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Com garantia da alimentação, educação e renda, Estado amplia ações em comunidades indígenas

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Educação básica e superior, apoio direto, integração, atendimento social e cultura amplificada. O Paraná entra em 2023 com um amplo leque de políticas públicas voltadas aos indígenas, a exemplo da inauguração da ampliação do Colégio Estadual Indígena Cacique Gregório Kaekchot, em Manoel Ribas, que contou com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior.

As ações garantem suporte financeiro a indígenas em situação de vulnerabilidade social, em parceria com prefeituras, Funai e entidades do terceiro setor, e oportunidades incalculáveis na vida daqueles que se dedicam aos estudos, como a chance de seguir carreira em alguma profissão concorrida.

Uma das mais emblemáticas é justamente o aumento no atendimento na educação. Com novas turmas, o Paraná terá 6,5 mil alunos indígenas matriculados em 2023, e para dar conta da demanda as escolas receberam novos equipamentos e os professores ampliaram a formação bilíngue.

Na agricultura vem outro exemplo, com o Compra Direta, criado em 2020, garantindo a aquisição de produtos de 34 pequenos agricultores familiares por parte do Estado, além de 5,5 mil famílias beneficiadas, na outra ponta do programa, com o recebimento regular de alimentos de qualidade, limitando a quase zero o risco da fome. 

Essas políticas também passam pela participação da sociedade via Conselho Estadual de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Estado do Paraná, que tem atuado há dez anos para colaborar com as dezenas de comunidades indígenas espalhadas em 41 municípios do território estadual.

EDUCAÇÃO, DO COMEÇO AO FIM – Durante os últimos anos, a educação escolar indígena da rede estadual de ensino teve aumento nas etapas de escolarização em cinco de suas 39 instituições, com implantação de turmas nos anos finais do ensino fundamental em três escolas: Cacique Tudja Nhanderu, em Santa Amélia, e Nimboeaty M. Awa Tirope, em Abatiá, no ano de 2020, e Kuaray Guata Porã (Guaraqueçaba), em 2021. Neste ano, mais duas escolas vão receber turmas do ensino médio: Kuaa Mbo’ E, em Diamante D’Oeste, e Arandu Miri, em Inácio Martins.

A ampliação de etapas de ensino cumpre metas do Plano Estadual de Educação e reduz o número de indígenas que precisam se deslocar de suas comunidades para a cidade, garantindo o direito à educação bilíngue, intercultural e específica nas suas comunidades. Com isso, os poucos mais de 5 mil estudantes nessas instituições em 2019 passaram agora para cerca de 6,5 mil.

Em 2022 a Secretaria de Estado da Educação (Seed) retomou e concluiu o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental na Modalidade Normal Bilíngue Kaingang/Guarani – Aproveitamento de Estudos, que havia sido interrompido em 2020 devido à pandemia. 

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O objetivo é formar professores para atuarem como professores alfabetizadores nas disciplinas de Língua Kaingang e Guarani, garantindo dessa forma o ensino bilíngue, especificidade das escolas indígenas. A última etapa foi realizada mesclando um regime de internato no Centro Estadual de Educação Profissional de Manoel Ribas, na região central do Estado, com atividades desenvolvidas nas comunidades onde os indígenas vivem e lecionam. Nesta etapa, 26 indígenas da etnia Guarani e 36 da etnia Kaingang se formaram. 

As 39 escolas indígenas do Estado também foram contempladas com entrega de novos computadores, notebooks e kits de robótica cada liberados nesta semana pela Seed. Ao todo, o investimento nas unidades indígenas com estes equipamentos é de quase R$ 2 milhões.

No ano passado, os colégios indígenas também receberam os Educatrons, kits compostos por televisores smart de 43 polegadas, computadores, webcams, microfones, teclados com mouse pad e pedestais para serem usado nas salas de aula, com um investimento de R$ 1,1 milhão. Os equipamentos permitem que os estudantes indígenas tenham acesso as plataformas estaduais, como a Redação Paraná e a Inglês Paraná, além das atividades de programação. 

Os colégios indígenas do Paraná também têm um grande diferencial em relação aos demais estados. O Estado oferece a melhor infraestrutura básica de escola indígena do Brasil. Todas as escolas têm energia elétrica e todas são abastecidas por água encanada o poço artesiano. De acordo com dados do Censo Escolar de 2021, o Brasil tem 3.466 escolas indígenas. Dessas, 30% não têm energia e 63% não têm água potável.

Na sequência do ensino básico o Estado desenvolve há duas décadas uma política pública essencial para essas comunidades, o Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná. Atualmente, são ofertadas 52 vagas em cursos regulares de graduação em universidades estaduais e na UFPR por meio de processo seletivo exclusivo, inclusive respeitando as particularidades das culturas ancestrais. 

Atualmente, 291 estudantes indígenas estão matriculados nas sete instituições estaduais. Desde 2001, quando o vestibular exclusivo se tornou política pública de Estado por lei, 195 indígenas concluíram os cursos de graduação no Paraná. Destes, 92 se formaram nos últimos quatro anos. 

Depois de matriculados, os universitários indígenas recebem um auxílio de R$ 1.125 para acompanhamento e, durante o período que estiverem na universidade, mais R$ 1.125 como auxílio permanência, com um acréscimo de 50% do valor para quem tem filho, totalizando R$ 1.687,50.

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Outra conquista para entrar para a história dos povos indígenas do Paraná aconteceu no final do ano passado. 22 estudantes das etnias caiagangue, guarani, guarani mbya e xetá colaram grau na primeira formatura do curso de Pedagogia Indígena da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A diplomação foi, também, a primeira de um curso de graduação desenvolvido em uma terra demarcada na história do Estado. Ela foi realizada na comunidade de Rio das Cobras, no interior de Nova Laranjeiras (Centro-Sul do Estado).

AGRICULTURA – Dois importantes programas sob a coordenação da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento têm garantido a segurança alimentar das aldeias: o Programa Leite das Crianças (PLC) e o Compra Direta Paraná. Em ambos os casos, houve ampliação do público atendido entre os indígenas nos últimos anos. 

O PLC atua como uma rede de proteção alimentar mínima, com distribuição diária e gratuita de um litro de leite integral enriquecido com vitaminas A e D, ferro e zinco para crianças de 6 a 36 meses em famílias com alta vulnerabilidade social. Em 2022, o programa atendeu 1.602 são indígenas, uma alta de 43% em relação à 2019, quando 1.115 recebiam o complemento alimentar.

Com a oferta regular do leite pasteurizado e enriquecido às crianças em insegurança alimentar, é possível garantir o aporte de nutrientes essenciais ao desenvolvimento e crescimento, manter peso e altura ideal para a idade, melhorar imunidade, prevenir a desnutrição, a anemia, entre outros. Conforme avaliação da Secretaria da Saúde (Sesa), 91% das crianças atendidas pelo PLC apresentam peso adequado para a idade, comprovando a efetividade do programa.

Criado de maneira emergencial na pandemia, o Compra Direta Paraná se tornou uma política permanente de Estado que visa promover o acesso à alimentação saudável pela população em situação de insegurança alimentar. Além de beneficiar a população mais vulnerável, também beneficia pequenos agricultores responsáveis pela produção e abastecimento de grande variedade dos alimentos que compõem a cesta básica da população. 

No âmbito do Compra Direta Paraná, a população indígena está sendo beneficiada nas duas pontas. Iniciado em 2020, o programa ampliou de 4.072 para cerca 5.500 famílias indígenas atendidas com cestas básicas da agricultura familiar. Outras 34 famílias obtêm renda com a produção e fornecimento dos alimentos para o programa. 

INDÍGENAS

Foto: SEED-PR

CULTURA – Os programas emergenciais criados pelo Estado durante a crise sanitária também contemplaram os povos tradicionais, em um reconhecimento das dificuldades dessa população e da importância delas constituição histórico-cultural do Paraná. Em quatro anos, foram destinados quase R$ 5 milhões para artistas e artesãos indígenas do Paraná. 

Na parte da qualificação cultural, o Paraná criou um abrangente programa de bolsas remuneradas para diversas modalidades culturais. Representantes de Povos e Comunidades Tradicionais foram 9,3% dos contemplados no Programa Bolsa Qualificação Cultural, o que foi facilitado pela visita de técnicos estaduais às comunidades indígenas de todo o Estado. 

No total, 1.126 artistas e artesãos indígenas receberam a Bolsa Qualificação no Estado do Paraná e receberam o repasse de aproximadamente R$ 3,4 milhões. Além do benefício financeiro, eles receberam qualificações para participar dos editais públicos de incentivo à cultura, podendo acessar recursos de fomento, divulgação e valorização da cultura indígena 

O Museu Paranaense (MUPA), que possui um amplo acervo de registros etnográficos do Paraná, tornou-se ao longo da gestão um difusor da arte indígena contemporânea, estabelecendo a conexão entre presente e passado.

Em 2022, o MUPA promoveu uma chamada aberta voltada à seleção de estudantes indígenas universitários para atuarem como bolsistas no museu. Os selecionados focaram em atividades de pesquisa, curadoria e consultoria para uma nova exposição que abrirá em breve, abordando temáticas da cultura indígena, e receberam uma bolsa mensal no valor de R$ 800.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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