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Audiência pública apresenta detalhes da licitação do transporte da RMC

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A Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) promoveu nesta quarta-feira (27) uma audiência pública para apresentar e debater o projeto da licitação do transporte público da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Reunindo representantes dos municípios, empresas, entidades de classe e usuários, a audiência é a última etapa externa antes da licitação, prevista para ocorrer ainda neste ano na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo.

No encontro, no Canal da Música, em Curitiba, foram apresentados os estudos que baseiam o edital de licitação, elaborados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A concessão do transporte metropolitano é inédita no Paraná e busca regulamentar e trazer a segurança jurídica necessária à gestão dos ônibus que operam na Rede Integrada de Transportes da Região Metropolitana (RIT).

“Estamos debatendo com a população todo o contexto que envolve o arcabouço da licitação do transporte metropolitano que será feita nos próximos meses. É a oportunidade de ouvir quem acompanha o dia a dia do sistema e quer dar suas contribuições”, explicou o diretor-presidente da Amep, Gilson Santos.

“Foi feito todo um estudo preliminar, com pesquisa origem-destino, atualizações do custo tarifário e de operação, quantificação do número de linhas e de veículos necessários, a divisão dos lotes entre os municípios, que resulta num modelagem econômica financeira que vai servir de base para o edital e foi apresentada hoje aqui”, afirmou.

As contribuições da audiência pública, que também foi transmitida online, e da consulta pública realizada no final do ano passado serão avaliadas pela Amep e podem ser incluídas no edital final. Os documentos ainda vão passar por análise e validação da Agência Reguladora do Paraná (Agepar), Secretaria da Fazenda e Procuradoria-Geral do Estado, para então ser lançada a licitação.

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O edital deve ser dividido em quatro lotes, incluindo em cada um as cidades polo e os municípios de menor porte, para que o processo seja atrativo, competitivo e igualitário. As empresas que apresentarem a proposta mais vantajosa ao Estado, ou seja, com menor custo por quilômetro rodado, vão arrematar os contratos por 12 anos. 

MODERNIZAÇÕES – Com o transporte de 50,1 milhões de passageiros anualmente, o sistema de transporte público metropolitano abrange atualmente 19 municípios, na ligação com Curitiba. Um dos diferenciais da nova licitação é a inclusão de todos os 28 municípios da RMC.

O novo modelo também prevê ônibus mais novos, com uma idade média da frota de seis anos, sistema de bilhetagem eletrônica e operação com créditos virtuais, Wi-Fi e sistema de segurança. O objetivo é ampliar de capacidade do sistema, mantendo o nível de qualidade do serviço de transporte público de passageiros

O processo dará, ainda, mais segurança jurídica e operacional à integração metropolitana, garantindo uma concorrência abrangente e transparente. O novo modelo também resolve um passivo histórico na operação porque, apesar de a Rede Integrada de Transporte ter sido implementada em 1996, nunca houve um processo licitatório para a contratação das empresas e para organizar as operações.

“Estamos na reta final de um processo muito importante para modernizar um sistema que já funciona bem, entrega o serviço para a população, mas que até hoje não é regulamentado. Agora o Estado caminha para, efetivamente, ter essa regulamentação”, ressalta Santos. “Vamos ampliar o número de municípios atendidos, mantendo a integração com Curitiba, e trazendo também uma frota mais nova e várias inovações”.

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A configuração atual do transporte metropolitano abrange 229 linhas para atender os 19 municípios, com uma frota de 967 veículos e 16 terminais distribuídos pela RMC. O novo modelo, abrangendo 29 municípios, deve contar com 138 linhas intermunicipais, 835 veículos e novos terminais metropolitanos. 

As linhas urbanas, que atualmente estão sob responsabilidade da Amep, deverão ser operacionalizadas pelos próprios municípios, como prevê a Constituição, que terão um período de transição para se adequar ao sistema.

LOTES – Atualmente, o sistema abrange as cidades de Colombo, Pinhais, Araucária, Fazenda Rio Grande, Almirante Tamandaré, Piraquara, São José dos Pinhais, Campo Largo, Campina Grande do Sul, Rio Branco do Sul, Campo Magro, Itaperuçu, Quatro Barras, Contenda, Quintandinha, Mandirituba, Bocaiúva do Sul, Balsa Nova e Agudos do Sul.

Com a nova concessão, serão incluídos ainda Cerro Azul, Doutor Ulysses, Adrianópolis, Tunas do Paraná, Tijucas do Sul, Agudos do Sul, Campo do Tenente, Lapa, Piên e Rio Negro, municípios localizados mais ao Norte ou ao Sul de Curitiba.

A licitação deve ocorrer em quatro lotes, sendo que o primeiro abrange Almirante Tamandaré, Balsa Nova, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu e Rio Branco do Sul. O lote 2 atende Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Colombo, Quatro Barras e Tunas do Paraná.

No lote 3 estão incluídos Tijucas do Sul, Piraquara, Pinhais e São José dos Pinhais. Já o lote 4 abrange Agudos do Sul, Araucária, Campo do Tenente, Contenda, Fazenda Rio Grande, Lapa, Mandirituba, Piên, Rio Negro e Quitandinha.

Fonte: Governo PR

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Multa por crimes ambientais cresce 24% no Paraná entre janeiro e novembro de 2024

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O Governo do Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), aplicou R$ 229 milhões em multas por desmatamento ilegal e outros crimes ambientais no Paraná até novembro deste ano, um aumento de 24,96% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 183 milhões). Desse total, R$ 124 milhões (54,15%) foram em razão de danos causados à flora, especialmente à Mata Atlântica. Os dados são do Sistema de Informações Ambientais (SIA) do IAT, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

O levantamento revela ainda que este ano foram lavrados 8.977 Autos de Infração Ambiental (AIA) por ilegalidades ambientais – que são ações ou omissões que prejudicam o meio ambiente e os recursos naturais, de forma direta ou indireta. O número de 2024 representa elevação de 26% frente a 2023 (7.124 AIAs). Desse total, 4.783 referentes à flora.

O valor recolhido pelo Estado com as infrações é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000.

Engenheira florestal do Núcleo da Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT, Aline Canetti destaca que o aumento do volume de multas reforça a eficácia do trabalho desenvolvido pelo IAT no combate ao desmatamento criminoso no Estado – a queda na supressão florestal foi superior a 70% em 2023.

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“As operações de força-tarefa que o IAT realiza mostram claramente para a população que os crimes ambientais não ficam impunes. A tecnologia, como o uso de imagens satélite, nos permite mapear danos ambientais, mesmo que eles tenham ocorrido há anos, e isso garante que os autores sejam responsabilizados”, afirma. “Com a intensificação da fiscalização e das iniciativas de educação ambiental, o Paraná conseguiu reduzir o desmatamento em quase 80%, o que já é um resultado bem expressivo”.

Paralelamente, segundo levantamento organizado pelo IAT com base em dados de 2021 da plataforma colaborativa MapBiomas, especializada em meio ambiente, o Paraná teve um aumento significativo de cobertura florestal natural nos últimos anos. Passou de 54.856 km² em 2017 para 55.061 km² em 2022, uma diferença de 205 km², o equivalente a uma área de 20,5 mil campos de futebol.

O Paraná foi o único estado do Sul do País com aumento de cobertura vegetal no período. Santa Catarina reduziu a vegetação de 40,4 mil km² para 39,6 mil km² de 2017 a 2021. Já no Rio Grande do Sul passou de 27,9 mil km² para 27,7 mil km² no mesmo período. Em Santa Catarina houve um declínio constante da área verde desde 1985, com aumento entre 2010 e 2015, mesma realidade do Rio Grande do Sul, que observou uma pequena mudança de cenário entre 2012 e 2018.

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COMO AJUDAR – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora e a fauna silvestres. Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente). O responsável também pode responder a processo por crime ambiental.

O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão.

No IAT, a denúncia deve ser registrada junto ao serviço de Ouvidoria, disponível no Fale Conosco, ou nos escritórios regionais. É importante informar a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem realizar o atendimento.

Fonte: Governo PR

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