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Alimentos: chuvas e desaceleração de safra refletem no índice de preços do Ipardes

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O Índice de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas), calculado mensalmente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Social e Econômico (Ipardes), apresentou, em outubro, uma elevação de 0,03%. A variação se deve a vários fatores, entre eles o impacto das chuvas e a desaceleração de safra. 

No mês anterior, houve recuo do índice no Paraná de -0,8%, antecedido por variações de -1,11%, -1% e -1,45% em junho, quando as quedas tiveram início.

Dos seis municípios cujos dados compõem o índice, o aumento mais relevante visto em outubro foi de 0,39% em Curitiba. Na sequência, de 0,30% em Londrina; de 0,26% em Maringá e de 0,15% em Ponta Grossa. Quedas foram verificadas em Foz do Iguaçu e em Cascavel, de – 0,72% e – 0,23%.

BATATA-INGLESA LIDERA ALTA – Essa inversão de tendência está relacionada, em grande parte, segundo o coordenador de Pesquisas Periódicas e Editoração do Ipardes, Marcelo Antonio, aos reajustes observados em produtos como cebola, peito de frango e, principalmente, batata-inglesa.

O fator principal que levou a batata-inglesa a liderar o aumento de preços mensal, com 32,76%, foi a desaceleração da safra e a influência das chuvas. “As fortes chuvas do último mês podem ter impactado sobremaneira a produção de tubérculos. No caso específico da batata, acrescenta-se que entramos num período de desaceleração da safra, o que ocasiona controles de estoque e restrições de oferta”, disse ele.

Nos seis municípios onde é feita a coleta de preços a batata-inglesa apresentou reajustes de 43,32% em Maringá, de 37,52%; em Londrina; de 36,12%, em Curitiba; de 31,68%, em Cascavel; de 25,14%, em Foz do Iguaçu; e de 23,87% em Ponta Grossa.

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O clima também atrasou a colheita da cebola, que foi reajustada em 4,84%. A alta de 5,61% no peito de frango sinaliza recuperação de preços da proteína frente aos meses anteriores, que teve a produção impactada por um aumento da liquidez, de acordo com Marcelo Antonio.

BANANA-CATURRA TEVE QUEDA – As principais quedas, vistas nos preços da banana-caturra, tomate e leite, foram favorecidas, em grande parte, pela ampliação da oferta desses produtos.

O maior volume de banana-caturra auxiliou na retração mensal de -5,48%, com maior redução em Foz do Iguaçu (-9,76%). Em Curitiba a variação foi de -8,10%, seguida de Maringá (-6,22%), Londrina (-4,07%), Ponta Grossa (-3,74%) e Cascavel (-0,69%).

A queda de -5,13% do tomate relaciona-se ao clima quente, que acelera a maturação do fruto e a intensificação da safra, e a variação de -4,79% do leite está atrelada à maior disponibilidade interna.

“No caso específico do leite, destaca-se, além do crescimento da produção local, o aumento da importação do produto”, explica o coordenador do Ipardes.

QUEDA SEGUE NO PADRÃO DE 12 MESES – As consecutivas retrações dos últimos meses sustentaram a variação negativa no índice de 12 meses, que está agora, no Paraná, em -2,22%. Regionalmente, a maior queda está em Foz do Iguaçu, -3,01%, seguido por Curitiba (-2,97%), Ponta Grossa (-2,88%), Londrina (-1,57%), Cascavel (-1,56%) e Maringá (-1,39%).

O óleo de soja liderou as quedas dos últimos 12 meses com variação de -29,89%, acompanhado pela banana-caturra (-22,88%) e a cebola (-22,63%). Entre os aumentos destacam-se o de 24,38% em arroz, 19,79% em laranja-pera e 18,54% em tomate.

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“Durante o período de 12 meses, o arroz figura como a principal alta (19,79%), ocasionado especialmente pelo aumento da exportação do cereal”, cita Marcelo Antonio.

INDICADOR – Lançado em 15 de dezembro de 2022, o IPR utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

Os 35 produtos avaliados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. O Instituto também trabalhou a série histórica de preços desde 2020, que permite analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Estado.

Segundo Marcelo Antonio, com a análise detalhada dos índices pelo Ipardes, as maiores cidades do Paraná têm condições de saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que possui um reflexo relevante na vida dos cidadãos. “Os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais mais direcionadas em função da situação inflacionária de cada cidade”.

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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