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Com apoio da Secretaria de Estado da Cultura, exposição e peça lembram Odelair Rodrigues

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Está em cartaz no Café do Teatro, no Centro de Curitiba, a exposição “É Ser Odelair”, que homenageia a atriz paranaense Odelair Rodrigues. A exposição, que tem apoio da Secretaria de Estado da Cultura, integra as comemorações dos 330 anos de Curitiba e ficará em cartaz até 10 de abril, no segundo piso do espaço.

Produzida pela Cia Ká de Teatro, a mostra resgata a história da primeira atriz preta paranaense a fazer carreira na televisão e nos palcos. Odelair começou cedo, no grupo de teatro do Colégio Estadual do Paraná, construiu uma carreira sólida e ganhou muitos prêmios por suas interpretações.

Para a secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, a exposição é fundamental para a memória da nossa cultura. “Odelair Rodrigues é uma das figuras centrais das nossas artes cênicas, abriu tantas portas, emocionou tantas plateias e espectadores com o seu talento. A atriz ajudou a colocar o Paraná no cenário nacional das artes cênicas”, afirmou.

Ao lado de outro paranaense, o ator Ary Fontoura, Odelair brilhou nos palcos e nas telas da TV. Na década de 1960 ela interpretou a comovente Mamãe Dolores, na novela “Direito de Nascer”, produzida pela TV Paraná Canal 6. Odelair também ficou conhecida por estrelar e cantar no comercial do Café Damasco, cujo jingle, cantado por ela, ainda ecoa na memória de quem viveu os anos 1980.

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A exposição conta com fotos originais, documentos, cartazes e até roteiros da atriz. A pesquisa e a curadoria foram feitas pelo diretor de teatro Kelvin Millarch.

“Parte da história do teatro no Paraná, Odelair Rodrigues foi uma atriz que rompeu barreiras por sua cor de pele, pelo status social e pelas escolhas profissionais. Expor esse acervo teatral e a biografia dessa mulher se torna um dever social e cultural, é especial”, explica o diretor.

ESPETÁCULO – Como parte do resgate da história dessa grande personagem da cultura paranaense, será apresentado na mostra Fringe do Festival de Curitiba o espetáculo “Odelair: Uma Peça Teatral”. Em formato de metateatro, a montagem da Cia Ká de Teatro conta com momentos marcantes e inéditos sobre a trajetória de Odelair. Quem assina a direção é Kelvin Millarch, acompanhado pela assistente de direção Amanda Soares.

TRAJETÓRIA – Odelair Rodrigues nasceu em Curitiba, no dia 27 de janeiro de 1935. Foi registrada em cartório quase cinco meses depois, no dia 14 de junho. Aos sete anos, quando era aluna do Grupo Escolar Xavier da Silva, uma professora entrou em sala e perguntou se alguém sabia dançar, cantar, declamar, sapatear ou outra atividade artística. Odelair levantou a mão, decidida, e cantou um sucesso da época, “Vatapá”, de Dorival Caymmi. Foi imediatamente aprovada para sua primeira aparição no palco, lugar que ela nunca abandonou.

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Em 1952 passou a integrar o grupo de Teatro Experimental do Colégio Estadual do Paraná. Ajudou a fundar o Teatro de Bolso, localizado na Praça Rui Barbosa, e foi integrante do Teatro de Comédia do Paraná. Ganhou diversas premiações durante a vida, casou, mudou-se para o Rio de Janeiro e retornou a Curitiba. Odelair Rodrigues morreu no dia 1º de julho de 2003. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Água Verde, na capital paranaense.

Serviço:

Exposição “É Ser Odelair”

Data: até 10 de abril

Entrada gratuita

Café do Teatro – Rua XV de Novembro, 1037, Centro

Segunda a sexta, das 11h30 às 14h e das 18h até o último cliente

Espetáculo “Odelair: Uma Peça Teatral”

Festival de Curitiba – Fringe 2023

Data: 8 de abril, 16h e 20h.

Local: Espaço Excêntrico Mauro Zanatta (Rua Lamenha Lins, 1.429, Rebouças)

Classificação: Livre.

Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (meia)

Pelo site www.festivaldecuritiba.com.br e no Shopping Mueller (Piso L3).

Fonte: Governo do Paraná

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PARANÁ

Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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