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Artista indígena Gustavo Caboco lança livros no MUPA e apresenta performance e curtas

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Na próxima quarta-feira (14), o artista visual Gustavo Caboco estará de volta ao Museu Paranaense (MUPA) para o lançamento de seus dois livros: “Baaraz Kau’Apan” e “Recado do Bendegó: conversas com a pedra”. O público poderá acompanhar, também, a exibição de dois curtas e uma fala-performance chamada “Coma Colonial”, apresentada pelo próprio artista. O evento começa às 19h30 e terá entrada gratuita.

“Baaraz Kau’Apan” significa “campo em chamas”, em língua Wapichana. Caboco questiona, a partir dessa publicação, “que campos são esses que continuam em chamas, pensando a presença indígena, a nossa historiografia, as nossas produções de conhecimento e a nossa subjetividade?”.  Para ele, “as chamas-chamados nos convocam a pensar para além da ideia da tradição-museu e a busca com essas publicações é contribuir no processo de demarcação das subjetividades indígenas”.

“Recado do Bendegó: conversas com a pedra” é um registro ilustrado de conversas com o meteorito do Bendegó, que atualmente está no acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, mas que veio do sertão baiano, nas proximidades do Monte Santo.

Os dois livros foram criados pelo artista durante o processo de um ateliê em deslocamento e fizeram parte da instalação “Kanau’Kyba”, apresentada por Caboco e pela família Wapichana (Lucilene Wapichana, Roseane Cadete, Wanderson Wapichana e Emanuel Wapichana) na 34ª Bienal de São Paulo, em 2021.

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CURTAS E PERFORMANCE – Na mesma noite do lançamento dos livros, o artista apresentará ao público dois de seus filmes, em formato curta-metragem, que acompanham os processos de realização das publicações: o ensaio “Recado do Bendegó” e a animação “Kanau’Kyba”.

Haverá ainda a apresentação da fala-performance “Coma Colonial”. Trata-se de um diálogo com um sono profundo da história Wapichana, da história indígena brasileira, dos apagamentos. Que histórias sobre território, fronteiras e as diásporas dos povos indígenas em contexto de deslocamento atravessam o tempo presente?

SOBRE O ARTISTA – Gustavo Caboco é nascido em “Curitiba, Roraima (1989)”, como ele se apresenta, já que a mãe nasceu no estado do Norte do Brasil e veio para a capital paranaense. Artista visual Wapichana, trabalha na rede Paraná-Roraima e nos caminhos de retorno à terra. Sua produção com desenho-documento, pintura, texto, bordado, animação e performance propõe maneiras de refletir sobre os deslocamentos dos corpos indígenas e sobre a produção e as retomadas da memória. Dedica-se também à pesquisa autônoma em acervos museológicos para contribuir na luta dos povos indígenas.

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Foi vencedor do Concurso FNLIJ Tamoios de Textos de Escritores Indígenas (2018) com o texto “Semente de Caboco”; participou da exposição “Vaivém” no CCBB (São Paulo, 2019) e da exposição “Véxoa – nós sabemos” na Pinacoteca (São Paulo, 2020). É vencedor do 3º Prêmio seLecT de Arte e Educação (2020).

Em 2021, integrou a 34º Bienal de São Paulo e a exposição “Moquém Surarï” no MAM (São Paulo). Junto com Denilson Baniwa e equipe do Museu Paranaense, coordenou o projeto Retomada da Imagem entre 2021 e 2022. Realizou a performance “encontro di-fuso” na Universidade de Manchester durante o “Festival of Latin American Anti-Racist and Decolonial Art” (2022). Foi convidado para o 32⁰ programa de exposições do CCSP com “Coma Colonial” (2022) e fez sua primeira exposição individual, chamada “ouvir àterra”, na Millan. (São Paulo, 2022).

SERVIÇO

Lançamento das publicações de Gustavo Caboco + apresentação dos curtas-metragens + performance “Coma Colonial”.

Data: quarta-feira, 14 de dezembro
Horas: 19h30
Entrada gratuita, sujeito à lotação. Lugares liberados por ordem de chegada.
Local: Museu Paranaense
Rua Kellers, 289, São Francisco – Curitiba

Fonte: Governo do Paraná

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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