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Vacinação contra aftosa chega ao fim com 92% de cobertura em Sergipe

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A segunda etapa da campanha contra a febre aftosa em Sergipe obteve êxito ao atingir a marca de 92% de vacinação dos rebanhos de bovinos e bubalinos de zero a 24 meses de idade.

Os resultados foram divulgados pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), após a conclusão das declarações dos criadores.

O período de vacinação, que transcorreu de 1º a 30 de novembro, revelou que o estado ultrapassou o percentual de vacinação exigido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estabelecido em 90% de todo o rebanho.

Este resultado representa mais um passo significativo para o cumprimento das metas necessárias para a retirada da obrigatoriedade da vacinação em 2024.

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, avalia que a conquista desse status representa o culminar de esforços de produtores e equipes técnicas.

“A Emdagro, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária, além dos produtores rurais, realizou um trabalho incansável para atender às 42 metas do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa e as 29 metas do Programa de Avaliação e Aperfeiçoamento da Qualidade dos Serviços Veterinários”, pontuou.

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O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, ressaltou que há 28 anos, Sergipe mantém-se livre da febre aftosa com a vacinação, com o índice de imunização acima de 90% em todas as etapas da campanha.

“Este resultado é bastante satisfatório, especialmente diante da retirada da vacinação no próximo ano. As ações visam alcançar o status de zona livre da febre aftosa, sem vacinação, a partir de abril de 2024”, afirmou o presidente, ao destacar que no Nordeste, apenas três estados conseguiram atingir o status de áreas livres da febre aftosa sem vacinação: Sergipe, Bahia e Maranhão.

A conscientização sobre a importância da vacinação foi intensificada pelos técnicos, guardas sanitários e médicos veterinários da Emdagro, que realizaram abordagens personalizadas, telefonemas e participação em eventos como reuniões, fóruns, seminários e palestras a fim de orientar os criadores.

Essas ações tiveram como objetivo sensibilizar um número máximo de produtores, sobre a necessidade de vacinar o rebanho, contribuindo para o cumprimento do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) sem vacinação.

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Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

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O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

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Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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