NOVA AURORA

PARANÁ

Atendimentos a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida batem recorde no Verão Maior

Publicado em

O projeto Praia Acessível, desenvolvido pelo Governo do Paraná por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família e da Sanepar, apresentou os resultados finais da temporada do Verão Maior Paraná. Ao todo foram realizados 385 atendimentos em municípios do litoral paranaense.

Esse foi o maior resultado dos últimos anos. Em 2016/2017 foram 57 atendimentos, em 2017/2018, 220, e em 2018/2019, 384, o maior até então. No verão seguinte foram 298 e logo em seguida veio a pandemia da Covid-19, com apenas 102 atendimentos nos dois anos subsequentes.

O projeto esteve presente em seis pontos de acessos distribuídos nos municípios de Matinhos (2 locais), Guaratuba e Pontal do Paraná (3 locais). A cadeira anfíbia tem rodas especiais que permitem o deslocamento na areia e no mar. Elas possuem cinto de segurança regulável, encosto, assento, apoio cervical para a cabeça e apoio para os pés em tecido emborrachado, removível e lavável. São flutuantes e confeccionadas em material leve, resistente e inoxidável.

“No período mais rígido da pandemia não foram realizadas ações do projeto, devido às restrições, mas vimos nesta temporada o quanto as pessoas procuram o serviço, e desta forma, já estamos nos programando para melhorar as cadeiras para a próxima temporada de verão”, contou o secretário Rogério Carboni, do Desenvolvimento Social e Família. 

Segundo a agente de educação socioambiental da Sanepar, Roselis de Oliveira Presznhuk, este verão foi muito especial. “Marcamos a retomada das atividades no Litoral com números excelentes. Essa parceria com a Sedef é muito importante e muito produtiva para que possamos incluir todas as pessoas em momentos de lazer e bem-estar”, destacou. 

Leia Também:  PMPR reforça preparo do efetivo para enfrentamento do chamado "novo cangaço"

São dezenas de histórias emocionantes entre as pessoas que utilizaram o serviço. Maria Dolores, de 92 anos, que há 10 anos não entrava no mar, quebrou o gelo nessa temporada em Ipanema. O filho, Emerson Luiz de Souza, relata que foi algo muito especial rever a mãe aproveitando a praia por completo.

“Quando chegamos na praia, falamos com uma família que possui pessoa com mobilidade reduzida e eles nos indicaram a utilização da cadeira. Os atendentes foram até nós, nos explicaram como era o serviço, colocaram a mãe na cadeira e a levaram. Para nós foi muito emocionante vê-la curtindo esses momentos com a família. Aproveitamos muito esses dias e até a minha irmã, que tem prótese na perna, curtiu também”, contou. 

Luan Souza Fernandes, 31 anos, de Telêmaco Borba, foi à praia de Shangri-lá com a mãe, Marli Souza Fernandes. Ela conta que essa foi a melhor experiência que já tiveram. “As pessoas que nos atenderam foram muito prestativas e atenciosas. Já fomos outras vezes à praia, mas não tinham as cadeiras, e dessa vez o Luan aproveitou muito, se divertiu e o principal, tudo com segurança”, elogiou.

NOVIDADE DESTE ANO – A disponibilização de cadeiras anfíbias já ocorreu em anos anteriores, possibilitando essa inclusão social de pessoas com mobilidade reduzida. Porém, nesta edição, o atendimento foi feito por especialistas nas áreas de fisioterapia e educação física, com ênfase em ações para a pessoa com deficiência. Além disso, mais de 300 pessoas que atuaram nas ações do Verão Maior Paraná receberam capacitação na área, bem como uma palestra sobre a importância da luta pela acessibilidade.

Leia Também:  Novo recorde! Conab estima safra 2022/23 em 313,9 milhões de toneladas

De acordo com Andréia Carla Rosa, 41 anos, professora de Educação Física que atuou na Praia de Leste, em Pontal do Paraná, a experiência foi inigualável. “Pra mim foi a melhor coisa que aconteceu neste ano. Uma experiência muito emocionante, as pessoas confiaram em nós e isso foi muito importante. Foi gratificante saber que proporcionei momentos felizes e ver o sorriso de cada um foi muito legal”, relatou.

TEMPORADA 2023/2024 – Pensando em ampliar e aperfeiçoar o serviço na próxima temporada (2023/2024) foi iniciada uma pesquisa de satisfação e avaliações para o desenvolvimento de um novo equipamento, que melhorará ainda mais o atendimento a esse público. A iniciativa é do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef), em parceria com a Fundação Araucária, por meio do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Tecnologia Assistiva, e o Laboratório de Ergonomia e Usabilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

ILHA DO MEL – O Estado executa projeto similar na Ilha do Mel. Os equipamentos são fornecidos pelo Instituto Água e Terra (IAT) e estão disponíveis aos interessados durante o ano inteiro, mediante reserva. Há quatro cadeiras disponíveis, sendo duas na Praia de Encantadas e duas em Nova Brasília.

Fonte: Governo do Paraná

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

Published

on

By

O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

Leia Também:  Ceasa Paraná chega aos 50 anos gerando cerca de 70 mil empregos diretos e indiretos

A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

Leia Também:  PCPR e PMPR prendem em flagrante três pessoas por tráfico de drogas em Laranjeiras do Sul

“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA