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Colégio Agrícola de Palotina lidera projeto que já recuperou mais de 260 nascentes na região

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O “Projeto Educação Ambiental – Recuperação de Nascentes”, que conta com a colaboração de 90 alunos do Colégio Agrícola Estadual Adroaldo Augusto Colombo, da zona rural de Palotina, no Oeste do Estado, está transformando a paisagem da região. Ao unir educação, meio ambiente e responsabilidade social, a iniciativa, que surgiu há quase dez anos, é responsável pela recuperação de 265 nascentes, além da proteção de diversos mananciais da região de Palotina. 

O trabalho surgiu como solução para uma demanda antiga dos agricultores da cidade: a falta de água de qualidade para o plantio. Idealizado pela Itaipu Binacional, com o apoio da Prefeitura de Palotina, o projeto propõe – por parte da própria idealizadora – a inclusão dos estudantes como oportunidade de aproximar a escola das necessidades reais da comunidade, ao mesmo tempo em que promove o aprendizado prático. 

O convite foi feito com o intuito de enriquecer a formação dos alunos, que agora atuam diretamente na execução do projeto, aplicando em campo os conhecimentos adquiridos nas disciplinas de geografia, estudo do solo, infraestrutura rural, legislação ambiental e agronegócio.

Sob a orientação de técnicos da prefeitura, os estudantes são responsáveis pelo levantamento dos materiais necessários (geralmente PVC, cascalho, cimento e areia), agendamento com os proprietários da região e mão de obra. 

“A participação dos alunos tem sido essencial para o andamento do projeto. Eles não apenas contribuem diretamente com as melhorias nas propriedades rurais, mas também vivenciam, na prática, o que aprendem em sala de aula. É uma troca que beneficia tanto a comunidade quanto a formação dos estudantes”, destaca o técnico agrícola e ambiental da Itaipu Binacional, Nivaldo Antônio Domingos.

MÃO NA MASSA – Funcionando de maneira integrada, a ação é financiada pela Itaipu Binacional, enquanto o município, por meio dos técnicos agrícolas, identifica os pontos de nascentes. Na sequência, ocorrem visitas técnicas e operações de pré-limpeza. Então, os alunos entram em ação.

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Com materiais fornecidos pelos proprietários das áreas beneficiadas e contando com transporte e alimentação por parte do município, a cada semana, as turmas saem a campo com a missão de transformar pequenos espaços em fontes renovadas de vida para a produção rural da região. 

Equipados com as ferramentas e guiados por professores e técnicos, eles participam de todas as etapas da recuperação das nascentes: desde a escavação e limpeza dos terrenos até a instalação dos materiais para proteção e canalização das águas. 

“Esse projeto é uma oportunidade única para os nossos alunos. É quando o conhecimento técnico ganha vida fora da sala de aula. Eles aprendem na prática, atuam junto à comunidade e ainda contribuem para a preservação ambiental”, afirma o diretor do Colégio Agrícola, Gelso Dalla Costa. 

Para os estudantes, a vivência vai além do conteúdo técnico. A execução das atividades em campo promove laços, desenvolve habilidades e desperta um novo olhar sobre o papel do profissional agrícola. “Além do conhecimento que me proporcionou sobre preservação, cuidado e importância das nossas águas, também me ajudou a conhecer melhor meus colegas, fazer mais amizades e conhecer novos lugares e ideias”, conta Caio Cesar Rizzo, 17 anos, aluno do 3° ano. 

Dariane Amanda Schmidt de Oliveira, 16 anos, também do 3° ano, reforça: “Durante todo o meu período até o momento no Colégio Agrícola, a recuperação de nascentes foi a vivência mais divertida e cheia de conhecimento que eu participei. Desde a identificação da nascente até a recuperação dela, são experiências inimagináveis para quem nunca teve a oportunidade de conhecer e participar desse projeto”.

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IMPACTO SOCIAL – Por meio da recuperação das nascentes e garantia do acesso a água de qualidade, a iniciativa tem promovido melhorias diretas na qualidade de vida dos moradores e produtores locais.

“Recuperar nascentes é fundamental para garantir o abastecimento contínuo de água limpa, recurso vital para as lavouras e para a própria sobrevivência das comunidades rurais. Ao restaurar esses pontos de captação, assegura-se não apenas o aumento da quantidade de água disponível, mas também a sua qualidade, uma vez que nascentes bem conservadas filtram naturalmente impurezas e mantêm o equilíbrio dos ecossistemas locais”, explica o diretor da escola.

“É gratificante ver nossos alunos engajados em ações tão importantes, que fortalecem a agricultura familiar e contribuem para a segurança hídrica do nosso Estado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Além dos ganhos ambientais, esse projeto ressalta o papel social da escola e de seus estudantes, porque promove o desenvolvimento de cidadãos engajados com a realidade local e comprometidos com a sustentabilidade”.

DESTAQUE NA EXPO PALOTINA 2025 – Assim como em edições anteriores, a Expo Palotina deste ano, que será entre os dias 15 e 18 de maio, contará com a exposição de uma maquete demonstrativa do programa de recuperação de nascentes.

Ao apresentar de forma didática como funciona o processo de preservação e revitalização das nascentes, a iniciativa contribui para sensibilizar o público sobre a importância da proteção dos recursos hídricos, fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas e para o abastecimento das comunidades. A ação reforça o papel da educação ambiental como ferramenta transformadora e estimula o engajamento da sociedade em práticas mais responsáveis com o meio ambiente.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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