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20ª edição da Expoturismo Paraná reforça protagonismo do Estado no setor

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O crescimento do turismo no Paraná e a importância da parceria entre os órgãos públicos e a iniciativa privada para ações voltadas ao setor foram destaques na abertura da 20ª edição da Expoturismo Paraná, nesta quinta-feira (07), em Curitiba. Organizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens do Paraná (ABAV-PR), ela conta com o apoio do Governo do Estado e reúne mais de 1,4 mil agentes de viagens. Devem circular pelo espaço 4,2 mil pessoas até sexta-feira (08).

“O setor turístico cresceu 10% em 2023 e outros dados, como a geração de 6,7 mil novos empregos, mostram um panorama muito positivo no Paraná”, disse o vice-governador Darci Piana, na abertura do evento. “Isso demonstra que estamos no caminho certo ao trabalhar em conjunto com a iniciativa privada para fortalecer a capacitação e a divulgação dos nossos atrativos”.

Outro indicador positivo recente do turismo paranaense é o crescimento de 51% no número de visitantes estrangeiros que desembarcaram no Paraná em 2023. Foram 522.832 em 2022 e 791.504 no ano passado. “Quando falamos do turismo internacional pela malha aérea, o aumento foi de 203% no número de estrangeiros que entraram no Estado pelos aeroportos”, complementou o secretário estadual do Turismo, Márcio Nunes.

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Na abertura, o Governo do Estado e a prefeitura de Curitiba também assinaram um protocolo de intenções para desenvolver para promover, junto com outras instituições, o produto turístico “Inverno em Curitiba”. O objetivo é gerar mais fluxo na Capital, contribuir para ampliar a maior permanência do turista na cidade, e fomentar a atividade nos segmentos cultural e da economia criativa. “O inverno de Curitiba reflete toda nossa pujança cultural. Temos gastronomia, música, teatro, parques e diversos eventos”, afirmou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca.

CAPACITAÇÃO – Antes da solenidade, a Secretaria do Turismo realizou uma capacitação para os gestores municipais da área, através do programa Qualifica Setu. O tema foi gestão de eventos. 

FEIRA – A programação da Expoturismo conta com ações de capacitação e rodadas de negócios, além da 18ª Mostra das Regiões Turísticas do Paraná e atrações para os representantes de entidades do turismo regional e nacional. “Os agentes de viagens encontrarão muitas oportunidades de aprendizagem”, destacou o presidente da ABAV-PR, João Alceu Rigon Filho.

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PRESENÇAS – Também participaram da solenidade de abertura o secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel; o diretor-superintendente do Sebrae-PR, Vitor Tioqueta; o vice-presidente da Fecomércio, Paulo Naiuári; a presidente do Instituto de Turismo de Curitiba, Tatiana Turra; a presidente do Curitiba Conventions & Visitors, Gislaine Queiroz; e o diretor-presidente do Viaje Paraná, Irapuan Cortes.

A programação completa do evento pode ser consultada AQUI

Fonte: Governo PR

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Rede estadual de educação do Paraná acolhe professores e alunos autistas

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Quando ingressou como professor na rede estadual de ensino, aos 21 anos, Evalney Riely Horst sentia que havia uma barreira entre ele e os demais colegas. Interpretar simples entonações de voz ou outros sinais não verbais representava uma dificuldade para ele. Ao participar do planejamento de educação inclusiva da escola, anos depois, ele teve a oportunidade de conhecer mais a fundo o que era autismo. Tendo se identificado com muitas de suas características, resolveu ele mesmo procurar orientação profissional.

Em 9 de abril de 2024, Evalney, aos 37 anos, finalmente recebeu o diagnóstico de portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “No começo foi estranho, precisei de um tempo até aceitar. Mas depois tudo foi fazendo sentido”, lembra. 

Desde a época em que estudava, Evalney tinha dificuldade para se enturmar, exceto quando se envolvia com atividades que o interessavam, como xadrez, informática e jogos eletrônicos, e que o tornavam alvo de bullying. Faltavam ao ambiente escolar formas de acolhimento a alunos como ele. “Não havia suporte, nem ouvíamos falar sobre autismo naquela época. Foi bem complicado para mim”, afirma.

Com o objetivo de promover a inclusão e o combate à discriminação da pessoa autista, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 2008, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado principalmente pela dificuldade de comunicação e interação social, podendo apresentar ou não déficits intelectuais e hiperfocos.

“Não tem cura, mas tem tratamento”, afirma a pedagoga e especialista em psicopedagogia e educação especial, Siana do Carmo de Oliveira Franco Bueno. “O maior desafio enfrentado pela pessoa com TEA é que muitas vezes ele é tratado de forma equivocada, apenas com medicação. Também é necessário que haja acompanhamento terapêutico e orientação adequada”.

O diagnóstico é feito por meio de avaliações, observações e acolhimento de relatos familiares e clínicos e deve acontecer o mais cedo possível. “Aos primeiros sinais atípicos no desenvolvimento infantil, pode-se iniciar o acompanhamento multidisciplinar objetivando uma avaliação completa do quadro”, explica o psicólogo Paulo Ricardo Ferreira.

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Segundo Siana, a importância do diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações ao longo da vida para a pessoa com TEA. “É para que o autista não venha a sofrer graves consequências na vida adulta, como depressão ou mesmo outros transtornos mais sérios, que poderiam causar prejuízos pela dificuldade de compreensão, tanto por ele como pelas pessoas de seu entorno”.

ENSINO DE QUALIDADE E INCLUSÃO – Juarez Gabriel Miranda Franco de Lima sempre gostou de ir ao circo. Um dia, em 2020, pendurou uma cortina na garagem de casa, botou um nariz de palhaço, apontou uma câmera para o palco improvisado e se apresentou como o palhaço JG. “Teve malabarismo com chapéu, piadas e muitas músicas infantis”, ele recorda. “Normalmente eu faço sozinho, mas às vezes deixo meus amigos fazerem uma apresentação”.

Aos 6 anos, Juarez era tratado como uma criança hiperativa. Até que Cleusa, sua mãe, orientada pela escola em que ele estudava, procurou ajuda profissional para o diagnóstico para TEA, que acabou se confirmando. A princípio preocupada – na adolescência, ela havia cuidado de uma criança com autismo severo –, Cleusa ficou aliviada com o apoio dado pela escola. “Ele conseguiu uma professora para ajudá-lo a se desenvolver nos estudos”, ela conta. “Tinham muita paciência e muito amor por ele. Ele é um menino muito inteligente e muito carinhoso com todo mundo”. 

Além das apresentações como o palhaço JG – devidamente registradas em seu canal no YouTube –, Juarez, que está no terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Wolff Klabin, é atleta, tendo competido em três edições dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), representando o Centro de Referência Paradesportiva de Telêmaco Borba. Em 2023, ele foi campeão paranaense, tendo conquistado ouro nas modalidades de 100, 200 e 400 metros. Correr, diz Juarez, o ajudou a se tornar uma pessoa mais independente. “Consigo cuidar de mim mesmo e já saio sozinho. Eu costumava me isolar, mas agora saio e convivo com outras pessoas”, comemora Juarez.

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Essas conquistas de Juarez e de outros 12 mil estudantes com diagnóstico de TEA são possíveis graças aos serviços de acolhimento e assistência oferecidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seed-PR). Esses serviços são distribuídos nas escolas levando-se em conta as necessidades dos estudantes.

Os Profissionais de Apoio Escolar (PAE), que ajudam estudantes com deficiência a participar das atividades escolares, e Professores de Apoio Educacional Especializado (PAEE), que atendem alunos com necessidades educacionais especiais, são contratados conforme estudo de caso. 

Já as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), que funcionam no contraturno e ajudam na integração social dos alunos, são autorizadas para todas as escolas que possuam estudantes da educação especial e que não sejam de educação integral.

“O Paraná desenvolve ações voltadas aos alunos com TEA desde a origem do atendimento educacional especializado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Com o aumento do número de estudantes identificados, as ações têm sido potencializadas para garantir a inclusão de todos eles”.

Hoje, para atender estudantes com diagnóstico de TEA, a rede estadual de educação conta com cerca de 3 mil SRMs, 1.400 PAEs e 4.100 PAEEs.

“Hoje em dia, eu percebo muitas coisas boas, como atendimento especializado com profissionais capacitados, salas de recursos multifuncionais e palestras para conscientização”, avalia Evalney, que hoje leciona no Colégio Estadual Antônio Xavier da Silveira, em Irati, no Centro-Sul do Estado. “Na escola, quando contei do diagnóstico, a direção me acolheu e inclusive me incentivou a usar o cordão do autismo, como forma de inspirar alunos autistas”.

Fonte: Governo PR

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