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Ambulâncias mais modernas do Brasil garantem padrão de qualidade do Siate no Paraná

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Mais espaço para vítimas e socorristas, equipamentos mais modernos e uma comunicação mais eficiente com os hospitais estão entre as características que tornam a nova frota de ambulâncias do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) do Paraná a mais moderna do Brasil. Ao todo, o Estado adquiriu 60 novos veículos neste modelo, o que equivale a mais de 63% das 95 ambulâncias ativas do serviço, que é vinculado ao Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) e gerido de forma compartilhada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e os municípios.

As ambulâncias foram adquiridas via licitação a um custo unitário de R$ 498 mil, totalizando R$ 29,8 milhões para a renovação da maior parte da frota. Os veículos foram entregues em lotes entre 3 de julho de 2023 e 3 de junho de 2024, quando as últimas 15 unidades foram entregues pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior junto com outros veículos do Corpo de Bombeiros. Do remanescente da frota ativa, 31 fazem parte de um pacote de ambulâncias comprado em 2022 e outras quatro de um lote de 2019.

De acordo com o coordenador estadual do Siate, major Marcos Galeazzi, a aquisição das ambulâncias faz parte de um processo de melhoria contínua do serviço e que foi possível após um amplo diálogo com os socorristas. Alguns consultados estão presentes quase desde a fundação formal do serviço no Paraná, há 34 anos, e têm ampla experiência na linha de frente dos primeiros socorros a milhares de vítimas de acidentes de trânsito, quedas, desabamentos, soterramentos, ferimentos por arma e queimaduras, entre outras ocorrências.

“Para chegarmos ao Termo de Referência contendo as condições específicas para essa nova ambulância questionamos estes profissionais sobre aspectos como altura, tração do motor, sistema de ar-condicionado, comunicação entre os socorristas e motoristas”, disse Galeazzi.

Com o tempo, a equipe responsável analisou as demandas mais comuns e a sua viabilidade técnica para chegar no documento final da licitação. “Isso nos trouxe um arcabouço de melhorias a serem acrescentadas ao documento, o que fez com que as novas ambulâncias adquiridas se tornassem as mais modernas em operação no Brasil. Isso fez com que outros oito estados já nos procurassem para usar o nosso Termo de Referência como base para suas licitações”, acrescentou o coordenador estadual do Siate.

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MAIS CAPACIDADE – Um dos principais diferenciais dos novos modelos é a possibilidade de transporte simultâneo de até duas vítimas dentro das condições ideias de suporte, que contam com macas e aparelhos de oxigênio individuais. A característica é crucial nas rotinas do Siate, em que o tempo para atendimento é um fator determinante nas chances de sobrevivência e na mitigação de eventuais sequelas em decorrência dos acidentes.

As melhorias incluem também um sistema de ar-condicionado elétrico independente entre a cabine e o espaço de atendimento, o que garante mais conforto e eficiência ao veículo, e macas de poliéster, que são mais leves que as tradicionais de madeira e facilitam a higienização e esterilização dos equipamentos. A central elétrica também é independente, o que evita curtos-circuitos e minimiza a perda de energia.

COMUNICAÇÃO MAIS ÁGIL – Outra melhoria que afeta diretamente o atendimento é o uso de rádios digitais, o que permite a transmissão de dados em tempo real sobre as vítimas pelo Siate e as unidades hospitalares. A modernização do sistema de comunicação é reflexo de uma articulação conjunta entre o Corpo de Bombeiros e a Secretaria da Saúde (Sesa).

“O socorrista consegue enviar o prontuário eletrônico em tempo real para o responsável da unidade hospitalar que vai receber o paciente em uma rede que cobre todo o Paraná, inclusive com a existência de mais antenas repetidoras em algumas regiões para garantir um sinal de qualidade e que não caia”, explicou Galeazzi.

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“Como eles sabem com mais exatidão o estado da vítima ela não precisa passar por uma nova triagem no hospital porque já sabem como está o monitoramento cardíaco, a pressão arterial, já podem solicitar os exames e encaminhamentos necessários para o atendimento mais rápido possível”, acrescentou o coordenador estadual do Siate.

PADRÃO DE QUALIDADE – A conclusão da renovação da frota de ambulâncias marca mais uma etapa no esforço de aprimoramento do Siate no Paraná. Desde 2019, o Corpo de Bombeiros iniciou um trabalho para estabelecer padrões de qualidade de excelência à população, com procedimentos que devem ser seguidos por todos os profissionais.

A estratégia integrada começou com o estabelecimento de uma capacitação padrão aos socorristas de todo o Estado homologada pela Escola de Saúde Pública do Paraná. Com isso, todos os profissionais que já atuavam no Siate passaram por novos treinamentos, enquanto outros 600 que vão ingressar no serviço – 120 por ano – já passam pelo mesmo processo de qualificação.

O material utiliza como base é o PHTLS (sigla em inglês para PreHospital Trauma Life Support ou Atendimento Pré-Hospitalar ao Trauma na tradução oficial). O programa de treinamento é internacionalmente reconhecido por melhorar a qualidade do atendimento ao paciente traumático, reduzindo as taxas de mortalidade e morbidade.

“O Siate é um Serviço de 34 anos, então estamos focados em aprimorar aquilo que dá certo. As novas ambulâncias são a conclusão desta etapa de aprimoramento, mas continuaremos a buscar novas melhorias nas próximas licitações para que o Siate continue a ser uma referência para a população paranaense”, garantiu o coordenador.

Fonte: Governo PR

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Transfusão de sangue imediata no local do acidente salvou vida de criança de 5 anos

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Primeira paciente pediátrica do Paraná a receber transfusão de sangue no próprio local do acidente, a menina Maria Laura Ferraz, 5 anos, vai receber alta nesta quinta-feira (26), após 14 dias internada no Hospital Universitário de Maringá, 12 deles na UTI. Ela vai reencontrar a mãe, Luciana, de 36 anos, que também ficou internada sete dias na UTI do mesmo hospital e recebeu alta na última quinta-feira (19).

Ambas voltavam de uma consulta médica da menina na cidade de Carlópolis, no dia 12 de dezembro, quando o veículo da prefeitura de Jabuti em que estavam se envolveu em um acidente grave com outro veículo na BR-153, perto de Ibaiti, que vitimou duas pessoas. Dois helicópteros, além de uma ambulância por terra, foram acionados para resgatar as vítimas. Com lesões graves no intestino, fígado e baço, Maria Laura não podia esperar: necessitava de uma transfusão de sangue imediata para ter condições de chegar ao hospital. O que foi feito na aeronave e a salvou.

“Esse equipamento de transfusão de sangue no próprio local fez toda a diferença para minha filha. Não fosse isso, minha família teria um Natal com muita tristeza, chorando a perda da nossa filha. Posso dizer sem dúvida nenhuma que minha filha nasceu de volta graças a esse equipamento”, comemora o pai da menina, o gerente de supermercado Josilei Ferraz, de 40 anos.

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O resgate de Maria Laura foi feito pela equipe do doutor Maurício Lemos, coordenador médico da operação aeromédica de Maringá. Ele lembra que quando chegou ao local do acidente, o batimento cardíaco de Maria Laura estava muito acelerado pela perda de sangue na região da barriga. “Até então, eu não havia transfundido nenhuma criança no local do acidente, apenas adultos. Mas ali não tinha escolha. Ou eu fazia a transfusão de sangue, ou a menina ia morrer pela gravidade em que ela se encontrava”, ressalta o médico, que visitou Maria Laura no hospital nesta quarta-feira (25) de Natal.  “Foi emocionante visitar essa menina, porque eu a vi morrendo e agora ela está pronta para voltar para casa graças ao procedimento que fizemos naquele momento exato”, relata Lemos.

Desde que o sistema foi implantado, a base de Maringá havia realizado 42 transfusões de sangue na aeronave que opera o sistema. Nenhuma, até então, em criança. “Naquele momento, avaliei todos os critérios técnicos e ela tinha condições de passar pelo procedimento. Tanto que quando passei o sangue ela já começou a estabilizar, o que permitiu que chegássemos até o hospital onde ela foi atendida”, explica Lemos.  

A diretora estadual da Rede de Atenção às Urgências, Giovana Fratin, enfatiza que a hemotransfusão maciça – como é chamado o processo – melhora a condição do paciente até a chegada ao hospital de referência. Portanto, é muitas vezes a diferença entre a vida e a morte do paciente. “São muitas ações dentro de uma estratégia de atenção à saúde, realizada pelo governo do Paraná, entre elas esse caso da hemotransfusão no pré-hospitalar”, aponta.

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SERVIÇO AEROMÉDICO – O atendimento aeromédico do Paraná é reconhecido nacionalmente. Operado pelo Sistema Estadual de Regulação de Urgência, cobre todo o estado com cinco bases estratégicas localizadas em Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

Além de atender vítimas de trauma, o serviço realiza transporte de órgãos para transplantes, sendo uma peça-chave no sistema de saúde estadual.

A base de Maringá também se destaca por ser a primeira do Paraná a empregar hemotransfusão em vítimas graves diretamente na cena de trauma.

Até novembro, o serviço aeromédico do Paraná havia atendido 3.292 pacientes no ano de 2024. Em 2023, o estado registrou um recorde histórico, com 4.003 atendimentos. Além de resgates e transferências, esses números incluem o transporte de órgãos, reforçando o papel essencial do serviço na saúde pública.

“Sob a liderança do governador Ratinho Junior, estamos alcançando marcas históricas na rede de cuidado em urgência e emergência do Paraná. Há dois anos, esse esforço nos levou a atingir a cobertura total do território paranaense pelo Samu. Esse resultado assegura um atendimento ágil e eficiente, reforçando nosso compromisso com a missão de salvar vidas”, destaca o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto.

Fonte: Governo PR

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