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População indígena no Paraná faz acordo histórico com Itaipu Binacional

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POPULAÇÃO INDÍGENA NO PARANÁ FAZ ACORDO HISTÓRICO COM ITAIPU BINACIONAL

Comissão de Soluções Fundiárias do TJPR participa da mediação de retomada de áreas indígenas

25/03/2025

Atualizado hoje

A Comissão de Soluções Fundiárias do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) participou ativamente das mediações da Ação Cível Originária (3.555/DF), no Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a Itaipu Binacional destine indenização de R$ 240 milhões para a população Ava Guarani das Terras Indígenas Tekoha Guasu Guavira e Tekoha Guasu Okoy Jakutinga, com população de cerca 5,8 mil indígenas. Com a indenização, será feita a aquisição de 3 mil hectares de terras rurais na região, no oeste do Paraná, permitindo aos indígenas a retomada de suas terras, danificadas durante a construção da usina hidrelétrica na década de 1980.

De acordo com o desembargador Fernando Prazeres, presidente da Comissão do TJPR e integrante da Comissão Nacional de Soluções Fundiárias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é a primeira vez na história que a Itaipu reconheceu publicamente o dever de reparação com os povos indígenas que ocupavam as áreas inundadas pela instalação da hidrelétrica. "Nós vamos identificar dentro dessas áreas ocupadas aquelas que podem ser adquiridas. Aquelas que não houver condições de aquisição, verificar o que a gente faz com a população indígena que está ocupando essas áreas. Mas tudo dentro do ambiente de diálogo franco, aberto e respeitoso", explicou o desembargador.

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Pedido de desculpas público

A assinatura do acordo aconteceu na Aldeia de Atimirim, em Itaipulândia (PR), com a presença de quatro ministros de estado, representantes das comunidades Ava Guarani, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Além da indenização para a compra das terras, as comunidades exigem um pedido de desculpas público e a recuperação ambiental do novo território, com garantia de serviços básicos como saúde, educação e saneamento. No território indígena usado pela Itaipu, existiam lugares sagrados para as comunidades, como o Salto das Sete Quedas, cemitérios e espaços de celebração.

O acordo também faz parte da ação que tramita na Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal, e, além do TJPR, participaram da mediação o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e a Advocacia-Geral da União (AGU). As visitas técnicas foram realizadas pela Comissão de Soluções Fundiárias do TJPR, e, nas mediações, foi estabelecido um perímetro de segurança provisório entre agricultores da região e indígenas, até que sejam comprados definitivamente os novos territórios.

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Descrição da imagem de capa: foto de representantes das comunidades indígenas realizada por Rafa Neddermeyer/Agência Brasil.

Fonte: TJPR

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Justiça

TJPR participa do 55° Encontro do Colégio de Corregedoras e Corregedores Eleitorais do Brasil

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TJPR PARTICIPA DO 55° ENCONTRO DO COLÉGIO DE CORREGEDORAS E CORREGEDORES ELEITORAIS DO BRASIL

Corregedoria-Geral da Justiça do TJPR apresenta painel de boa prática do Núcleo de Estatística e Monitoramento

28/03/2025

Atualizado hoje

O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), por meio da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), participou do 55° Encontro do Colégio de Corregedoras e Corregedores Eleitorais do Brasil, no dia 28 de março, em Foz do Iguaçu. O evento, organizado pela Corregedoria Regional Eleitoral do Paraná (CRE-PR), que iniciou na quinta-feira (27/03) e se encerra no sábado (29/03), tem como objetivo reunir representantes das Corregedorias Regionais Eleitorais de todo o Brasil para discutir temas voltados à atuação das Corregedorias, como cadastro eleitoral, processos administrativos e inovações.

No segundo dia de evento, o corregedor-geral da Justiça do TJPR, desembargador Fernando Wolff Bodziak, apresentou uma exposição sobre a boa prática de “Monitoramento Processual do Núcleo de Estatística e Monitoramento (Nemoc)”, abordando a metodologia para o monitoramento de processos com excesso de prazo nos Juízos e Secretarias.

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Durante o encontro também foram feitas sugestões quanto ao fomento do intercâmbio de dados de produtividade de magistrados e magistradas, por meio de acordos de cooperação técnica a serem formalizados entre os Tribunais Eleitorais e os Tribunais de Justiça dos estados. O Colégio de Corregedoras e Corregedores Eleitorais do Brasil é presidido pelo desembargador Luiz Osório Moraes Panza, vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

Fonte: TJPR

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