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Safrinha: milho já representa quase 40% da produção brasileira de grãos

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A colheita do milho safrinha foi oficialmente inaugurada nesta quarta-feira (12.07), no município de Cláudia, em Mato Grosso. O evento, denominado “Abertura Nacional da Colheita do Milho Segunda Safra”, reuniu produtores, representantes do setor agrícola e autoridades, e serviu como plataforma para discutir os desafios imediatos enfrentados pelo setor do milho, bem como as perspectivas políticas para o agronegócio.

Nesta safra 2022/23, espera-se que o milho seja responsável por quase 40% da produção brasileira de grãos, ultrapassando a soja em alguns estados, como é o caso de Mato Grosso. A “safrinha” que antes era semeada para ajudar nos custos, hoje ultrapassa a produção de soja em alguns estados, como é o caso de Mato Grosso, se tornando fundamental para o produtor.

De acordo com dados divulgados em junho pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a produção total de grãos no Brasil está prevista para atingir 315,8 milhões de toneladas. O milho, somando as três safras, deverá contribuir com 125,7 milhões de toneladas, sendo 96,3 milhões apenas na segunda safra.

O Projeto Mais Milho, realizado pelo Canal Rural em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), está em sua sétima temporada. O diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira, destacou que o projeto busca aumentar a produtividade, rentabilidade e eficiência do produtor, acompanhando a cultura desde sua primeira safra.

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A Abertura Nacional da Colheita do Milho Segunda Safra ocorreu na Fazenda Jaqueline, propriedade do produtor mato-grossense Zilto Donadello. O casal de produtores, Zilto e Jaqueline Donadello, expressou sua satisfação em sediar o evento e enfatizou a importância do milho, o grão mais consumido no Brasil.

Em Mato Grosso, as projeções indicam uma safra recorde de milho, com uma produção estimada em 50,15 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Alguns municípios, como Nova Mutum e Sorriso, já enfrentam problemas de falta de espaço nos armazéns e estão armazenando o cereal a céu aberto.

O presidente da Abramilho, Otávio Canesin, destacou a importância do projeto para impulsionar a cultura do milho, superar os desafios enfrentados e aproveitar a relevância de Mato Grosso, que é responsável por 40% da produção nacional do grão.

Vilmondes Tomain, presidente do Sistema Famato, expressou seu orgulho em falar sobre a dedicação dos produtores rurais de Mato Grosso, especialmente no que diz respeito ao cultivo do milho no curto prazo. Tomain ressaltou que o estado ocupa atualmente 60% da área destinada à agricultura com o milho e espera que esse número possa chegar a 80%.

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Fernando Cadore, presidente da Aprosoja-MT, também ressaltou o orgulho de Mato Grosso em relação ao milho, que deixou de ser uma cultura complementar para se tornar fundamental, ultrapassando a soja. No entanto, Cadore expressou preocupação com a viabilidade da próxima safra e afirmou que a rentabilidade é essencial para garantir o sucesso do setor.

O cultivo do milho se tornou um pilar fundamental para os produtores brasileiros, impulsionando a economia agrícola do país. Com perspectivas de crescimento contínuo, o setor enfrenta desafios, mas também oferece oportunidades para aumentar a produtividade, a rentabilidade e a eficiência dos agricultores.

Fonte: Pensar Agro

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Com cenário global favorável, Estado quer ampliar exportações em 10%

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Goiás exportou 13,2 milhões de toneladas de soja em 2024, com receita superior a US$ 7,3 bilhões, consolidando-se como o terceiro maior exportador do grão no Brasil. Com a crescente disputa comercial entre China e Estados Unidos e a reconfiguração dos fluxos globais de grãos, o estado projeta um aumento de até 10% nas exportações em 2025, impulsionado pela demanda asiática e pela capacidade de resposta da produção goiana.

O aumento da procura por fornecedores alternativos por parte da China, que em abril recebeu 40 navios de soja brasileira com cerca de 700 mil toneladas, fortalece o posicionamento de Goiás como polo estratégico na oferta global de alimentos. O estado, com uma área plantada superior a 4 milhões de hectares e rendimento médio acima de 60 sacas por hectare, já se beneficia da maior competitividade brasileira no mercado internacional.

Além da soja, que responde por mais de 60% do total exportado pelo agronegócio goiano, produtos como milho, carnes e algodão também têm registrado crescimento. No primeiro trimestre de 2025, o estado já apresenta um incremento de 7% nas exportações para a China em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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Goiás reúne condições favoráveis para aproveitar o novo ciclo: clima propício, produtividade crescente, empresários rurais tecnificados e uma logística em processo de modernização. Ainda há gargalos, especialmente em transporte e armazenagem, mas a infraestrutura vem sendo adaptada para atender a esse salto de demanda.

O momento geopolítico não é apenas uma conjuntura passageira — ele representa uma mudança estrutural na forma como as grandes potências lidam com segurança alimentar. A preferência da China por parceiros estáveis, previsíveis e com grande capacidade produtiva coloca estados como Goiás no radar estratégico dos importadores.

Com planejamento técnico, inteligência de mercado e políticas voltadas à sustentabilidade e à competitividade, Goiás transforma a tensão global em oportunidade concreta. A meta agora é clara: consolidar o protagonismo do estado como um dos principais celeiros do agronegócio mundial.

Fonte: Pensar Agro

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