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Com apoio do Estado, Cascavel sediará o 2º Congresso de Agricultura de Baixo Carbono

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A programação desta quarta-feira (07) do 36º Show Rural Coopavel, em Cascavel, contou com o lançamento do 2º Congresso Paranaense de Agricultura de Baixo Carbono, que vai acontecer de 27 a 29 de agosto de 2024, no mesmo espaço. O evento é uma promoção da Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel (Areac), da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (FEAPR) e da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). 

O evento marca a mobilização de profissionais, entidades do setor e poder público no incentivo e disseminação de práticas ambientalmente sustentáveis no campo. “Os tempos foram evoluindo, e construímos hoje um modelo de agricultura mais resolutiva, mais eficiente para enfrentar os desafios”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. 

Ele citou o Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Plano ABC+ Paraná), contribuição do Estado ao plano do Governo Federal, que estabelece desafios a serem vencidos até 2030. “São 10 práticas altamente recomendadas para a continuidade do sucesso da nossa agricultura. Como é compromisso, precisamos colocar esforço técnico para cumprir nossa obrigação, já que temos uma das melhores agriculturas do Brasil, e também porque é bom para o negócio”, completou.

Para o secretário, há uma tendência de a agricultura se voltar ao natural, ao biológico. “ A combinação eficiente de várias coisas é que pode potencializar ainda mais o nosso desempenho, a qualidade da produção. Como estado, somos associados a essas ideias, com nosso time de assistência técnica, pesquisa, para fazer um belo evento que discuta essa temática”, afirmou.

A parceria para aplicar essas ferramentas envolve poder público, empresas, produtores e engenheiros agrônomos, segundo elencou o presidente da Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel (Areac), Fernando Pereira. “A baixa emissão de carbono na agricultura é o tema do momento. A ideia é unir forças com nossos grandes parceiros, para que possamos trazer os principais conhecedores do assunto. Temos inúmeras possibilidades nessa cadeia e pesquisas sobre captura de carbono na agricultura”, disse.

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DESAFIOS – O Plano ABC+ Paraná foi elaborado com a participação de várias entidades públicas e privadas. Os desafios propostos até 2030 levam em conta o histórico da produção agrícola e silvícola do Estado e a situação atual de cada atividade, além do potencial de contribuição em relação à mitigação de gases de efeito estufa.

“Foi um plano construído a várias mãos, com entidades, universidades, iniciativa privada, mais de 23 instituições envolvidas e outras querendo participar. Juntos, conseguiremos capitalizar essas ações para descarbonização de algumas cadeias no Paraná”, disse o coordenador do Grupo Gestor Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono ABC+ e diretor do Departamento de Florestas Plantadas (Deflop) da Seab, Breno Menezes de Campos. 

O Estado está se propondo a recuperar 350 mil hectares de pastagens degradadas, qualificar o uso de Sistema de Plantio Direto de Grãos em 400 mil hectares e ampliar em quatro mil hectares o uso do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças. A tecnologia de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta também deve ser estendida para mais 500 mil hectares.

Em Sistemas Agroflorestais, a ampliação será em 30 mil hectares, enquanto as florestas plantadas deverão ocupar mais 220 mil hectares. O Plano também privilegia o uso de bioinsumos em 430 mil hectares e de sistemas de irrigação em 48 mil hectares, além da ampliação em 78,9 milhões de metros cúbicos do Manejo de Resíduos de Produção Animal. O Estado assume, ainda, o compromisso de aumentar em 60 mil cabeças o número de bovinos terminados de forma intensiva e aproveitar 78,9 milhões de metros cúbicos de dejetos para a produção de biogás/biometano.

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O documento também orienta para o fortalecimento de programas estaduais que já estão em andamento, como o RenovaPR (transformação energética do campo), Paraná Mais Verde (plantio de novas mudas), Prosolo Paraná (mitigação dos processos erosivos do solo e da degradação dos cursos d’água) e a Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada, que tem como meta a expansão da pesquisa e a integração da academia aos novos processos produtivos sustentáveis.

CARTILHA – No mesmo evento, a Seab lançou uma cartilha explicativa sobre o Plano ABC+. O material resume as metas do Plano, os programas do Sistema Estadual de Agricultura que ajudam a atender essas metas e informações sobre como os produtores podem buscar informações para aplicá-las em sua propriedade. A versão impressa também será distribuída em eventos do setor e em nas regionais da Seab nos próximos meses.

PRESENÇAS – Também participaram do evento a diretora de Pesquisa do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar- Emater (IDR-Paraná), Vânia Cirino; o diretor de Integração Institucional do IDR-Paraná, Rafael Fuentes; o gerente regional do IDR-Paraná, José Lindomir Pezenti; a chefe do núcleo regional da Seab em Irati, Adriana Baumel; além de servidores do Sistema Estadual de Agricultura.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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