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Com apoio do Estado, startup avança na criação de kit para diagnóstico de câncer de mama

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Aprovada no primeiro edital do programa Paraná Anjo Inovador, do Governo do Estado, a startup curitibana Hyla Biotech trabalha no desenvolvimento de um dispositivo capaz de detectar o câncer de mama de forma mais rápida, pouco invasiva e com baixo custo.

A ideia surgiu em 2019, quando a bióloga curitibana, aluna de doutorado da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Maria Luiza Ferreira dos Santos, e seu orientador, Leonardo Foti, começaram a investigar por que, mesmo com tantas pesquisas e terapias avançadas em relação ao câncer de mama, muitas mulheres ainda morrem da doença. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2021 o Brasil registrou mais de 18 mil óbitos pela doença, sendo o tipo de câncer com mais incidência em mulheres. Dos casos registrados, 41% deles só foram descobertos quando já estavam em estágios avançados.

O produto consiste em um kit de diagnóstico por meio de um biossensor que identifica a presença ou ausência de um tumor em até 30 minutos, sendo necessário apenas uma amostra do sangue do paciente. A ideia é de que ele seja utilizado ainda na fase de rastreio e triagem da doença, nos primeiros atendimentos em hospitais e unidades básicas, e que após a confirmação do câncer a paciente seja encaminhada a fazer exames mais aprofundados e inicie o tratamento.

Maria Luiza enfatiza o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), que executa o Programa Paraná Inovador. Ela afirma que o programa desempenhou um papel crucial na evolução da startup não apenas com o suporte financeiro, mas também com orientação estratégica que ajudou a melhorar a estruturação do projeto. “O apoio do programa foi fundamental para posicionar a Hyla no caminho certo para inovação e com impacto no setor da saúde. Estamos conseguindo desenvolver e validar nosso biossensor, construir uma equipe especializada e estabelecer parcerias importantes para realizar os testes clínicos”.

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Em março de 2024, a Hyla Biotech estava em fase de validação analítica e buscando fazer parcerias para iniciar os testes de eficácia do produto. (). Sete meses depois, a startup teve avanços significativos no desenvolvimento do kit de diagnóstico.

Um deles foi a aprovação no programa Catalisa ICT do Sebrae, uma iniciativa que busca transformar pesquisas acadêmicas em negócios inovadores, e a convocação para participar do Deep Tech Summit 2024, evento que acontece em novembro e reúne as startups mais inovadoras do Brasil, onde a Hyla também concorre ao prêmio de “Startup do Ano”.

Avanço importante para a empresa foi a expansão da equipe, com a entrada de duas especialistas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e uma especialista em Garantia da Qualidade. As novas contratações são importantes para atender os requisitos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), garantindo que o produto siga para aprovação e comercialização no mercado brasileiro em breve.

AVANÇOS – A Hyla Biotech conseguiu finalizar a submissão do projeto no Comitê de Ética do Instituto Fernandes Figueira (IFF), que irá fornecer amostras de sangue de pacientes submetidas a rastreamento de câncer de mama por mamografia para a realização dos testes. A expectativa é que o projeto seja aprovado até dezembro e que as amostras comecem a ser enviadas ao laboratório no início de 2025.

Maria Luiza conta que a startup também conseguiu realizar uma parceria com o Hospital Nossa Senhora da Conceição (GHC), o maior complexo hospitalar público do sul do Brasil, localizado no Rio Grande do Sul. “Essa colaboração vai nos permitir validar o teste em pacientes reais, ainda que para uso restrito de pesquisa, e também vamos poder avaliar o custo-efetividade e microcusteio, que são essenciais para demonstrar a viabilidade econômica do nosso produto no mercado.”

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A startup também está no processo de internacionalização da marca por meio da análise de prospecção de mercado em Portugal. A ideia é que a empresa consiga se inserir no mercado europeu e consiga garantir a aprovação do produto em agências regulatórias europeias.

ANJO INOVADOR – É o maior programa do Brasil de incentivo financeiro destinado às startups. As empresas selecionadas em editais recebem aporte até R$ 250 mil para alavancar os projetos inovadores.

Em 2023, o primeiro edital contemplou 68 startups, que estão desenvolvendo soluções em diversas áreas, como educação, saúde, agricultura e sustentabilidade.

No primeiro semestre de 2024, a SEI abriu o segundo edital do Paraná Anjo Inovador, visando selecionar até 80 projetos inovadores nas áreas de Cidades Inteligentes, Esportes, Inovação Social, Educação Inclusiva, Apoio à Inovação para Micro e Pequenas Empresas, Combate às Mudanças Climáticas, Segurança Alimentar e Agricultura Sustentável.

Ao todo, foram 545 soluções inscritas, quase o triplo de inscrições em comparação ao edital anterior. O programa mostrou ter um grande impacto no desenvolvimento do empreendedorismo paranaense, já que das 469 empresas inscritas na segunda edição, 101 foram abertas entre a data de publicação e a data final de submissão de projetos.

A divulgação do resultado final das startups selecionadas será em 06 de dezembro, na página do programa

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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