NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Setor avalia sistema voluntário de rastreamento aprovado pelo Mapa

Publicado em

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, vinculada ao Ministério da Agricultura (Mapa), aprovou uma proposta de criar um sistema voluntário de rastreamento individual, para bovinos e bubalinos no Brasil. A ideia está sendo discutida por entidades e líderes do setor.

Primeiramente, destaca-se que a adesão dos produtores seria uma escolha voluntária. Além disso, um período mínimo de oito anos seria concedido aos pecuaristas para se adaptarem ao novo sistema. Por fim, a gestão e controle da numeração oficial e do banco de dados ficariam a cargo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, com acesso restrito ao público.

A proposta também prevê a inclusão das informações dos animais no sistema de rastreabilidade de forma gratuita. O único investimento para o produtor seria a aquisição dos elementos de identificação individual, como os brincos.

A rastreabilidade individual de animais é uma prática adotada em diversos países, utilizada para monitorar rebanhos visando o controle sanitário e a conformidade ambiental. Países como Austrália e Uruguai são frequentemente citados como modelos nessa área, embora as circunstâncias territoriais e de criação de rebanho sejam distintas das do Brasil.

Leia Também:  Mercado internacional encerrou 2023 em queda, mas com otimismo

O Brasil introduziu o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) em 2002, como resposta à encefalopatia bovina espongiforme. Contudo, a adesão ao Sisbov não é obrigatória para todos os produtores, sendo exigida apenas para os que exportam para a União Europeia, devido aos custos elevados e complexidade operacional.

Além das preocupações sanitárias, questões ambientais, especialmente relacionadas ao controle do desmatamento, têm sido destacadas. A rastreabilidade individual de animais oferece benefícios em termos de segurança sanitária, controle da movimentação dos animais e conformidade legal. Essa abordagem possibilita um controle detalhado, semelhante a um CPF para cada animal, permitindo a identificação de aspectos sanitários e ambientais que necessitam de intervenção.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

Published

on

By

Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Leia Também:  Soja teve semana movimentada com recorde de negociação e recuperação de preços

Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA