Minas Gerais tem 135 municípios em estado de emergência devido à seca, conforme informado pela Defesa Civil do estado. A maioria dessas cidades está localizada nas regiões Norte, Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri.
A situação de emergência é declarada em casos de condições anormais e graves, quando há risco iminente à saúde e aos serviços públicos.
A maior parte dos municípios declarou emergência no primeiro semestre deste ano. Nos últimos dois meses, Padre Carvalho, no Norte de Minas, São José do Jacuri, no Vale do Rio Doce, e Santa Helena de Minas, no Vale do Mucuri, também entraram na lista. Os decretos de emergência são válidos por 180 dias.
O problema se estende a outras partes do Brasil. Oito estados das regiões Norte e Nordeste estão enfrentando a pior seca desde 1980: Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Maranhão, Piauí, Bahia e Sergipe.
Especialistas apontam que o recorde de seca está relacionado à combinação de dois fatores que reduzem a formação de nuvens e chuvas: o fenômeno El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico, e a distribuição de calor no Oceano Atlântico Norte.
Em julho a Defesa Civil de Minas Gerais distribuiu 7.030 cestas básicas para os municípios afetados pela seca. Além disso, o órgão forneceu água potável para 905 comunidades até o mês passado.
A longo prazo, a Defesa Civil está investindo no Programa Água Doce, em parceria com o governo federal e órgãos estaduais. O programa visa recuperar poços e construir sistemas de dessalinização para fornecer água potável à zona rural do semiárido mineiro.
Melhoramento genético revoluciona a cafeicultura e torna mais produtiva
Published
14 horas ago
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5 de abril de 2025
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A cafeicultura mineira tem experimentado avanços significativos graças às pesquisas em melhoramento genético conduzidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em colaboração com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e universidades.
Esses estudos resultaram no desenvolvimento de cultivares adaptadas aos diversos sistemas de produção do estado, promovendo aumentos expressivos na produtividade e aprimorando a qualidade sensorial dos cafés. Na década de 1980 a média que era de sete sacas por hectare, agora atinge 25 até 30 sacas por hectare.
Desde a década de 1970, a Epamig coordena o Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro, que já registrou 21 cultivares com características superiores.Essas cultivares são, em sua maioria, resistentes à ferrugem, principal doença que afeta o cafeeiro, e apresentam atributos como alta produtividade, qualidade sensorial da bebida, resistência a nematoides, adequação à mecanização e adaptação a diferentes condições climáticas e de solo.
Um dos pilares desse programa é o Banco Ativo de Germoplasma de Café, localizado no Campo Experimental de Patrocínio.Este banco é fundamental para a conservação e caracterização dos recursos genéticos do cafeeiro, servindo como base para o desenvolvimento de novas cultivares que atendam às demandas do setor produtivo.
Entre as cultivares desenvolvidas, destaca-se a MGS Paraíso 2, lançada em 2012.Resultado do cruzamento entre Catuaí Amarelo IAC 30 e Híbrido de Timor UFV 445-46, essa variedade apresenta porte baixo, frutos amarelos, resistência à ferrugem, maturação intermediária e excelente adaptação tanto a sistemas de cultivo irrigado quanto de sequeiro.Além disso, facilita a colheita mecanizada e possui elevado potencial para a produção de cafés especiais.
A transferência dessas tecnologias para o campo é facilitada por projetos de avaliação de desempenho em propriedades comerciais.Essas iniciativas permitem que os cafeicultores conheçam as novas cultivares e observem seu desempenho em condições reais de cultivo, promovendo a adoção de tecnologias que resultam em sistemas produtivos mais eficientes e sustentáveis.
De acordo com o pesquisador em cafeicultura da Epamig, Gladyston Carvalho, as pesquisas buscam gerar conhecimento para o cafeicultor e oferecer, por meio da genética do café, aumento de produtividade e transformação no sistema produtivo. “São 587 municípios cultivando café, somos o estado maior produtor de café do Brasil, detemos média de 50% da área cafeeira e 40% da produção nacional. São muitos produtores que dependem da cultura e da pesquisa agropecuária”, explica.
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