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Vendas de café atingem 70% da produção com destaque para o arábica

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As vendas de café no Brasil para a safra 2024/25 chegaram a 70% da produção até 12 de novembro, segundo levantamento de consultorias especializadas. O volume representa um avanço de oito pontos percentuais em relação ao mês anterior e supera os 64% comercializados no mesmo período de 2023. O desempenho também está ligeiramente acima da média dos últimos cinco anos, que é de 67%.

Produtores brasileiros têm adotado uma abordagem estratégica, escalonando vendas para aproveitar a alta dos preços no mercado. Esse cenário tem permitido negócios em lotes menores, já que os preços elevados exigem uma menor quantidade de produto para atingir a receita necessária.

O aumento das vendas no último mês foi impulsionado, em parte, pela necessidade de caixa dos produtores para cobrir despesas de colheita. Além disso, fatores como o retorno das chuvas e floradas promissoras estimularam as negociações, enquanto o mercado interno físico registrou preços elevados, refletindo a alta internacional e o dólar valorizado.

O café arábica foi destaque no período, com 67% da produção já negociada, superando os 60% registrados no mesmo período de 2023 e a média de 64% dos últimos cinco anos. As cooperativas desempenharam um papel central nesse ritmo de comercialização, embora a recente valorização do mercado tenha reduzido a presença de vendedores, indicando maior cautela por parte dos produtores.

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A proximidade do final do ano também influencia o mercado, com muitos agricultores ajustando para cima os preços mínimos desejados, com negociações de cafés cerejas finos alcançando valores próximos de R$ 2.000 por saca.

No caso do café conilon (robusta), 76% da produção já foi comercializada, representando um avanço de seis pontos percentuais no último mês. Esse volume está acima do registrado em 2023 e da média de 70% dos últimos cinco anos.

Apesar do bom ritmo, a chegada da safra vietnamita, ainda que reduzida, e a preferência da indústria nacional por arábica de qualidade inferior têm impactado a liquidez do conilon no mercado interno e externo. Mesmo assim, a capitalização dos produtores tem permitido uma postura cautelosa nas vendas.

As negociações para a safra 2025/26 seguem em ritmo lento. Apenas 11% do potencial produtivo foi negociado, com o café arábica representando 16% desse total. Esses números estão abaixo tanto do desempenho do ano anterior quanto da média dos últimos três anos, que foi de 21%.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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