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AGRONEGÓCIO

Valor básico da produção brasileira é reavaliado e atinge R$ 1,120 trilhão

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De acordo com as estimativas do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) com base nos dados de setembro, o valor para o ano corrente alcança a marca de R$ 1,150 trilhão. Esse montante representa um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior, que totalizou R$ 1,120 trilhão, o que equivale a um acréscimo de 30 bilhões em valores.

Esse desempenho é impulsionado, em grande parte, pelo setor de lavouras, que registrou um crescimento notável de 4,8%, gerando um faturamento de R$ 812 bilhões. Enquanto isso, a pecuária, que teve uma leve retração de 2,2%, apresenta um faturamento de R$ 337,8 bilhões. A safra recorde de grãos desempenhou um papel crucial nesses resultados positivos.

O valor alcançado pelo VBP em 2023 estabelece um marco histórico em uma série de dados que remonta a 34 anos. Diversos produtos se destacaram, apresentando um desempenho particularmente favorável ao longo do ano. Entre eles, podemos citar o amendoim, com um aumento real de 13,5% no VBP, arroz com 14,4%, banana com 17,5%, cacau com 17,3%, cana-de-açúcar com 16,5%, feijão com 4,9%, laranja com 16,8%, mandioca com impressionantes 39,7%, soja com 3,1%, milho com 2,3%, tomate com 25,5% e uva com 13,7%.

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O coordenador geral de Planos e Cenários da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, José Gasques, destaca que esses resultados positivos se devem, em grande parte, aos preços favoráveis e ao volume expressivo de produção.

No entanto, alguns produtos, como algodão, batata inglesa, café e trigo, apresentaram um desempenho menos otimista, experimentando uma retração no VBP. Para esse grupo, a principal razão desse desempenho menos favorável são os preços mais baixos em 2023. Isso também é observado nas áreas de carne de frango e carne bovina. Por outro lado, na pecuária, produtos como suínos, ovos e leite têm apresentado um desempenho notável.

Cinco produtos, que somam 82,0% do VBP das lavouras, estão em ascensão: soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão. Esses produtos representam um montante impressionante de R$ 665,2 bilhões no Valor da Produção Agropecuária.

Em termos regionais, Mato Grosso lidera, seguido por Paraná, São Paulo e Minas Gerais, gerando um faturamento combinado de R$ 592,6 bilhões, correspondendo a 51,5% do VBP nacional. Esses resultados ressaltam a importância contínua do agronegócio para a economia do país.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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