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Alunas e professoras da rede estadual levam suas ideias ao programa Futuras Cientistas

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Duas professoras e 17 alunas da rede estadual do Paraná participaram de imersões em pesquisas dentro do programa Futuras Cientistas, do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) — unidade vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O programa abriu 150 vagas para professoras e 320 vagas para alunas que estivessem cursando o 2º ano do ensino médio em 2022 em escolas de redes públicas estaduais de todo o Brasil. 

As alunas foram selecionadas pelas notas nas disciplinas de Química, Física, Matemática, Biologia e Português. Já as professoras foram classificadas de acordo com seu currículo, a partir de informações como perfil acadêmico e atividades de docência e pesquisa.

Ao se inscrever, as candidatas precisaram escolher entre os projetos de pesquisa submetidos ao programa por laboratórios de universidades de seus estados – cada projeto tinha um número limitado de vagas. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) submeteu cinco projetos, com os quais as alunas paranaenses puderam acompanhar e aprofundar conhecimento.

As atividades de pesquisa das estudantes paranaenses foram desenvolvidas na UFPR, de forma presencial e online, ao lado de professores e estudantes das universidade. Elas receberam bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e apresentaram o relatório final do trabalho no dia 30 de janeiro, em evento online.

As participantes ingressaram em cinco projetos: “A química do mel: Perfil químico e isotópico”, “Criação de sessão de planetário: As contribuições femininas na Astronomia”, “Pesquisa no setor aeroespacial”, “Detecção do agroquímico glifosato: análise química e colorimétrica” e “Hidrogéis para conservação e restauro”.

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AGROTÓXICOS – Duas estudantes do Colégio Estadual Zilda Arns Neumann, em São José dos Pinhais, participaram do mesmo projeto na UFPR: Mabili Assumpção Lima (17) e Kawane Alves Pires (16) aprenderam a utilizar um método científico para determinar a presença do agrotóxico glifosato em alimentos e no meio ambiente.

Kawane, que pretende se formar na área da saúde, conta que aprendeu muito durante o programa. “Com certeza o meu interesse pela ciência só aumentou, pois o projeto me proporcionou contato com profissionais extremamente competentes, extraordinários. Eles me demonstraram como é praticar a ciência fora de sala de aula”, comenta.

Mabili também aprovou a experiência e conta que se emocionou ao conhecer a UFPR. “O projeto me ajudou a querer saber sobre o futuro, sobre nosso mundo, porque tem coisas que a gente não conhece e que a gente precisa saber”, diz. “Participar desse projeto é algo que acho que muitas garotas necessitam porque o mundo precisa de futuras cientistas. Espero que muitas participem no próximo ano”.

Quem orientou as estudantes foi Elisa Orth, professora do Departamento de Química da UFPR. Ao lado de outra docente e de alunos do doutorado, ela guiou as “futuras cientistas” nas atividades em laboratório. “Elas ficaram fascinadas. Não faziam ideia de como era a rotina de laboratório e entenderam o funcionamento rapidamente”, conta a professora, que as descreve como “muito participativas e empolgadas”.

A QUÍMICA DO MEL – Leticia de Moura Santiago (18), que também estuda no Colégio Estadual Zilda Arns Neumann, participou de outro projeto, aprendendo a identificar adulteração no mel durante atividades no laboratório de ressonância magnética nuclear da UFPR.

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“Eu sempre fui interessada pela ciência, mas nunca havia gostado tanto de química como gostei participando desse projeto”, diz a estudante, que pretende seguir carreira nas áreas de biologia e veterinária.

Para ela, a experiência foi especialmente positiva porque conheceu uma universidade, trabalhou em um laboratório e adquiriu mais conhecimento para as aulas de química do 3º ano do ensino médio. “A professora do colégio disse que vai levar alguma coisa sobre os assuntos que eu estudei, até porque ela nunca tinha visto uma aluna ter esse tipo de conhecimento”, relata.

FOGUETES – Marlene Salete Koch Lins foi uma das docentes da rede participantes do Futuras Cientistas. Ela escolheu um projeto no campus de Palotina da UFPR, que consiste no planejamento, programação e lançamento de foguetes. Professora nos colégios estaduais Professora Luiza Ross e Euzébio da Mota, em Curitiba, Marlene leciona biologia na rede estadual há 24 anos.

“Ver a alegria nos olhos dos adolescentes com esses projetos é muito gratificante. Quando trabalhamos com projetos, eles se envolvem bastante, eles veem perspectiva”, diz Marlene. Além das atividades práticas, ela e as demais alunas participantes tiveram também oficinas de programação e robótica.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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