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Com apoio do Estado, startup cria marketplace para conectar produtores artesanais e clientes

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Fundada em 2020, a startup Arte do Campo, de Curitiba, tem como propósito desenvolver uma plataforma que permita aos produtores artesanais entrar no mercado digital e oferecer seus produtos diretamente aos consumidores. Vindos de raízes rurais, os três amigos Douglas Sinigaglia, Ricardo Rossi e Oto Moreira começaram a idealizar o projeto durante a pandemia, quando o comércio precisou se reinventar.

A plataforma é um marketplace gratuito, sem necessidade de pagamento de mensalidade por parte dos produtores, no qual eles podem criar uma loja virtual, cadastrar produtos, inserir fotos e descrições. Para se tornar um parceiro, os produtores interessados precisam cumprir uma série de exigências legais e ter as devidas certificações para comercializar insumos artesanais.

Além de fazer a conexão entre agricultores e consumidores, a plataforma Arte do Campo tem como objetivo impulsionar a renda dos produtores, fomentar atividades agrícolas sustentáveis e contribuir para que eles tenham melhores perspectivas de desenvolvimento e viabilidade econômica, impedindo-os de abandonar as atividades artesanais e incentivando a inserção das novas gerações no trabalho artesanal.

Visando a ampliação da base de produtores beneficiados, a Arte no Campo se inscreveu no Paraná Anjo Inovador, programa de incentivo à startups paranaenses da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital. Em dois meses atuando com o suporte dos recursos do programa, a startup dobrou o número de parceiros, saltando de 15 para 30 cadastrados na plataforma. A meta é chegar a pelo menos 50 parceiros, mas a expectativa é que seja possível alcançar mais de 100 até o final do ano.

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“Começamos a pensar em uma forma para que eles tivessem acesso ao comércio digital, que hoje está disseminado em todos os setores, mas ainda era é pouco utilizado pelos pequenos produtores”, comenta Ricardo Rossi. “Uma das características essenciais desse setor é o trabalho em família. Então sempre destacamos o quão importante é a produção artesanal para a renda e viabilidade econômica de muitas famílias. Em muitos casos, são famílias que possuem propriedades pequenas, em que a atividade convencional da agricultura em geral não traz viabilidade”.

No momento, a plataforma conta com aproximadamente 150 produtos cadastrados, distribuídos em 15 categorias, como cafés, queijos, conservas, geleias, salames, sucos, entre outras.

“Participar do Paraná Anjo Inovador representa uma oportunidade sem precedentes na trajetória da Arte do Campo, uma vez que o recurso vai possibilitar que façamos um upgrade na plataforma, com melhorias de layout e usabilidade, além de termos possibilidade de viajar visitando produtores e participando de feiras voltadas ao setor. Com isso, mais produtores poderão ser beneficiados, com inclusão no mercado digital e agregação de valor à produção artesanal”, destaca Oto Moreira.

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ANJO INOVADOR – As startups selecionadas no programa Paraná Anjo Inovador começaram a receber neste ano o subsídio do edital. Lançado em agosto de 2023, o programa selecionou 68 iniciativas paranaenses enquadradas por lei como startups para o desenvolvimento de produtos, serviços e processos inovadores nas áreas de saúde, educação, agricultura e gestão pública. Cada uma vai receber até R$ 250 mil para alavancar ideias.

Outras iniciativas apoiadas são a startup Hyla Biotech, que visa criar um dispositivo capaz de detectar o câncer de mama de forma mais rápida, pouco invasiva e com baixo custo, e a no.wasTee, que criou um método de produção de camisetas, com foco no aproveitamento quase total de matéria-prima.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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