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Com apoio de voluntários e helicóptero, IAT retira 58 hectares de pinus do Guartelá

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O Instituto Água e Terra (IAT) executou uma ação pioneira de remoção de espécies exóticas e invasoras no Estado no fim de semana. Com o uso do helicóptero exclusivo do órgão ambiental, a equipe do IAT retirou no sábado (31) a planta pinus de uma área total de 30 hectares em encostas próximas do Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi, nos Campos Gerais – o local que também coincide com a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de Itaytyba. Depois, no domingo (1°), o grupo também removeu a planta por terra em uma área de 28 hectares ao sul da Unidade de Conservação (UC), no setor conhecido como Coroa.

O helicóptero foi usado para levar a equipe para uma seção de difícil acesso no meio do cânion do Guartelá. A área, chamada de Campo Alto da Itaytyba, é uma formação rodeada por grandes desníveis escarpados de terreno, podendo ser descrita como “ilha” alta de cerca de 150 hectares. Com o auxílio da aeronave, os técnicos puderam descer de rapel de uma seção mais alta do cânion para retirar a espécie da região.

As ações de remoção do pinus na UC seguem um cronograma específico estabelecido pelo Instituto e contaram com o apoio de um grupo de 17 voluntários, entre técnicos do escritório regional de Ponta Grossa do IAT, integrantes da Iniciativa Campos Gerais e escaladores especializados fornecidos pela empresa Rumo Logística.

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“O pinus é uma planta que altera a paisagem e prejudica o desenvolvimento de espécies nativas, algo que vai na contramão do propósito da Unidade de Conservação. Por isso é muito gratificante poder contar com o apoio desse grupo de voluntários para colaborar com a proteção da natureza”, disse o técnico do IAT responsável pelo Parque Estadual do Guartelá, Juarez Baskoski.

ESPÉCIES EXÓTICAS – Para que uma planta seja considerada exótica e invasora como o pinus, ela precisa se criar e se adaptar fora da sua área de distribuição natural e, sem a intervenção humana, ter a capacidade de sobreviver e proliferar, avançando sobre espécies locais e ameaçando habitats naturais. De acordo com o Programa do Estado do Paraná para Espécies Exóticas Invasoras, desenvolvido pelo IAT, essa invasão biológica é considerada a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo – a primeira em ilhas e Unidades de Conservação.

Além do Guartelá, o projeto de controle da proliferação de espécies exóticas acontece também em outras quatro UCs: os parques estaduais do Cerrado (entre Jaguariaíva e Sengés), Vale do Codó (Jaguariaíva), Vila Velha (Ponta Grossa) e na Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara.

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PINUS – O pinus é uma espécie de pinheiro da América do Norte, inserido no Brasil há mais de um século para fins ornamentais. Porém, desde 1960, é cultivado em larga escala comercial como matéria-prima em indústrias de madeira, laminados, resina, celulose e papel, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do País.

A dificuldade do controle do pinus se dá pela anatomia das sementes. Elas são leves e possuem um formato que favorece a aerodinâmica para voarem até oito quilômetros de distância da chamada árvore-mãe. Essa dispersão, quando descontrolada, é prejudicial, pois os galhos que caem da árvore, parecidos com um capim, sufocam e impedem a proliferação da vegetação nativa.

GUARTELÁ – O Parque Estadual do Guartelá, conhecido também como Cânion Guartelá, possui o 6º maior cânion do planeta em extensão, o Cânion do Rio Iapó. O espaço de 798,97 hectares tem como objetivo assegurar a preservação dos ecossistemas típicos da região, em especial as pinturas rupestres que podem ser visualizadas através da trilha guiada. Há na área ainda atrações como a cachoeira da Ponte de Pedra, com aproximadamente 180 metros de altura, e o Córrego Pedregulho, que forma cascatas e “banheiras” naturais.

Fonte: Governo PR

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PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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