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Com participação do Estado, Mariópolis promove Festa da Uva no Sudoeste

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O apoio para que a fruticultura seja mais difundida e praticada no Paraná está entre os principais objetivos do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri). A participação do Estado em feiras que têm as frutas como estrelas é uma das formas de fortalecer e ampliar a cadeia.

Uma delas, a Festa da Uva de Mariópolis, no Sudoeste do Estado, que se estende até domingo (22), foi prestigiada pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que participou da abertura na noite desta sexta-feira (20), no Parque de Eventos Arnaldo Weiss.

“O Estado do Paraná é grande produtor de alimentos, tem um peso importante nas principais cadeias, mas ainda estamos devendo no setor de frutas, legumes, verduras e flores, mas principalmente em frutas”, disse Ortigara. “Ainda buscamos muita fruta fora do Paraná, e muitas que poderíamos estar produzindo aqui”.

Segundo ele, o Estado produz cerca de 50 mil toneladas de frutas. “Temos exemplos grandiosos no Brasil e, principalmente, na América do Sul, com Argentina e Chile. Mas nós também temos bom clima, por isso a gente pode crescer, e crescer muito”, disse.

PROGRAMAS – Além do apoio institucional com a presença do Estado em eventos, a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) lançou, em 2019, o Programa de Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis), que tem como objetivo incentivar a produção, agroindustrialização, reorganização da comercialização e desenvolvimento do turismo relacionado à uva e seus derivados. Também foi implantado um viveiro de material propagativo de videiras em Santa Tereza do Oeste, com capacidade para produzir 100 mil varas ao ano.

O programa já atendeu 31 convênios com prefeituras, garantindo apoio direto a grupos de produtores organizados no montante de R$ 5,3 milhões. Foram beneficiados diretamente 295 produtores familiares com mudas, materiais, corretivos, fertilizantes, conjuntos de irrigação e equipamentos para agroindústria da uva.

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Também com foco nos pequenos produtores, incluindo os fruticultores, o Programa de Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar (Coopera Paraná) atende projetos de cooperativas e associações da agricultura familiar interessadas em investir nas estruturas e fortalecimento dos negócios, particularmente a industrialização dos produtos agrícolas.

O Banco do Agricultor Paranaense igualmente tem uma das linhas de financiamento voltada para cadeias alimentares, entre elas a fruticultura e olericultura, com o Estado subsidiando parte dos juros.

“Temos que estimular a produção de frutas, legumes e verduras, e incentivar que as compras sejam feitas de produtores do próprio município, o que fortalece a produção local e gera densidade econômica muito grande”, completou Ortigara.

COOPERATIVA – Segundo o prefeito Mário Paulek, a produção de uva tem importância fundamental para o município. “Envolve agricultores familiares que têm nessa cultura uma fonte de renda não alternativa, mas que em muitos casos já é a principal na propriedade”, disse.

A área de uva está em expansão e, segundo o Departamento de Agricultura do município, são cultivados 74 hectares entre frutas viníferas e de mesa. As variedades mais presentes são bordô e niágara branca e rosada, mas também há BRS, isis, núbia, vitória e vênus.

A Cooperativa Vinícola São Francisco de Sales (Coopersales) é a principal entidade que congrega vitivinicultores da região. São cerca de 50 produtores, que devem contribuir para que a produção de uva no município alcance 1,3 milhão de quilos na atual safra.

A cooperativa foi agraciada com recursos de dois editais do Coopera Paraná. No primeiro, de 2019, foram liberados cerca de R$ 396 mil, que possibilitaram a melhoria na qualidade da produção anual de 80 mil litros de vinho. No segundo, foram destinados quase R$ 404 mil para a ampliação da fábrica de sucos.

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Os produtores de uva do município, de forma geral, também foram beneficiados pelo Revitis. O Estado liberou cerca de R$ 750 mil do programa para Mariópolis. Estão sendo beneficiadas 34 famílias com infraestrutura e mudas para iniciar ou renovar os parreirais. De acordo com o Valor Bruto da Produção (VBP), elaborado pela Seab, o faturamento do setor foi de R$ 4.087.000,00 em 2021.

O cultivo de parreirais e o hábito da fabricação de vinhos coloniais chegaram à cidade na década de 40, com colonizadores italianos oriundos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A Festa da Uva foi agregada à comemoração do padroeiro de Mariópolis, São Francisco de Sales, em 1991.

Em 2019, como proposta de turismo rural, foi criado o Caminhos da Uva, um passeio pelas comunidades de Nossa Senhora do Carmo e São Pedro.

PRESENÇAS – Além do secretário, prestigiaram o evento o presidente em exercício da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Manoel Luiz de Azevedo; o gerente de Cadeias Produtivas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná), Hernani Alves; o chefe do Departamento de Florestas Plantadas da Seab, Brenno Menezes de Campos; a chefe do Núcleo Regional da Seab em Pato Branco, Leunira Viganó Tesser; o gerente regional da Adapar, Pedro Castro Tondo; a gerente regional do IDR-Paraná, Rosane Dal Piva Bragato; e o técnico do Departamento de Economia Rural, Ivano Carniel; entre outras autoridades.

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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