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58 milhões de wolbitos devem ajudar Londrina no combate à dengue e arboviroses

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Depois de Foz do Iguaçu, na região Oeste, agora foi a vez de Londrina, no Norte do Paraná, inaugurar a sua biofábrica do Método Wolbachia. A abertura da nova unidade possibilitará a soltura de 58.087.000 Wolbitos até o fim do ano (2.904.350 por semana), em 139 localidades do município, cobrindo 294 mil habitantes, com o objetivo de conter a proliferação da dengue, Zika e chikungunya. Esses mosquitos não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças.

A inauguração aconteceu nesta terça-feira (30) e teve a participação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto WMP (World Mosquito Program) e da Prefeitura de Londrina, todos parceiros da iniciativa. A unidade, de 225 metros quadrados, vai possibilitar a produção do método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, impedindo que os vírus se desenvolvam no inseto, a fim de evitar a transmissão das doenças.

A nova biofábrica é uma das estratégias para enfrentar, principalmente a dengue no período epidemiológico 2024/2025, que inicia daqui a 15 dias.

“Londrina é um dos municípios com o maior número de casos há anos. O combate à dengue exige um trabalho coletivo, e, quando nós reunimos todos os parceiros, apoiadores e a população, temos grandes probabilidades de ter efetivamente uma estratégia de sucesso. Não podemos excluir também estratégias anteriores que já acontecem”, ressaltou Maria Lúcia Lopes, diretora da 17ª Regional de Saúde.

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A wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não está presente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, ela impede que os vírus dessas doenças se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para redução de casos.
Uma vez que os mosquitos com wolbachia são liberados no ambiente, eles se reproduzem com mosquitos de campo e ajudam a criar uma nova geração com wolbachia.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é quem conduz o desenvolvimento do método no Brasil. De acordo com Diogo Chalegre, líder de  relações institucionais e governamentais do Instituto WMP (World Mosquito Program), 133 mil pessoas da região foram abordadas para confirmar a aceitação do projeto, com 99% de adesão. “São cerca de R$ 5 milhões investidos, além do investimento pessoal. Queremos ver os wolbitos voando aqui por Londrina. Eles são daqui mesmo, e estão sobrevoando os bairros da região”, pontuou.

Londrina estava dentro dos critérios utilizados para a escolha da implementação da biofábrica: mais de 100 mil habitantes e grande incidência de doença nos últimos cinco anos.

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De acordo com os pesquisadores do projeto o resultado do método poderá ser identificado ou sentido um ano após a soltura dos mosquitos. Por enquanto Foz do Iguaçu e Londrina fazem parte deste projeto, mas a Sesa pretende expandir a iniciativa e já prospecta novas unidades.

CASOS EM LONDRINA – De acordo com o último boletim da dengue, divulgado pela Sesa na última terça-feira (23), a Regional de Saúde de Londrina possui mais casos confirmados em números absolutos, com 77.760 diagnósticos e 97 óbitos. Ao todo, desde o início deste período epidemiológico, em 30 de julho de 2023, são 933.146 notificações, 587.701 casos confirmados e 571 mortes em decorrência da dengue no Paraná.

PRESENÇAS – A inauguração contou também com as presenças do secretário-adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Rivaldo Cunha; do secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, além de profissionais e técnicos da vigilância em saúde e da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Fonte: Governo PR

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Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

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Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

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