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Com apoio do Estado, empresa cria tecnologia que rastreia trajetória das roupas

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Para avançar contra a pirataria de roupas, a empresa R-Inove Soluções Têxteis, com sede em Maringá, no Noroeste do Estado, criou um equipamento que imprime um código binário no fio antes dele se tornar uma malha ou um tecido. A tecnologia é uma das propostas aprovadas na segunda edição do Programa de Subvenção Econômica de Apoio à Inovação e ao Desenvolvimento Tecnológico em Empresas – Tecnova Paraná, da Fundação Araucária e Finep, que incentiva ideias inovadoras.

Esse código permite mapear o histórico do produto, desde a origem da matéria-prima até a etapa produtiva. Ele é inserido no fio por uma tecnologia desenvolvida pela própria empresa. A leitura pode ser feita com QR Code (em peças novas, o código fica na etiqueta) ou por meio de um aplicativo, que permite identificar, com luz ultravioleta, a existência do código em peças usadas. Os testes feitos até o momento mostram que há permanência do código sobre o artigo têxtil, mesmo com uso prolongado ou lavagem. A proposta recebeu R$ 259 mil do Tecnova.

Segundo a engenheira têxtil Micheline Maia Teixeira, da R-Inove, apesar de ser um grande gerador de emprego e renda, o setor têxtil ainda tem grandes desafios. “O setor tem dificuldade de separar o verdadeiro do falso, o reaproveitamento das sobras têxteis jogadas em aterros sanitários, a mão de obra justa daquela que é escrava ou infantil. Quem está lá na loja comprando não sabe a origem do produto e por quais mãos passou. É esse conceito que queremos mudar”, explica.

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“Por isso a importância do código no tecido. Se fosse uma marca d’água na malha, poderíamos perder a rastreabilidade, além da facilidade de cópia. Com o código do tecido temos segurança em todo o processo”, complementa.

Segundo ela, participar do Tecnova II foi um divisor de águas. “Sem os recursos do programa não teríamos conseguido chegar onde chegamos. Hoje temos um aplicativo robusto já na loja da Play Store e que está sendo implementado na Apple Store”, acrescenta Micheline.

Outro ponto que atesta a perenidade da ideia é o teste do código no segmento de produtos técnicos, que fornecem tecidos para a fabricação de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O processo para que o produto esteja em conformidade para proteger o trabalhador da linha de frente, como os que atuam em linhas energizadas ou em plataformas de petróleo, tem alto custo, o que exige controle contra a falsificação.

“Essa é uma linha de produtos em que o acabamento têxtil é muito agressivo. São quase 10 horas de tingimento, depois a mesma quantidade de horas para acabamentos específicos para que ele se torne um tecido antichamas ou anti-arco elétrico. E nós conseguimos implementar dentro do fio têxtil desta linha de produtos o código binário e ele conseguiu chegar ao final intacto”, explica Micheline.

A tecnologia também já começou a ser usada no mercado comum. Há 17 anos no mercado, a Brand Têxtil, de São Paulo, foi a primeira indústria têxtil a ter um tecido em viscose rastreável em todas as etapas. “Essa inovação só foi possível por conta da nossa parceria com a R-Inove. Não existe nada semelhante com essa tecnologia no mercado, o que nos deixou bem empolgados, agregando valor ao nosso produto e demonstrando, mais uma vez, a transparência em nossos processos”, ressaltou Bruna Vianna, responsável pela área de sustentabilidade e exportação da marca.

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TECNOVA – O Tecnova Paraná tem como foco estimular e promover a inovação tecnológica em microempresas e empresas de pequeno porte no Estado. Surgiu da união de esforços para promover e incentivar a inovação tecnológica em áreas estratégicas, por meio de mecanismos de cooperação entre o setor público, privado e as instituições de pesquisa e desenvolvimento.

Ele é resultado de uma parceria do Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, com a Finep, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Foram investidos R$ 9,5 milhões no programa para 25 projetos de inovação tecnológica. A terceira edição deve ser lançada pela Fundação Araucária no final de 2023.

“O Tecnova faz parte do Programa Startup Life, iniciado em 2019, e é mais um esforço no sentido de apoiar nossas startups no momento inicial de sua composição, que costuma ser crítico. Entendemos que o sucesso de uma startup resulta em criação de riqueza e bem-estar para nossa população”, afirmou o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária Luiz Márcio Spinosa.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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