enfatizou o vice-governador do Paraná, Darci Piana, no primeiro dia do encontro, no Palácio Iguaçu.

“Aqui no Paraná conseguimos trazer R$ 183 bilhões de investimentos desde 2019, graças à aproximação cada vez maior do Governo com a iniciativa privada, que é uma demanda do governador Carlos Massa Ratinho Junior”, reforça o vice-governador.

A aproximação dos estados do Sul, Sudeste e o Mato Grosso do Sul na captação de investimentos também foi destacada pelo secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, no segundo dia do encontro, na sede do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

“Com a articulação desse encontro organizado pela Invest Paraná estabelecemos uma linguagem harmônica entre todos os promotores de investimentos para passar a mensagem lá fora de que o Brasil é uma grande oportunidade de negócios, com um grande mercado interno a ser explorado”, apontou

Ele destacou também a troca de informações entre as agências de investimento. “O ideal é que cada agência estadual de investimentos seja competitiva. Mas não precisa guardar para si o seu sucesso. O compartilhamento de informações desse encontro vai ser benéfico para que todos os participantes melhorem seus processos”, completou o secretário.

A missão internacional conjunta entre os oito estados foi a principal pauta aprovada no 1º Encontro das Agências de Captação de Investimentos. O objetivo, aponta o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, será mapear as necessidades do mercado externo com as particularidades da produção de cada estado participante da missão.

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“Temos que unir nossas forças quando vamos para fora do país porque lá somos uma única marca. Por isso temos que consolidar e fortalecer a marca Brasil. É isso o que estamos fazendo. Pegando as potencialidades de cada estado, o jeito de cada um captar negócios para levar para o Exterior”, afirmou.

É exatamente essa exposição conjunta que os estados vão buscar no Brazilian Day das agências estaduais de investimentos. “Vamos planejar um grande evento em um país que ainda vai ser escolhido. Será uma grande pauta com todos os estados do Sul, Sudeste mais o Mato Grosso do Sul para levar as empresas desses estados, seus governos e suas agências para captação conjunta de investimentos para o Brasil”, explicou Bekin.

O planejamento da missão internacional conjunta será feito nos dois próximos encontros das agências de investimento. Do evento organizado pela Invest Paraná nessa semana em Curitiba ficaram definidos mais dois encontros: em março, no Rio Grande do Sul, e no segundo semestre, em Minas Gerais.

TROCA DE INFORMAÇÕES – O encontro também selou a troca de experiências entre as agências na captação de investimentos em cada estado. Um dos destaques foi a apresentação da ferramenta City Match, com a qual a Invest Paraná faz o mapeamento de empresas que possam se instalar em regiões do Paraná apropriadas para sua área de atuação.

“É uma ferramenta que inclui inúmeros robôs, sempre de dados abertos, para o cruzamento de informações que facilitam nossa avaliação se a proposta é realmente boa, se existe sinergia no nosso Estado. A ideia da ferramenta é nos ajudar a obter o melhor resultado na instalação de uma empresa, de forma mais profissional possível”, explicou Bekin.

Um caso em que a ferramenta City Match foi decisiva para captação de investimentos ao Estado aconteceu na Renault. Recentemente a Invest Paraná procurou a montadora francesa, cujo parque industrial é em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para saber de onde a multinacional comprava os insumos que não eram produzidos no Estado.

“Descobrimos que cerca de 70% a 80% das peças da Renault que não eram produzidas aqui vinham da China e da Índia. A partir dessa informação, buscamos empresas chinesas e indianas desse setor que gostariam de se instalar aqui, fortalecendo a cadeia produtiva. Essa foi uma ideia que aplicamos antes da pandemia, mostrando que estávamos no caminho certo”, afirmou Bekin.

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A ferramenta usada na captação de negócios no Paraná foi elogiada pelas outras agências de investimentos no encontro. “Uma das experiências que trocamos foi sobre a ferramenta da Invest Paraná que conecta oportunidades com as cidades, o que é muito útil. Em Minas também temos uma ferramenta como essa. Mas hoje percebemos que a nossa é 1.0 e a do Paraná é 2.0. Essa troca de experiência vai servir para melhorar nossa ferramenta”, elogiou o presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

BRDE – O presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Wilson Bley Lipski, que participou do segundo dia do encontro, colocou o BRDE à disposição para ajudar os estados para que busquem apoio da instituição na captação de investimentos. “O BRDE quer ser parceiro estratégico das agências de investimento. Essa é a casa de criação e execução de políticas públicas para ajudar no desenvolvimento”, disse.

Ele apresentou um resumo das principais ações do banco e destacou o recorde histórico de 2022, quando o BRDE alcançou R$ 4,4 bilhões em investimentos na Região Sul, com 10.410 contratos.

“Participamos da vida de 95% dos municípios do Sul e com cerca de 9 mil clientes nos últimos três anos. Tínhamos uma média de R$ 2,6 bilhões desde 2019, foi um crescimento significante, principalmente porque agrega elementos adicionais, não só a entrega de crédito e o suporte de garantias. Isso nos posiciona como o maior banco de desenvolvimento do Sul”, refletiu.

Também foram apresentados outros números relevantes do BRDE, como taxa de inadimplência de 0,54% (de 90 dias), enquanto a média dos bancos chega até 4,2%, além do aumento de clientes ativos do banco, que está em 39 mil.

No tópico em que as agências de investimentos debateram as práticas de ESG na captação de negócios, Bley enfatizou que o BRDE se posiciona como um Banco Verde, com diretrizes que seguem a sustentabilidade e inovação, diálogo permanente com sociedade e participação de políticas públicas alinhadas com os governos estaduais.

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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